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Estudo da morbimortalidade em pacientes com trauma hepático

RACIONAL: O fígado é o órgão intra-abdominal mais comumente lesado em pacientes vítimas de trauma. A lesão ocorre mais frequentemente no trauma penetrante do que no contuso. A mortalidade é de 10%. OBJETIVO: Avaliar a morbimortalidade dos pacientes com trauma hepático, o manuseio aplicado a esses pa...

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Published in:Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva : ABCD 2013-06, Vol.26 (2), p.129-132
Main Authors: Fonseca-Neto, Olival Cirilo Lucena da, Ehrhardt, Rogério, Miranda, Antonio Lopes de
Format: Article
Language:English
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Summary:RACIONAL: O fígado é o órgão intra-abdominal mais comumente lesado em pacientes vítimas de trauma. A lesão ocorre mais frequentemente no trauma penetrante do que no contuso. A mortalidade é de 10%. OBJETIVO: Avaliar a morbimortalidade dos pacientes com trauma hepático, o manuseio aplicado a esses pacientes e sua evolução. MÉTODO: Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de todos os pacientes com trauma hepático e indicação cirúrgica, admitidos na emergência. Consideraram-se: sexo, faixa etária, ISS (injury severity score), classificação do tipo de trauma abdominal (aberto ou fechado), instrumento causador dos traumas abertos, grau da lesão, segmentos hepáticos envolvidos, presença de lesões associadas, tipo de tratamento cirúrgico realizado: laparotomia não-terapêutica e laparotomia terapêutica, reoperações, complicações, tempo de internamento em dias e mortalidade. RESULTADOS: Cento e trinta e sete pacientes participaram do estudo. Destes, 124 eram do sexo masculino (90,5%). Quanto à faixa etária, a maioria (56,2%) encontrava-se entre 20-29 anos. O trauma abdominal fechado foi o mais comum (67,9%). Dos penetrantes, os originados por arma de fogo foram em maior número (24,8%). Cento e três pacientes apresentaram apenas um segmento lesado (75,2%) e 34 (24,8%) dois. As lesões de grau II foram as mais comuns (66,4%). Dos 137 pacientes submetidos à laparotomia, 89 foram não-terapêutica, enquanto que em 48 foi necessário reparos das lesões associadas. O baço e o diafragma foram as estruturas lesadas com maior frequência, 30% e 26%, respectivamente. O ISS variou de oito a 72, sendo o ISS > 50 (oito pacientes) associado com evolução fatal (cinco pacientes). Fístula biliar e abscesso hepático foram as principais complicações. Ocorreram sete óbitos no estudo. CONCLUSÃO: Os pacientes com trauma hepático e lesões orgânicas concomitantes e naqueles com ISS > 50 observou-se maior chance de complicações e óbito. BACKGROUND: The liver is the intra-abdominal organ more injured in patient victims of trauma. The injury occurs more frequently in the penetrating trauma. The incidence of mortality for injuries of the liver is 10%. AIM: To evaluate the mortality of the patients with hepatic trauma, the treatment applied and its evolution. METHODS: Were analyzed, retrospectively, the charts of all patients with hepatic trauma and surgical indication. Were analyzed: gender, age, ISS (injury severity score), classification of the abdominal trauma type (open or closed),
ISSN:0102-6720
0102-6720
DOI:10.1590/S0102-67202013000200012