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Fatores associados ao sexo anal sem preservativo entre adolescentes homens que fazem sexo com homens e mulheres trans em três capitais brasileiras: estudo PrEP1519

RESUMO OBJETIVO: Analisar os fatores que aumentam a prática de sexo anal sem preservativo (SASP) entre adolescentes homens que fazem sexo com homens (aHSH) e travestis mulheres trans (aTrMT) em três capitais brasileiras. MÉTODOS: PrEP1519 é uma coorte prospectiva, multicêntrica, de demonstração da e...

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Published in:Revista de saúde pública 2024-10, Vol.58 (suppl 1)
Main Authors: Rosário, Rijone, Dourado, Inês, Pereira, Marcos, Dezanet, Lorenza, Greco, Dirceu, Grangeiro, Alexandre, Magno, Laio
Format: Article
Language:eng ; por
Subjects:
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Summary:RESUMO OBJETIVO: Analisar os fatores que aumentam a prática de sexo anal sem preservativo (SASP) entre adolescentes homens que fazem sexo com homens (aHSH) e travestis mulheres trans (aTrMT) em três capitais brasileiras. MÉTODOS: PrEP1519 é uma coorte prospectiva, multicêntrica, de demonstração da efetividade da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV entre aHSH e aTrMT, com idade entre 15 e 19 anos, em três capitais brasileiras. As análises foram realizadas com dados da linha de base da coorte, com a inclusão de 1.418 adolescentes inscritos de 2019 a 2021. O desfecho estudado foi SASP nos últimos seis meses, e os potenciais fatores associados foram sociodemográficos, comportamentais, de assistência à saúde e histórico de violência e discriminação. Foi realizada análise descritiva, bivariada e multivariada. Estimaram-se razões de prevalência ajustadas (RPa) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). RESULTADOS: A maioria dos participantes era aHSH (91,5%), com idade de 18 a 19 anos (75,9%), pretos (40,5%), ensino médio e superior em andamento (92,7%), com relato de SASP na primeira relação sexual (54,2%), início da vida sexual antes dos 14 anos (43,4%) e história de sexo em grupo (24,6%) e de sexo transacional (14,6%). A prevalência de SASP nos últimos seis meses foi de 80,6% (IC95% 78,5%-82,6%). Adolescentes que relataram primeira relação sexual sem preservativo (RPa: 1,18; IC95% 1,10-1,25), consumo de substâncias psicoativas (RPa: 1,09; IC95% 1,03-1,16) e sexo transacional (RPa: 1,11; IC95% 1,04-1,20) tiveram maior prevalência de SASP nos últimos seis meses. Verificou-se também que aqueles com idade de 15 a 17 anos tiveram maior prevalência de SASP em comparação àqueles de 18 a 19 anos (RPa: 1,07; IC95% 0,99-1,13). CONCLUSÕES: A prevalência de SASP foi alta entre aHSH e aTrMT, bem como esteve associada a práticas que podem aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis (IST). Assim, recomenda-se o fortalecimento de programas de saúde sexual para jovens que abordem o tema da sexualidade e prevenção de IST, tal como a ampliação do acesso a métodos preventivos, como preservativo e PrEP.
ISSN:1518-8787
1518-8787
DOI:10.11606/s1518-8787.2020054005462