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PERFIL DE PACIENTES QUE EVOLUEM PARA ÓBITO POR TUBERCULOSE PERTENCENTES A 17ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ, 2018-2020

Introdução: A tuberculose (TB) permanece sendo um desafio à saúde pública mundial. A emergência da pandemia de covid-19 culminou na reorganização de ações, serviços e sistemas de saúde em todo o mundo, o que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), reverteu anos de progresso no controle da TB....

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Published in:The Brazilian journal of infectious diseases 2022-09, Vol.26, p.102600
Main Authors: Franciely Midori Bueno de Freitas, Flávia Meneguetti Pieri, Ana Beatriz Floriano Souza, Vanessa Cristina Luquini, Lais Gonçalves Ribeiro, Maithe Lima Zandonadi, Natacha Bolorino, Rejane Kiyomi Furuya, Tissiane Soares de Mattos, Erick Souza Neri
Format: Article
Language:English
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Summary:Introdução: A tuberculose (TB) permanece sendo um desafio à saúde pública mundial. A emergência da pandemia de covid-19 culminou na reorganização de ações, serviços e sistemas de saúde em todo o mundo, o que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), reverteu anos de progresso no controle da TB. Objetivo: Descrever o perfil de pacientes adultos residentes nos municípios da 17ª Regional de Saúde do estado do Paraná (RS/PR) que evoluíram para óbito associado à TB, segundo fatores demográficos, clínicos e epidemiológicos. Método: Estudo transversal, abrangendo todos os óbitos por TB ocorridos de 2018-2020, entre os maiores de 18 anos. Os dados analisados foram obtidos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). A tabulação e análise dos dados ocorreram por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) por meio de frequência simples e relativa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE 38855820.6.0000.5231. Resultados: Foram notificados 1000 casos de TB, sendo que 805 (80,5%) dos casos foram diagnosticados com TB pulmonar, 135 (13,5%) com TB extrapulmonar e 60 (6,0%) com TB pulmonar e extrapulmonar. Desses casos, 28 casos evoluíram à óbito. De acordo com os anos, em 2018 evoluíram à óbito 5 (17,9%), em 2019 13 (46.4%) e no ano de 2020, 10 (35,7%). Dessas pessoas que evoluíram à óbito por TB, ressalta-se um alto percentual na faixa etária dos 40 à 59 anos, com a ocorrência de 14 óbitos (50%), a idade média foi de 53,14 (dp = ±14,43), a maioria era do sexo masculino (75%), com raça/cor autodeclarada branca (67,9%), com escolaridade de até 9 anos de estudo (50%), presença de aids (10,7%), alcoolismo (50%), uso de drogas ilícitas (25%), tabagismo (53,6%), portador de diabetes melittus (10,7%), sendo casos novos (96,4%), forma pulmonar (71,4%), radiografia de tórax suspeita (85,7%), baciloscopia de escarro positiva (64,3%), cultura de escarro (28,6%), Teste Molecular Rápido para TB não realizados (57,1%) e teste de sensibilidade (21,4%). Com relação ao Tratamento Diretamente Observado (TDO), 16 pacientes (57,1%) realizaram o tratamento. Conclusão: Sexo masculino, raça/cor autodeclarada branca, com idade de 40 à 59 anos, com comorbidades, tabagista, uso de drogas ilícitas e com HIV/AIDS são características importantes a serem relacionadas com o óbito por TB.
ISSN:1413-8670