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Do pathos à possibilidade de reinscrição no discurso – reflexões sobre uma prática grupal baseada na estratégia GAM

Resumo Este artigo propõe apresentar algumas reflexões em torno de uma experiência grupal inspirada na estratégia GAM (Gestão Autônoma de Medicação), tendo em vista aproximar a discussão teórica sobre o processo de medicalização social da discussão em relação às possibilidades de reposicionamento do...

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Published in:Physis (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2024, Vol.34
Main Authors: Baroni, Daiana Paula Milani, Andrade, Mário César Rezende, Kyrillos Neto, Fuad
Format: Article
Language:Portuguese
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Summary:Resumo Este artigo propõe apresentar algumas reflexões em torno de uma experiência grupal inspirada na estratégia GAM (Gestão Autônoma de Medicação), tendo em vista aproximar a discussão teórica sobre o processo de medicalização social da discussão em relação às possibilidades de reposicionamento do sujeito através de práticas baseadas no recovery. A partir dessa abertura propiciada pela proposta do grupo e que convida as vozes/versões dos participantes a concorrerem com a visão biomédica hegemônica sobre suas condições, almejamos estimular a conversa entre pares e reconhecer os lugares de fala dos participantes, suas influências e possibilidades de resistência diante da identificação de si e de suas experiências a partir da perspectiva de doente mental. Pudemos concluir que grupos inspirados na estratégia GAM podem oferecer espaços potencialmente estimulantes para o sujeito, no sentido de tentar mitigar o papel alienante do diagnóstico e desviá-lo das generalizações oriundas dos espectros da doença mental, estando inseridos em uma proposta de confecção de laço social. Abstract This article aims to present some reflections on a group experience inspired by the GAM strategy (Gaining Autonomy and Medication Management). Our goal is to bring the theoretical discussion about the process of social medicalization closer to the discussion regarding the possibilities of repositioning the subject through practices based on recovery. Through the group's proposal, which invites the voices and versions of the participants to challenge the hegemonic biomedical view of their conditions, our aim was to stimulate conversation among peers and recognize the participants' positions of speech, their influences, and their possibilities of resistance to identifying themselves and their experiences solely from the perspective of mental illness. We were able to conclude that groups inspired by the GAM strategy can offer potentially stimulating spaces for individuals. These spaces aim to mitigate the alienating role of diagnosis and divert it from the generalizations that often arise within the spectrum of mental illness, instead emphasizing the development of social bonds.
ISSN:0103-7331
1809-4481
DOI:10.1590/s0103-7331202434033pt