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Entre "feudos" e cogestão: paradoxos da autonomia em uma experiência de democratização da gestão no âmbito hospitalar

ResumoObjetivou-se analisar a implantação dos Colegiados Gestores (CGs) e Unidades de Produção (UPs) em um hospital do Rio de Janeiro, na perspectiva do discurso dos atores responsáveis por esse processo, focalizando a problemática da autonomia dos sujeitos implicados na produção do cuidado. Trata-s...

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Published in:Ciência & saude coletiva 2015-10, Vol.20 (10), p.3063-3072
Main Authors: Silva, Atila Mendes da, Sá, Marilene de Castilho, Miranda, Lilian
Format: Article
Language:English
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Summary:ResumoObjetivou-se analisar a implantação dos Colegiados Gestores (CGs) e Unidades de Produção (UPs) em um hospital do Rio de Janeiro, na perspectiva do discurso dos atores responsáveis por esse processo, focalizando a problemática da autonomia dos sujeitos implicados na produção do cuidado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem clínica-psicossociológica, realizada através de estudo de caso, apoiado sobretudo em entrevistas semiestruturadas. Estes arranjos de gestão foram valorizados pelos entrevistados, principalmente como um meio de amplificar o comprometimento dos trabalhadores, pois sua inclusão nos colegiados ampliaria sua capacidade decisória, concomitantemente os mobilizaria a se comprometerem mais com o cuidado prestado. Por outro lado, mencionam resistências advindas da luta pela manutenção da concentração de poder nas categorias profissionais, bem como o desafio de lidar com diferentes conflitos de interesses. Como principal conclusão, o estudo indica que os CGs e UPs devem incluir possibilidades de trabalho com os conflitos e os processos intersubjetivos, sob pena de tornarem-se espaços excessivamente idealizados e pouco eficazes. AbstractThis study aimed to analyze the implementation of Management Committees and Production Units in a hospital in Rio de Janeiro based on the views of the actors responsible for this process, focusing on the issue of autonomy of the subjects involved in care delivery. This case study adopted a qualitative clinical psychosociological research approach using mainly semi-structured interviews. The management arrangements were valued by the interviewees principally as a way of increasing worker commitment, since the inclusion of workers in the Management Committees is likely to widen decision-making capacity and, at the same time, make staff more committed to care delivery. On the other hand, workers mentioned resistance arising from a struggle to maintain the concentration of power within the professional categories, and the challenge of dealing with differing conflicts of interests. The study suggests that the Management Committees and Production Units should include possibilities of addressing conflicts and intersubjective processes to avoid becoming excessively idealized and ineffective spaces.
ISSN:1413-8123
1413-8123
DOI:10.1590/1413-812320152010.02422015