Retrabalho: uma proposta de indicador e as estimativas do seu custo financeiro na educação básica brasileira

• Published in: GeSec : Revista de Gestão e Secretariado 2024-11, Vol.15 (11), p.e4371
• Main Authors: Sauer, Leandro, Abrita, Mateus Boldrine, Campos, Bruna Ribeiro Diniz, Nogueira, Thaner Castro, Moraes, Kemilly Mary de Souza, Vilela, Giorgia dos Santos Cara
• Format: Article
• Language: English
• ISSN: 2178-9010; 2178-9010
• DOI: 10.7769/gesec.v15i11.4371

O propósito desta pesquisa foi sugerir um indicador de retrabalho para o sistema educacional brasileiro que pudesse estimar a taxa de alunos que não concluíram/concluirão o Ciclo Básico no tempo previsto. Dessa forma, por meio das taxas de aprovação de 2011 a 2022, foi calculado, na rede pública total por estado, o retrabalho real e sua proxy. Observou-se que há uma correlação considerável entre esses dois valores, originando, assim, o indicador que denominamos de Retrabalho. Com esse indicador, foram calculados os avanços do retrabalho na rede pública total brasileira no período de 2011 a 2022. Por fim, utilizando a estimativa de gasto da OCDE de aluno por ano, 17 mil reais, foi aferido o custo aproximado decorrente desse retrabalho. Apesar de observar reduções, as taxas de retrabalho na rede pública brasileira ainda são relativamente altas, entre 60 a 80, desconsiderando o período atípico da pandemia. Isso significa que mais da metade dos alunos que entram no Ciclo Básico não concluem no tempo esperado. Estima-se que o Brasil chegaria a uma taxa de retrabalho razoável de 30% em 2043, sendo então necessário discutir formas mais eficientes em utilizar os recursos calculados no retrabalho.