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A Escrita Insurgente dos Cartazes de Rua nas Jornadas de Junho de 2013: Experimentações Estéticas e Políticas

Este artigo busca observar como, nas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, cartazes de rua criaram outros vocabulários e rearranjos da experiência coletiva, desorganizando a estrutura social vigente. A presença de cartazes nas manifestações estabelece uma forma de circulação das palavras no espaço ur...

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Published in:Cadernos de arte e antropologia 2022-03 (Vol. 11), p.15-34
Main Authors: Rangel, Rubens, Marques, Ângela Cristina Salgueiro, Martins, Bruno Guimarães
Format: Article
Language:eng ; por
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Description
Summary:Este artigo busca observar como, nas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, cartazes de rua criaram outros vocabulários e rearranjos da experiência coletiva, desorganizando a estrutura social vigente. A presença de cartazes nas manifestações estabelece uma forma de circulação das palavras no espaço urbano que provoca um curto-circuito das regras que estabelecem fluxos de aparição e circulação dos corpos e dos enunciados. Os cartazes nos remetem ao direito de ocupar o espaço público, realizando um contraponto aos dispositivos que o controlam e delimitam. Ao produzir e ostentar cartazes, deslocando-se com eles pelos espaços urbanos (interrompendo fluxos, produzindo desvios, extravios e barreiras) os manifestantes operam uma subversão na ordem reguladora do espaço sensível que define o que pode ou não ser enunciado, apreendido e compreendido. O excesso de palavras que invade o espaço público por meio da proliferação de cartazes promove uma reorganização espacial, estética e política do comum que nos entrelaça.
ISSN:2238-0361
2238-0361
DOI:10.4000/cadernosaa.4089