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O Papel da ONU e do Banco Mundial na Consolidação do Campo Internacional de Desenvolvimento

Resumo O artigo tem por objetivo resgatar o processo histórico de construção do modus operandi das práticas de desenvolvimento, destacando o papel das organizações internacionais nesse processo e como elas mobilizavam seus recursos tangíveis e intangíveis para a conformação de uma agenda legítima de...

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Published in:Contexto internacional 2015-08, Vol.37 (2), p.347-373
Main Author: Salles, Fernanda Cimini
Format: Article
Language:English
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Summary:Resumo O artigo tem por objetivo resgatar o processo histórico de construção do modus operandi das práticas de desenvolvimento, destacando o papel das organizações internacionais nesse processo e como elas mobilizavam seus recursos tangíveis e intangíveis para a conformação de uma agenda legítima de intervenção social. A análise terá como foco as dinâmicas políticas que sucederam a Comissão Pearson, conferência internacional realizada em 1969, que teve como objetivo repensar e propor diretrizes internacionais para o desenvolvimento. O ponto crítico deste momento será o reconhecimento, por parte do Banco Mundial e da ONU, de que a cooperação internacional para o desenvolvimento mobilizava diferentes projetos de coordenação societária que tinham como pano de fundo o problema da desigualdade internacional. A partir da análise dos documentos e discursos da época, é possível perceber que, embora a ONU e o Banco Mundial compartilhassem a percepção de que a ajuda internacional ainda teria um papel a cumprir, esses organismos ofereciam agendas distintas para solucionar o problema do subdesenvolvimento. Com isso, buscar-se-á identificar o projeto que sai vitorioso desse embate e nos fornece elementos para a compreensão da sobrevivência e ampliação da agenda de desenvolvimento no pós-Guerra Fria. Abstract This paper draws on the historical process of construction of the modus operandis of development practices in order to understand the role of international organizations in mobilizing the resources necessary for the consolidation of the field of international cooperation. The analysis focuses on the aftermath of the Pearson Commission (1969), which goal was to make recommendations for future operation of international development practices. The main finding is that although both World Bank and UN shared the understanding that international aid was crucial to fight global inequality, they offered different agendas to solve the problem of underdevelopment. The paper concludes that the victorious agenda was the one supported by the World Bank, influencing the development cooperation dynamics afterwards.
ISSN:0102-8529
0102-8529
DOI:10.1590/S0102-85292015000200001