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Uso de registro informatizado de imunização na vigilância de eventos adversos pós-vacina

OBJETIVO: Descrever os eventos adversos pós-vacina ocorridos em crianças com até dois anos de idade e analisar a tendência desses eventos, entre 2000 e 2013, em Araraquara, SP, Brasil. MÉTODOS: Estudo descritivo com dados da vigilância passiva de eventos adversos pós-vacina, disponíveis no registro...

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Published in:Revista de saúde pública 2018-01, Vol.52, p.4
Main Authors: Sato, Ana Paula Sayuri, Ferreira, Vinícius Leati de Rossi, Tauil, Márcia de Cantuária, Rodrigues, Laura Cunha, Barros, Mariana Bernardes, Martineli, Edmar, Costa, Ângela Aparecida, Inenami, Marta, Waldman, Eliseu Alves
Format: Article
Language:English
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Description
Summary:OBJETIVO: Descrever os eventos adversos pós-vacina ocorridos em crianças com até dois anos de idade e analisar a tendência desses eventos, entre 2000 e 2013, em Araraquara, SP, Brasil. MÉTODOS: Estudo descritivo com dados da vigilância passiva de eventos adversos pós-vacina, disponíveis no registro informatizado de imunização do prontuário eletrônico do serviço municipal de saúde (Sistema Juarez). As variáveis de estudo foram: idade, sexo, vacina, dose, manifestações clínicas e hospitalização. As taxas foram estimadas tomando-se os casos de eventos adversos pós-vacina como numerador e as doses aplicadas, como denominador. Estimou-se a sensibilidade da vigilância de eventos adversos pós-vacina aplicando-se o método proposto pelo Centers for Disease Control and Prevention. Para análise de tendência utilizou-se a regressão de Prais-Winsten, considerando o nível de significância de 5,0%. RESULTADOS: A taxa anual média de eventos adversos pós-vacina foi de 11,3/10.000 doses aplicadas, porém, sem tendência no período estudado (p  =  0,491). Houve predomínio de casos após a primeira dose (41,7%) e entre menores de um ano de idade (72,6%). As vacinas com componente pertussis, de febre amarela e de sarampo-caxumba-rubéola foram as mais reatogênicas. Destacou-se a frequência de episódio hipotônico hiporresponsivo e convulsão, com taxas de 4,1/10.000 e 1,5/10.000 doses de vacinas com componente pertussis, respectivamente, mais elevadas na primeira dose; 60,0% dos casos apresentaram sintomas nas primeiras 24 horas após a vacinação e 18,6% apresentaram-se após 96 horas. A sensibilidade da vigilância foi estimada em 71,9% e 78,9% para episódio hipotônico hiporresponsivo e convulsão, respectivamente. CONCLUSÕES: O sistema de vigilância de eventos adversos pós-vacina com base no registro informatizado de imunização mostrou-se útil e dotado de elevada sensibilidade para descrever o perfil de segurança das vacinas em um município de médio porte. Adicionalmente, a expressiva ampliação, na última década, das vacinas incluídas no esquema básico de vacinação na infância não alterou o elevado padrão de segurança do Programa Nacional de Imunizações.
ISSN:0034-8910
1518-8787
DOI:10.11606/S1518-8787.2018052000295