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CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS, SEXUAIS, DE ELEGIBILIDADE E PREVALÊNCIA DE ISTS NOS USUÁRIOS DA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP) AO HIV DO CENTRO ESPECIALIZADO EM DIAGNÓSTICO, ASSISTÊNCIA E PESQUISA (CEDAP) DA BAHIA

A prevenção do HIV evoluiu de forma significativa nos últimos anos. No Brasil a PrEP no SUS iniciou em 2018 às populações mais vulneráveis ao HIV como gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), transexuais/travestis, trabalhadoras do sexo e casais sorodiferentes. Este trabalho objetiva an...

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Published in:The Brazilian journal of infectious diseases 2022-01, Vol.26, p.102119
Main Authors: de Farias, Alessandro Henrique Tavares, Oliva, Talita Andrade, Nunes, Lívia Carolina Dourado Pereira, Murta, Simone, Bahia, Fabianna, de Farias, Patricia Gomes, Ramos, André, Santos, Maria Tereza Nóbrega, de Andrade, Alessandra Dominguez, Freire, Miralba
Format: Article
Language:English
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Description
Summary:A prevenção do HIV evoluiu de forma significativa nos últimos anos. No Brasil a PrEP no SUS iniciou em 2018 às populações mais vulneráveis ao HIV como gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), transexuais/travestis, trabalhadoras do sexo e casais sorodiferentes. Este trabalho objetiva analisar o perfil demográfico, sexual, de elegibilidade e prevalência de ISTs em pessoas admitidas na PrEP SUS no CEDAP. Estudo transversal, com pessoas cadastradas na PrEP SUS do CEDAP entre 23/01/2018 a 30/01/2020. Os dados foram coletados dos prontuários, do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos e entrevistas. Foram digitados no MSAccess, analisados e apresentados por estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo CEP SESAB Parecer N° 2.707.965. Foram cadastradas 595 pessoas no ambulatório da PrEP no CEDAP no período.Destes, 285 na PrEP SUS, sendo que 9(3,3%) não preenchiam critérios, 5(1,8%) tinham diagnóstico de HIV e 3 (1,1%) recusaram participar da pesquisa. Da amostra elegível para o estudo (268), 1,1% (3) foram excluídos por contraindicação clínica; 3,7% (10) por transferência da PrEP para outro estado e 49,6% (133) por abandono da profilaxia por 6 meses ou mais. A amostra analisada foi constituída por 122 participantes (homens cis gays/HSH (77,05%)), bissexuais (10,66%), heterossexuais (1,64%); mulheres cis heterossexuais (8,20%), bissexuais (1,64%) e mulheres trans (0,82%). A idade média foi de 33 anos, a maioria de pretos e pardos (77,86%), solteiros (78,69%), com ensino superior (65,57%) e residentes em Salvador (87,7%). Conforme os critérios de elegibilidade à PrEP o grupo dos homens gays/HSH foi o mais expressivo (71,31%), seguido das parcerias sorodiferentes para o HIV (18,85%), profissionais do sexo (9,01%) e outros (0,83%). O uso da PEP no último ano à PrEP foi relatado por 28,69%, a ocorrência de ISTs por 46,6% da amostra, sendo Sífilis (64,91%) e Gonorréia e/ou Clamídia (21,05%) as mais prevalentes. O sexo anal foi o mais frequente (50,82%) e a mediana de parcerias sexuais nos 3 meses antes da PrEP foi de 5. Na inclusão, 22,13% tinham teste rápido reagente para sífilis e nenhum caso de Hepatite B ou C identificado. É necessário pensar em estratégias para expansão da PrEP como importante ferramenta de prevenção ao HIV, de detecção e tratamento precoce das ISTs, com foco nos segmentos mais vulneráveis, assim como a adoção de medidas para melhorar a adesão dos usuários à profilaxia.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.102119