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Ditadura empresarial-militar e mineração na Amazônia: Paranapanema e os crimes contra os povos originários
RESUMO Apresentamos, neste texto, resultados da pesquisa sobre a participação da empresa Paranapanema nas violações aos direitos humanos de povos originários na Amazônia, especificamente no estado do Amazonas, durante a ditadura empresarial-militar no Brasil e, em continuidade, no pós-1985, com enfo...
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Published in: | Revista brasileira de história 2024, Vol.44 (97) |
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Format: | Article |
Language: | eng ; por |
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Summary: | RESUMO Apresentamos, neste texto, resultados da pesquisa sobre a participação da empresa Paranapanema nas violações aos direitos humanos de povos originários na Amazônia, especificamente no estado do Amazonas, durante a ditadura empresarial-militar no Brasil e, em continuidade, no pós-1985, com enfoque para o Alto Rio Negro. Destacamos, por meio de fontes do Serviço Nacional de Informações (SNI), entre outras, a íntima relação entre a Paranapanema, os militares e órgãos de Estado, a exemplo da implantação do projeto Calha Norte, a partir de 1985, contribuindo para edificar os interesses empresariais e militares na região. Discutimos, ainda, a utilização dos serviços da empresa paramilitar Sacopã como braço armado da Paranapanema. Por fim, abordamos a “justiça de transição” enquanto caminho para a justiça, a verdade e a reparação dos crimes da ditadura, especificamente para aqueles que foram (e são) invisibilizados na história recente.
ABSTRACT In this text, we present the results of our research into the participation of the Paranapanema company in human rights violations against native peoples in the Amazon, specifically in the state of Amazonas, during the business-military dictatorship in Brazil and, in continuity, in the post-1985 period, with a focus on the Upper Rio Negro. We highlight, through sources from the National Intelligence Service (SNI), among others, the close relationship between Paranapanema, the military, and state bodies, such as the implementation of the Calha Norte project, starting in 1985, which contributed to building up business and military interests in the region. We also discuss the use of the paramilitary company Sacopã as Paranapanema’s armed arm. Finally, we address “transitional justice” as a path to justice, truth, and reparation for the crimes of the dictatorship, specifically for those who were (and are) invisibilized in recent history. |
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ISSN: | 0102-0188 1806-9347 1806-9347 |
DOI: | 10.1590/1806-93472024v44n97-07 |