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O racismo estrutural e seu impacto na saúde do adolescente afrodescendente brasileiro

Resumo Objetivou-se refletir sobre o impacto do racismo estrutural na saúde dos adolescentes afrodescendentes brasileiros, considerando o contexto político e social do período pós-abolição, quando foi iniciada uma nova configuração de exploração e manutenção das desigualdades sociais relacionadas ao...

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Published in:Physis (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2024, Vol.34
Main Authors: Santos, Iraneide Nascimento dos, Black, Taciana Lima de Paula, Silva, Kalina Vanderlei, Santos, Carolina da Franca Bandeira Ferreira
Format: Article
Language:Portuguese
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Summary:Resumo Objetivou-se refletir sobre o impacto do racismo estrutural na saúde dos adolescentes afrodescendentes brasileiros, considerando o contexto político e social do período pós-abolição, quando foi iniciada uma nova configuração de exploração e manutenção das desigualdades sociais relacionadas aos escravizados libertos e seus descendentes. É na adolescência, fase da vida ligada ao contexto social e cultural, e não apenas determinada pelo período cronológico da vida, quando geralmente o indivíduo negro começa a vivenciar de modo mais consciente o estigma da raça. Este ensaio, inicialmente, apresenta o percurso histórico da construção social da raça nos padrões de dominação e o racismo. Em seguida, reflete, balizado no racismo estrutural, sobre o papel do capitalismo monopolista no desenvolvimento e crescimento econômico do Brasil pós-abolicionista, como um dos principais mecanismos de recrutamento e manutenção da população negra nas classes sociais inferiores e marginalizadas. Por fim, discute como o racismo impacta a saúde dos adolescentes afrodescendentes brasileiros a partir da teoria ecossocial, proposta por Nancy Krieger, e de bibliografia representativa. O racismo estrutural em nossa sociedade impacta na saúde dos adolescentes negros, com forte determinação no processo de saúde-doença. Por isso, é preciso combater as disparidades históricas, no sentido de se construir uma sociedade mais democrática e igualitária. Abstract The objective was to reflect on the impact of structural racism on the health of Brazilian Afro-descendant adolescents, considering the political and social context of the post-abolition period, when a new configuration of exploitation and maintenance of social inequalities related to freed slaves and their descendants began. It is during adolescence, a phase of life linked to the social and cultural context, and not just determined by the chronological period of life, when black individuals generally begin to experience the stigma of race more consciously. This essay initially presents the historical path of the social construction of race in patterns of domination and racism. It then reflects, based on structural racism, on the role of monopoly capitalism in the development and economic growth of post-abolitionist Brazil, as one of the main mechanisms for recruiting and maintaining the black population in lower and marginalized social classes. Finally, it discusses how racism impacts the health of Brazilian Afro-descendant adole
ISSN:0103-7331
1809-4481
DOI:10.1590/s0103-7331202434025pt