Loading…

Anestesia durante biópsia muscular para teste de suscetibilidade à hipertermia maligna

Hipertermia maligna é uma doença farmacogenética autossômica dominante, caracterizada por crise hipermetabólica desencadeada por anestésicos halogenados e/ou succinilcolina. O padrão para diagnóstico da suscetibilidade à hipertermia maligna é o teste de contratura muscular in vitro em resposta ao ha...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Revista brasileira de anestesiologia 2019-07, Vol.69 (4), p.335-341
Main Authors: Silva, Helga Cristina Almeida da, Onari, Elton Shinji, de Castro, Isac, Perez, Marcelo Vaz, Hortensi, Alexandre, Amaral, José Luiz Gomes do
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
Citations: Items that this one cites
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Hipertermia maligna é uma doença farmacogenética autossômica dominante, caracterizada por crise hipermetabólica desencadeada por anestésicos halogenados e/ou succinilcolina. O padrão para diagnóstico da suscetibilidade à hipertermia maligna é o teste de contratura muscular in vitro em resposta ao halotano‐cafeína, para o qual é necessária biopsia muscular sob anestesia. Descrevemos uma série de anestesias sem agentes desencadeantes na hipertermia maligna e comparamos bloqueios de nervo periférico e anestesias subaracnóideas. Foram analisados os prontuários/fichas anestésicas de 69 pacientes suspeitos de susceptibilidade à hipertermia maligna, submetidos à biópsia muscular para teste de contratura muscular in vitro durante sete anos. Analisamos dados demográficos, indicação para investigação de hipertermia maligna, resultado do teste de contratura muscular in vitro e dados da cirurgia/anestesia/recuperação. Amostra com 34±13,7 anos, 60,9% mulheres, 65,2% de teste de contratura muscular in vitro positivos. Técnicas empregadas: 47,8% bloqueios de nervo periférico (femoral e cutâneo femoral lateral, latência 65±41 minutos), 49,3% anestesias subaracnóideas e 1,4% anestesia venosa total. Falha em 39,4% dos bloqueios de nervo periférico e 11,8% das anestesias subaracnóideas. Eventos adversos (8,7%) como bradicardia, náuseas e síndrome neurológica transitória só ocorreram com bloqueio subaracnóideo. Todos os pacientes permaneceram na sala de recuperação pós‐anestésica até liberação. Idade e peso foram significativamente maiores nos pacientes com falha no bloqueio (ponto de corte da curva ROC de 23,5 anos e 59,5 Kg) e esta foi mais frequente na presença de aumento idiopático de creatinoquinase. Anestesia com agentes não desencadeantes mostrou‐se segura em pacientes suscetíveis à hipertermia maligna. Variáveis como idade, peso e antecedente de aumento idiopático de creatinoquinase podem ser úteis para selecionar a técnica anestésica nesse grupo. Malignant hyperthermia is an autosomal dominant pharmacogenetic disorder, characterized by hypermetabolic crisis triggered by halogenated anesthetics and/or succinylcholine. The standard method for diagnosing malignant hyperthermia susceptibility is the in vitro muscle contracture test in response to halothane‐caffeine, which requires muscle biopsy under anesthesia. We describe a series of anesthetic procedures without triggering agents in malignant hyperthermia, comparing peripheral nerve block and subarachnoid anesthesia.
ISSN:0034-7094
1806-907X
DOI:10.1016/j.bjan.2019.02.001