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Jovens e sua percepção sobre fake news na ciência
Resumo Apesar da recente notoriedade no campo da política, as fake news, ou notícias falsas, produzem efeitos também para a ciência, trazendo desafios e ameaças tanto para a compreensão e apropriação social do conhecimento, como para a confiança nos cientistas e nas instituições democráticas. Dissem...
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Published in: | Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências humanas 2021, Vol.16 (1) |
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Format: | Article |
Language: | eng ; por |
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Summary: | Resumo Apesar da recente notoriedade no campo da política, as fake news, ou notícias falsas, produzem efeitos também para a ciência, trazendo desafios e ameaças tanto para a compreensão e apropriação social do conhecimento, como para a confiança nos cientistas e nas instituições democráticas. Disseminadas principalmente por plataformas digitais e aplicativos de trocas de mensagens, as notícias falsas chegam, potencialmente, a todas as pessoas conectadas. Os jovens, em especial, cujas trajetórias são influenciadas pelo mundo digital, precisam lidar com o tema, ao fazerem escolhas sobre em que acreditar. A partir da proposta de Kahan (2008, 2010, 2015) para a tese da cognição cultural, este artigo apresenta estudo que envolveu a realização de cinco grupos focais com jovens residentes em Belém, Pará. Os resultados mostram, entre outros, insegurança e dificuldade em identificar o que é verdadeiro e em quem confiar quando tratamos de notícias que circulam pela internet. Mostram também a importância das redes offline para checagem de informações, que o veículo de origem da informação é critério de credibilidade e que há predisposição a compartilhar conteúdos que corroboram pontos de vista. De forma geral, os dados contribuem para a compreensão do tema e abrem possibilidades para investigações futuras sobre desinformação.
Abstract Even though its recent notoriety is associated with politics, fake news have effects also on science, bringing challenges and threats both to the understanding and social appropriation of knowledge and to confidence in scientists and democratic institutions. Disseminated mainly by digital platforms and messaging apps, fake news potentially reaches all connected people. Young people, in particular, whose trajectories are influenced by the digital world, need to deal with it when making choices about what to believe. Based on Kahan’s proposal for cultural cognition (Kahan, 2008, 2010, 2015), this article presents the results of five focus groups conducted with young people living in Belém, Pará. The results demonstrate, among others, insecurity and difficulty in identifying what is true and who to trust when dealing with news that circulates on the internet. They also show the importance of offline networks for checking information, that the source of information is an important criteria for credibility and a predisposition to share content that corroborates points of view. In general, the data contribute to a better understanding of the |
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ISSN: | 1981-8122 2178-2547 |
DOI: | 10.1590/2178-2547-bgoeldi-2020-0027 |