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A gestão orgânica de conflitos desenvolvida em empreendimentos formados por mulheres da economia solidária: uma análise pós-colonialista sobre uma prática feminista de autogestão

Resumo Esta pesquisa surge dos estudos das práticas de gestão de mulheres, de Martin (1993), contudo se articula no lugar da autogestão da Rede de Economia Solidária e Feminista (RESF). Por isso, foi desenvolvido, ao longo do texto, um novo construto para identificar algumas práticas que se performa...

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Published in:Cadernos EBAPE.BR 2024, Vol.22 (3)
Main Authors: Soares, Maria de Nazaré Moraes, Rebouças, Sílvia Maria Dias Pedro, Lázaro, José Carlos
Format: Article
Language:eng ; por
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Summary:Resumo Esta pesquisa surge dos estudos das práticas de gestão de mulheres, de Martin (1993), contudo se articula no lugar da autogestão da Rede de Economia Solidária e Feminista (RESF). Por isso, foi desenvolvido, ao longo do texto, um novo construto para identificar algumas práticas que se performatizam na economia solidária (ES), nomeadas de práticas feministas de autogestão (Bauhardt, 2014; Faria, 2017; Vieta, 2015). O objetivo é analisar uma das ações observadas em campo: a gestão orgânica de conflitos. Os principais aportes teóricos para mediar a discussão partem da abordagem de Martin (1993), da perspectiva da racionalidade substantiva em Ramos (1989), dos estudos sobre conflitos nas organizações em Guerardi (2009) e Putnam (2010), bem como da visão pós-colonialista que adere ao contexto das mulheres na ES (Lugones, 2008; Mohanty, 2006). A coleta de dados se vale de entrevistas semiestruturadas com mulheres da RESF e da observação direta e indireta em campo, entre 2018 e 2021. A perspectiva adotada para a análise dos dados é a da história oral com base em análise crítica do discurso (Meihy, 2002; Wodak, 2004). Os resultados apontam para os seguintes achados: não ocultação do conflito nos processos de autogestão, conflito gerido de forma orgânica sob uma comunicação intensa e gestão do conflito como processo de aprendizagem que prioriza experiências e diferenças. Para as mulheres, o conflito não é demérito; em vez disso, ele é gerido de forma a fortalecer laços de reciprocidade entre os membros dos empreendimentos solidários. Resumen Esta investigación surge de los estudios de Martin (1993) sobre las prácticas de gestión de las mujeres, sin embargo, se articula desde el lugar de la autogestión en el ámbito de la Red de Economía Solidaria y Feminista (RESF). Por ello, se desarrolla a lo largo de la investigación un nuevo constructo para identificar algunas prácticas que se realizan en la Economía Solidaria (ES), denominadas prácticas feministas de autogestión (Bauhardt, 2014; Faria, 2017; Vieta, 2015). El objetivo es analizar una de las prácticas observadas en campo: la gestión orgánica de los conflictos. Los principales aportes teóricos utilizados para mediar la discusión parten del enfoque de Martin (1993), de la perspectiva de la racionalidad sustantiva de Ramos (1989), de los estudios sobre conflictos en las organizaciones de Guerardi (2009) y Putnam (2010), así como de la visión poscolonialista que se adhiere al contexto de la mujer en la educació
ISSN:1679-3951
1679-3951
DOI:10.1590/1679-395120230010