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Mulheres que amam demais: conjugalidades e narrativas de experiência de sofrimento

Resumo: O artigo apresenta um estudo antropológico sobre integrantes dos grupos de ajuda mútua "Mulheres que amam demais anônimas", sediados na cidade do Rio de Janeiro. As entrevistadas apresentam um perfil social heterogêneo; autodenominam-se heterossexuais; e se concentram na faixa etár...

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Published in:Estudos feministas 2016-04, Vol.24 (1), p.45-62
Main Authors: Peixoto, Mônica Monteiro, Heilborn, Maria Luiza
Format: Article
Language:English
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Summary:Resumo: O artigo apresenta um estudo antropológico sobre integrantes dos grupos de ajuda mútua "Mulheres que amam demais anônimas", sediados na cidade do Rio de Janeiro. As entrevistadas apresentam um perfil social heterogêneo; autodenominam-se heterossexuais; e se concentram na faixa etária entre 40 e 50 anos. As narrativas assinalaram: dedicação intensa ao relacionamento; necessidade de controle do parceiro; medo da solidão; e sentimento de "baixa autoestima". A interação conjugal é marcada por competição e conflitos acerca da reciprocidade de atenção e cuidados. Essas mulheres parecem reatualizar um modelo de comportamento feminino tradicional, apesar de sua familiaridade com a proposta igualitária de conjugalidade. Abstract: The article presents an anthropological study of members of mutual aid groups "Women who love too much anonymous", based in the city of Rio de Janeiro. The interviewees have a heterogeneous social profile; declared themselves heterosexual; and focus on the age group between 40 and 50 years. The narratives indicated: intense dedication to the relationship; the need to control the partner; fear of loneliness; and sense of "low self-esteem". Marital interaction is characterized by competition and conflict over reciprocal attention and care. These women seem to update a model of traditional female behavior, despite their familiarity with the egalitarian conjugal proposal.
ISSN:0104-026X
0104-026X
DOI:10.1590/1805-9584-2016v24n1p45