Loading…

A patogênese das porfirias agudas

As porfirias agudas são causadas por uma deficiência na via de biossíntese do heme, que provoca ataques caracterizados por disfunções neuroviscerais (neuropatia autonômica, neuropatia periférica e encefalopatia) e produção excessiva dos precursores porfirínicos, ácido 5-aminolevulínico e porfobilino...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Clinical and Biomedical Research 2022-07, Vol.22 (1)
Main Authors: Carlos André Prauchner, Tatiana Emanuelli
Format: Article
Language:English
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
cited_by
cites
container_end_page
container_issue 1
container_start_page
container_title Clinical and Biomedical Research
container_volume 22
creator Carlos André Prauchner
Tatiana Emanuelli
description As porfirias agudas são causadas por uma deficiência na via de biossíntese do heme, que provoca ataques caracterizados por disfunções neuroviscerais (neuropatia autonômica, neuropatia periférica e encefalopatia) e produção excessiva dos precursores porfirínicos, ácido 5-aminolevulínico e porfobilinogênio. O acúmulo de ácido 5- aminolevulínico parece estar envolvido na redução dos níveis de melatonina no plasma dos pacientes, o que poderia estar relacionado com o caráter intermitente e cíclico das crises de porfiria, bem como com algumas alterações psicológicas observadas na fase prodrômica (insônia, depressão, alterações emocionais). Também tem sido sugerido que efeitos oxidantes do ácido 5-aminolevulínico no DNA poderiam explicar a maior suscetibilidade de pacientes que sofreram vários ataques de porfiria ao desenvolvimento de carcinomas hepáticos. No entanto, a neuropatia periférica apresentada pelos pacientes parece não estar relacionada com os aumentos na produção de ácido 5-aminolevulínico. Sugere-se que ela possa estar relacionada a uma depleção de heme que poderia prejudicar o funcionamento de hemoproteínas no sistema nervoso. Além disso, existem evidências convincentes de que a depleção do heme hepático nos pacientes pode provocar um aumento nos níveis de triptofano circulantes, com possíveis conseqüências no sistema nervoso central, tais como aumento nos níveis de serotonina, provocando náuseas, dores abdominais e distúrbios psicomotores e psiquiátricos.
format article
fullrecord <record><control><sourceid>doaj</sourceid><recordid>TN_cdi_doaj_primary_oai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d5</recordid><sourceformat>XML</sourceformat><sourcesystem>PC</sourcesystem><doaj_id>oai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d5</doaj_id><sourcerecordid>oai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d5</sourcerecordid><originalsourceid>FETCH-doaj_primary_oai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d53</originalsourceid><addsrcrecordid>eNqtjEsKwjAUAIMgtGjvENwX0s9rkqWIonv34bVJQ0o1JakLr-Q1vJhFPIKrGWYxK5KWFfBc8oolJItxYIyVXNRMNinZ7emEs7fv191EQzVGOvnQu-AWQ_tYwpasexyjyX7ckMvpeD2cc-1xUFNwNwxP5dGpb_DBKgyz60ajoGVtUUApBLZ1B1xIyQvQQmrZaK6h-ufrA92hR6o</addsrcrecordid><sourcetype>Open Website</sourcetype><iscdi>true</iscdi><recordtype>article</recordtype></control><display><type>article</type><title>A patogênese das porfirias agudas</title><source>Alma/SFX Local Collection</source><creator>Carlos André Prauchner ; Tatiana Emanuelli</creator><creatorcontrib>Carlos André Prauchner ; Tatiana Emanuelli</creatorcontrib><description>As porfirias agudas são causadas por uma deficiência na via de biossíntese do heme, que provoca ataques caracterizados por disfunções neuroviscerais (neuropatia autonômica, neuropatia periférica e encefalopatia) e produção excessiva dos precursores porfirínicos, ácido 5-aminolevulínico e porfobilinogênio. O acúmulo de ácido 5- aminolevulínico parece estar envolvido na redução dos níveis de melatonina no plasma dos pacientes, o que poderia estar