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Avaliação tardia (> 10 anos) da braquiterapia intracoronária com radiação beta para restenose difusa intrastent
Resumo: Introdução: No advento dos stents eluidores de fármaco (DES), a restenose difusa (> 20 mm) intrastent (RDIS) constituía a principal limitação ao uso de stents metálicos na intervenção coronária (PCI). Das várias soluções propostas para o seu tratamento, a braquiterapia intracoronária (BT)...
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Published in: | Revista portuguesa de cardiologia 2014-10, Vol.33 (10), p.609-616 |
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Format: | Article |
Language: | English |
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Summary: | Resumo: Introdução: No advento dos stents eluidores de fármaco (DES), a restenose difusa (> 20 mm) intrastent (RDIS) constituía a principal limitação ao uso de stents metálicos na intervenção coronária (PCI). Das várias soluções propostas para o seu tratamento, a braquiterapia intracoronária (BT) revelou‐se uma das mais eficazes, sendo praticamente abandonada após a introdução dos DES. Objetivo: Avaliar os resultados clínicos a longo prazo (> 10 anos) do uso de BT beta com 90Sr/Y90 para o tratamento RDIS, em termos de eventos cardíacos major (MACE) e restenose angiográfica. População e métodos: Estudo retrospetivo observacional de centro único incluindo 12 doentes (dts) consecutivos entre janeiro e julho de 2001, 11 homens, com a idade média de 58,6 ± 9,9 anos (43‐77 anos). Todos tinham angor estável. Os principais fatores de risco eram dislipidemia (75%), HTA (58%), doença arterial periférica (50%) e diabetes (42%). Havia doença multivaso em seis dts, tratava‐se da 2.a ou 3.a restenose em seis dts e a função ventricular era normal em 11. A BT foi feita após dilatação com balão, usando a fonte emissora de radiação beta 90Sr/Y90 (Beta‐Cath™/Novoste). Todos permaneceram sob dupla antiagregação pelo menos até à angiografia de controlo, programada para todos aos nove meses. Foi considerada a ocorrência de morte global e cardiovascular, enfarte do miocárdio não fatal (EAM), revascularização coronária, trombose de stent e restenose angiográfica. Foi avaliada a incidência do evento hierárquico combinado (MACE) de: morte cardiovascular, EAM, revascularização coronária urgente do vaso alvo (TVRurg). Resultados: Verificou‐se sucesso angiográfico e clínico em 100% dos casos. No seguimento médio de 10,9 ± 2,5 anos, ocorreram 19 eventos em sete dts: morte em três dts (25%), apenas uma cardíaca (8,3%), EAM com elevação de ST (vaso não alvo) num dt (8,3%) e 15 novas revascularizações em cinco dts (42%): nove relacionadas com o vaso alvo (sobretudo nos primeiros dois anos). Apenas se verificou uma trombose de stent, provável. A restenose angiográfica aos nove meses de seguimento foi de 27% (3/11 dts) com duas oclusões. A taxa de sobrevivência livre de MACE aos dez anos foi de 42% (cincodts). Conclusões: A braquiterapia com radiação beta para RDIS, neste pequeno grupo de dts, demonstrou‐se eficaz e segura, sem eventos tardios atribuíveis à radiação intracoronária. Abstract: Introduction: Until the development of drug‐eluting stents (DES), diffuse in‐stent restenosis (ISR) |
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ISSN: | 0870-2551 |
DOI: | 10.1016/j.repc.2014.02.027 |