Loading…
O biopoder e a gestão dos riscos nas sociedades contemporâneas
Tendo em vista as transformações no tecido social moderno e nos elementos do biopoder, característico deste período histórico, este artigo visa a contribuir com a reflexão acerca da dinâmica do poder sobre os corpos e sobre a vida na atualidade. Argumenta-se, baseando-se em estudos foucaultianos, qu...
Saved in:
Published in: | Psicologia, ciência e profissão ciência e profissão, 2013, Vol.33 (4), p.934-945 |
---|---|
Main Authors: | , |
Format: | Article |
Language: | English |
Subjects: | |
Citations: | Items that this one cites Items that cite this one |
Online Access: | Get full text |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Tendo em vista as transformações no tecido social moderno e nos elementos do biopoder, característico deste período histórico, este artigo visa a contribuir com a reflexão acerca da dinâmica do poder sobre os corpos e sobre a vida na atualidade. Argumenta-se, baseando-se em estudos foucaultianos, que a centralidade da gestão dos riscos no mundo contemporâneo intensifica, não sem alterar, aspectos fundamentais do biopoder moderno. As políticas de assistência social brasileiras e as transformações no cenário da saúde pública, centradas na noção de risco, são analisadas como dispositivos de governo. Discute-se também como nesse processo a vida se torna, ao mesmo tempo, alvo de controle e espaço de resistência. Conclui-se que a análise das novas formas de subjetivação resultantes da integração do capital e da nova tecnologia do risco é fundamental na construção de uma nova estilística da existência e na criação de novos parâmetros analíticos para nossa atualidade. A nova situação abrange fatores complexos, contraditórios e em constante tensão, sendo possível falar da criação de uma infinidade de novos lugares de negociação, de poder, de alívio ou de desencadeamento do sofrimento, que necessitam da criação de outras mentalidades de análise.
Teniendo en vista las transformaciones en el tejido social moderno y en los elementos del biopoder, característico de este período histórico, este artículo tiene la intención de contribuir con la reflexión acerca de la dinámica del poder sobre los cuerpos y sobre la vida en la actualidad. Se argumenta, basándose en estudios foucaultianos, que la centralidad de la gestión de los riesgos en el mundo contemporáneo intensifica, no sin alterar, aspectos fundamentales del biopoder moderno. Las políticas de asistencia social brasileñas y las transformaciones en el escenario de la salud pública, centradas en la noción de riesgo, son analizadas como dispositivos de gobierno. Se discute también como en ese proceso la vida se vuelve, al mismo tiempo, blanco de control y espacio de resistencia. Se concluye que el análisis de las nuevas formas de subjetivación resultantes de la integración del capital y de la nueva tecnología del riesgo es fundamental en la construcción de una nueva estilística de la existencia y en la creación de nuevos parámetros analíticos para nuestra actualidad. La nueva situación abarca factores complejos, contradictorios y en constante tensión, siendo posible hablar de la creación de una infinidad de nuevos lugare |
---|---|
ISSN: | 1414-9893 1982-3703 1414-9893 |
DOI: | 10.1590/S1414-98932013000400012 |