relacionado com o caráter intermitente e cíclico das crises de porfiria, bem como com algumas alterações psicológicas observadas na fase prodrômica (insônia, depressão, alterações emocionais). Também tem sido sugerido que efeitos oxidantes do ácido 5-aminolevulínico no DNA poderiam explicar a maior suscetibilidade de pacientes que sofreram vários ataques de porfiria ao desenvolvimento de carcinomas hepáticos. No entanto, a neuropatia periférica apresentada pelos pacientes parece não estar relacionada com os aumentos na produção de ácido 5-aminolevulínico. Sugere-se que ela possa estar relacionada a uma depleção de heme que poderia prejudicar o funcionamento de hemoproteínas no sistema nervoso. Além disso, existem evidências convincentes de que a depleção do heme hepático nos pacientes pode provocar um aumento nos níveis de triptofano circulantes, com possíveis conseqüências no sistema nervoso central, tais como aumento nos níveis de serotonina, provocando náuseas, dores abdominais e distúrbios psicomotores e psiquiátricos.</description><identifier>EISSN: 2357-9730</identifier><language>eng</language><publisher>Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)</publisher><subject>heme ; patogênese ; Porfirias agudas ; ácido 5-aminolevulínico</subject><ispartof>Clinical and Biomedical Research, 2022-07, Vol.22 (1)</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Carlos André Prauchner</creatorcontrib><creatorcontrib>Tatiana Emanuelli</creatorcontrib><title>A patogênese das porfirias agudas</title><title>Clinical and Biomedical Research</title><description>As porfirias agudas são causadas por uma deficiência na via de biossíntese do heme, que provoca ataques caracterizados por disfunções neuroviscerais (neuropatia autonômica, neuropatia periférica e encefalopatia) e produção excessiva dos precursores porfirínicos, ácido 5-aminolevulínico e porfobilinogênio. O acúmulo de ácido 5- aminolevulínico parece estar envolvido na redução dos níveis de melatonina no plasma dos pacientes, o que poderia estar relacionado com o caráter intermitente e cíclico das crises de porfiria, bem como com algumas alterações psicológicas observadas na fase prodrômica (insônia, depressão, alterações emocionais). Também tem sido sugerido que efeitos oxidantes do ácido 5-aminolevulínico no DNA poderiam explicar a maior suscetibilidade de pacientes que sofreram vários ataques de porfiria ao desenvolvimento de carcinomas hepáticos. No entanto, a neuropatia periférica apresentada pelos pacientes parece não estar relacionada com os aumentos na produção de ácido 5-aminolevulínico. Sugere-se que ela possa estar relacionada a uma depleção de heme que poderia prejudicar o funcionamento de hemoproteínas no sistema nervoso. Além disso, existem evidências convincentes de que a depleção do heme hepático nos pacientes pode provocar um aumento nos níveis de triptofano circulantes, com possíveis conseqüências no sistema nervoso central, tais como aumento nos níveis de serotonina, provocando náuseas, dores abdominais e distúrbios psicomotores e psiquiátricos.</description><subject>heme</subject><subject>patogênese</subject><subject>Porfirias agudas</subject><subject>ácido 5-aminolevulínico</subject><issn>2357-9730</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2022</creationdate><recordtype>article</recordtype><sourceid>DOA</sourceid><recordid>eNqtjEsKwjAUAIMgtGjvENwX0s9rkqWIonv34bVJQ0o1JakLr-Q1vJhFPIKrGWYxK5KWFfBc8oolJItxYIyVXNRMNinZ7emEs7fv191EQzVGOvnQu-AWQ_tYwpasexyjyX7ckMvpeD2cc-1xUFNwNwxP5dGpb_DBKgyz60ajoGVtUUApBLZ1B1xIyQvQQmrZaK6h-ufrA92hR6o</recordid><startdate>20220701</startdate><enddate>20220701</enddate><creator>Carlos André Prauchner</creator><creator>Tatiana Emanuelli</creator><general>Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)</general><scope>DOA</scope></search><sort><creationdate>20220701</creationdate><title>A