EP-118 - EPIDEMIOLOGIA DA HEPATITE C NO ESTADO DO PARANÁ: UMA ANÁLISE DO PERFIL DOS CASOS

• Published in: The Brazilian journal of infectious diseases 2024-10, Vol.28, p.104042
• Main Authors: Novaes, Laura Alves Moreira, Faggi, Renata Pires de Arruda, de Lima, Larissa Cristina Santos, Lazaretti, Maria Fernanda Milani, Alves, Maria Gabrielle Felizardo, Pereira, Sandy Ferracioli, Radighier, Andressa Midori Sakai, de Souza, Ana Beatriz Floriano, da Silva, Dayanna Saeko Martins Matias, Pieri, Flavia Maneguetti
• Format: Article
• Language: English
• ISSN: 1413-8670
• DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104042

A hepatite C é uma doença viral crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, representando um sério desafio à saúde pública. Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de Hepatite C notificados no estado do Paraná, Brasil. Estudo transversal, quantitativo, cujos dados foram obtidos por meio das fichas do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), de pacientes notificados com Hepatite B e residentes no estado do Paraná, no período de janeiro de 2007 a novembro de 2023. Os dados foram analisados no Programa Statistical Package for the Social Sciences, por meio de frequências simples. CAAE n° 21738719.9.0000.523. Foram notificados um total de 19.582 casos, destacando-se os anos de 2015 (9,1%), 2016 (8,7%) e 2011(8,4%) como os de maior número de notificações. A análise demográfica revelou uma predominância de casos em adultos jovens (77%), do sexo masculino (58,2%), de raça branca (74,3%), não institucionalizados (80%), com baixo nível de escolaridade (37,6%) e residentes em áreas urbanas ou periurbanas (94,8%), com maior concentração de casos na macrorregional leste (59,1%). A detecção do RNA do vírus da hepatite C foi positiva em 9.524 casos, com os genótipos mais comuns sendo o GEN 1(18,8%) e GEN 3(17,9%). A forma crônica da doença foi identificada em 16.218 casos. As prováveis fontes de infecção incluem o uso de drogas (11,4%), contato sexual (9,1%) e transfusão de sangue (6,2%). Este estudo destacou a predominância de casos suspeitos de hepatites virais em adultos jovens do sexo masculino, de raça branca e não institucionalizados, residentes em áreas urbanas com predominância da macrorregional leste entre os anos de 2007 a 2023. Esses achados oferecem informações valiosas para entender a epidemiologia e as características da hepatite C, ressaltando áreas cruciais para intervenção e prevenção.