patogênese das porfirias agudas</title><author>Carlos André Prauchner ; Tatiana Emanuelli</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-doaj_primary_oai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d53</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2022</creationdate><topic>heme</topic><topic>patogênese</topic><topic>Porfirias agudas</topic><topic>ácido 5-aminolevulínico</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Carlos André Prauchner</creatorcontrib><creatorcontrib>Tatiana Emanuelli</creatorcontrib><collection>Open Access: DOAJ - Directory of Open Access Journals</collection><jtitle>Clinical and Biomedical Research</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Carlos André Prauchner</au><au>Tatiana Emanuelli</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>A patogênese das porfirias agudas</atitle><jtitle>Clinical and Biomedical Research</jtitle><date>2022-07-01</date><risdate>2022</risdate><volume>22</volume><issue>1</issue><eissn>2357-9730</eissn><abstract>As porfirias agudas são causadas por uma deficiência na via de biossíntese do heme, que provoca ataques caracterizados por disfunções neuroviscerais (neuropatia autonômica, neuropatia periférica e encefalopatia) e produção excessiva dos precursores porfirínicos, ácido 5-aminolevulínico e porfobilinogênio. O acúmulo de ácido 5- aminolevulínico parece estar envolvido na redução dos níveis de melatonina no plasma dos pacientes, o que poderia estar relacionado com o caráter intermitente e cíclico das crises de porfiria, bem como com algumas alterações psicológicas observadas na fase prodrômica (insônia, depressão, alterações emocionais). Também tem sido sugerido que efeitos oxidantes do ácido 5-aminolevulínico no DNA poderiam explicar a maior suscetibilidade de pacientes que sofreram vários ataques de porfiria ao desenvolvimento de carcinomas hepáticos. No entanto, a neuropatia periférica apresentada pelos pacientes parece não estar relacionada com os aumentos na produção de ácido 5-aminolevulínico. Sugere-se que ela possa estar relacionada a uma depleção de heme que poderia prejudicar o funcionamento de hemoproteínas no sistema nervoso. Além disso, existem evidências convincentes de que a depleção do heme hepático nos pacientes pode provocar um aumento nos níveis de triptofano circulantes, com possíveis conseqüências no sistema nervoso central, tais como aumento nos níveis de serotonina, provocando náuseas, dores abdominais e distúrbios psicomotores e psiquiátricos.</abstract><pub>Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)</pub><oa>free_for_read</oa></addata></record>
fulltext fulltext
identifier EISSN: 2357-9730
ispartof Clinical and Biomedical Research, 2022-07, Vol.22 (1)
issn 2357-9730
language eng
recordid cdi_doaj_primary_oai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d5
source Alma/SFX Local Collection
subjects heme
patogênese
Porfirias agudas
ácido 5-aminolevulínico
title A patogênese das porfirias agudas
url http://sfxeu10.hosted.exlibrisgroup.com/loughborough?ctx_ver=Z39.88-2004&ctx_enc=info:ofi/enc:UTF-8&ctx_tim=2025-01-05T07%3A07%3A34IST&url_ver=Z39.88-2004&url_ctx_fmt=infofi/fmt:kev:mtx:ctx&rfr_id=info:sid/primo.exlibrisgroup.com:primo3-Article-doaj&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:journal&rft.genre=article&rft.atitle=A%20patog%C3%AAnese%20das%20porfirias%20agudas&rft.jtitle=Clinical%20and%20Biomedical%20Research&rft.au=Carlos%20Andr%C3%A9%20Prauchner&rft.date=2022-07-01&rft.volume=22&rft.issue=1&rft.eissn=2357-9730&rft_id=info:doi/&rft_dat=%3Cdoaj%3Eoai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d5%3C/doaj%3E%3Cgrp_id%3Ecdi_FETCH-doaj_primary_oai_doaj_org_article_5b0b115288ab4c57899715d89d96d7d53%3C/grp_id%3E%3Coa%3E%3C/oa%3E%3Curl%3E%3C/url%3E&rft_id=info:oai/&rft_id=info:pmid/&rfr_iscdi=true