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DIFERENÇAS REGIONAIS DA TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR HIV/AIDS NO BRASIL ENTRE 2001 E 2021

A infecção pelo HIV é um grande problema de saúde pública. Apesar do tratamento antirretrovial universal no Brasil (desde 2013), diversos fatores podem influenciar no comportamento epidemiológico nas diferentes localidades. Dessa maneira, o estudo objetiva analisar a tendência temporal da mortalidad...

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Published in:The Brazilian journal of infectious diseases 2023-10, Vol.27, p.102998
Main Authors: Filho, Walmer Carvalho, Ribeiro, Beatriz Santana, dos Santos, Guilherme Pedralina, Nascimento, Vanessa Alves, Passos, Flávia Moreira Dias, Filho, Luciano Araújo de Souza, Santos, Leticia de Souza, Pimentel, João Victor Andrade, da Silva, João Victor Farias, Góes, Marco Aurélio de Oliveira
Format: Article
Language:English
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description A infecção pelo HIV é um grande problema de saúde pública. Apesar do tratamento antirretrovial universal no Brasil (desde 2013), diversos fatores podem influenciar no comportamento epidemiológico nas diferentes localidades. Dessa maneira, o estudo objetiva analisar a tendência temporal da mortalidade por HIV/aids nas diferentes regiões do país entre 2001 e 2021. Trata-se de um estudo ecológico tipo serie temporal dos óbitos por HIV/aids no Brasil. Os dados foram obtidos através do portal do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, considerando os óbitos do período entre 2001 e 2021. Os dados populacionais foram extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A análise descritiva foi realizada através do STATASE 14.0 e as análises de tendências temporais por meio de modelos de regressão linear segmentada, utilizando o Joinpoint 5.0.2, com os resultados em AAPC (média da variação percentual anual). Durante o período foram registrados 244412 óbitos por HIV/aids no Brasil, com taxa média de mortalidade de 5,94/100 mil habitantes. Entre as diferentes regiões do país, a região Sul exibiu a maior taxa (8,51/100 mil) e a Nordeste a menor (3,79/100 mil). Ao analisar os estados, o Rio Grande do Sul registrou a maior taxa estadual (12,04/100 mil) e o Rio Grande do Norte a menor (2,69/100 mil). Considerando a totalidade do país, a tendência temporal da taxa de mortalidade por HIV/Aids na população geral demonstrou que, ao longo de todo o período, houve estabilidade (AAPC -0,7). No entanto, quando analisadas as regiões separadamente, a tendência foi considerada estacionária no Sul (AAPC -0,6) e Centro-Oeste (AAPC -0,2), crescente no Norte (AAPC 4,3) e Nordeste (AAPC 2,9) e decrescente no Sudeste (AAPC -2,9). Na análise por estados, a maioria das regiões Sul e Centro-oeste foram estacionários, exceto Santa Catarina e Distrito Federal que exibiram tendência decrescente. No Norte e Nordeste houve aumento na maior parte, exceto no Rio Grande do Norte e Alagoas que foram estáveis. No Sudeste o único estável foi o Espírito Santo, os demais apresentaram tendência decrescente. Destaca-se que mesmo que a tendência de mortalidade por HIV/aids seja estável, esse fenômeno tem se comportado de forma diversa nas regiões e estados brasileiros, reforçando a importância de uma melhor compreensão dos fatores que possam estar envolvidos, como fragilidades no acesso às ações de prevenção, diagnóstico e tratamento.
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Apesar do tratamento antirretrovial universal no Brasil (desde 2013), diversos fatores podem influenciar no comportamento epidemiológico nas diferentes localidades. Dessa maneira, o estudo objetiva analisar a tendência temporal da mortalidade por HIV/aids nas diferentes regiões do país entre 2001 e 2021. Trata-se de um estudo ecológico tipo serie temporal dos óbitos por HIV/aids no Brasil. Os dados foram obtidos através do portal do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, considerando os óbitos do período entre 2001 e 2021. Os dados populacionais foram extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A análise descritiva foi realizada através do STATASE 14.0 e as análises de tendências temporais por meio de modelos de regressão linear segmentada, utilizando o Joinpoint 5.0.2, com os resultados em AAPC (média da variação percentual anual). Durante o período foram registrados 244412 óbitos por HIV/aids no Brasil, com taxa média de mortalidade de 5,94/100 mil habitantes. Entre as diferentes regiões do país, a região Sul exibiu a maior taxa (8,51/100 mil) e a Nordeste a menor (3,79/100 mil). Ao analisar os estados, o Rio Grande do Sul registrou a maior taxa estadual (12,04/100 mil) e o Rio Grande do Norte a menor (2,69/100 mil). Considerando a totalidade do país, a tendência temporal da taxa de mortalidade por HIV/Aids na população geral demonstrou que, ao longo de todo o período, houve estabilidade (AAPC -0,7). No entanto, quando analisadas as regiões separadamente, a tendência foi considerada estacionária no Sul (AAPC -0,6) e Centro-Oeste (AAPC -0,2), crescente no Norte (AAPC 4,3) e Nordeste (AAPC 2,9) e decrescente no Sudeste (AAPC -2,9). Na análise por estados, a maioria das regiões Sul e Centro-oeste foram estacionários, exceto Santa Catarina e Distrito Federal que exibiram tendência decrescente. No Norte e Nordeste houve aumento na maior parte, exceto no Rio Grande do Norte e Alagoas que foram estáveis. No Sudeste o único estável foi o Espírito Santo, os demais apresentaram tendência decrescente. Destaca-se que mesmo que a tendência de mortalidade por HIV/aids seja estável, esse fenômeno tem se comportado de forma diversa nas regiões e estados brasileiros, reforçando a importância de uma melhor compreensão dos fatores que possam estar envolvidos, como fragilidades no acesso às ações de prevenção, diagnóstico e tratamento.</description><identifier>ISSN: 1413-8670</identifier><identifier>DOI: 10.1016/j.bjid.2023.102998</identifier><language>eng</language><publisher>Elsevier España, S.L.U</publisher><subject>AIDS HIV Óbitos Tendência Temporal Regiões</subject><ispartof>The Brazilian journal of infectious diseases, 2023-10, Vol.27, p.102998</ispartof><rights>2023</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><linktohtml>$$Uhttps://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023002581$$EHTML$$P50$$Gelsevier$$Hfree_for_read</linktohtml><link.rule.ids>314,780,784,3549,27924,27925,45780</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Filho, Walmer Carvalho</creatorcontrib><creatorcontrib>Ribeiro, Beatriz Santana</creatorcontrib><creatorcontrib>dos Santos, Guilherme Pedralina</creatorcontrib><creatorcontrib>Nascimento, Vanessa Alves</creatorcontrib><creatorcontrib>Passos, Flávia Moreira Dias</creatorcontrib><creatorcontrib>Filho, Luciano Araújo de Souza</creatorcontrib><creatorcontrib>Santos, Leticia de Souza</creatorcontrib><creatorcontrib>Pimentel, João Victor Andrade</creatorcontrib><creatorcontrib>da Silva, João Victor Farias</creatorcontrib><creatorcontrib>Góes, Marco Aurélio de Oliveira</creatorcontrib><title>DIFERENÇAS REGIONAIS DA TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR HIV/AIDS NO BRASIL ENTRE 2001 E 2021</title><title>The Brazilian journal of infectious diseases</title><description>A infecção pelo HIV é um grande problema de saúde pública. 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Durante o período foram registrados 244412 óbitos por HIV/aids no Brasil, com taxa média de mortalidade de 5,94/100 mil habitantes. Entre as diferentes regiões do país, a região Sul exibiu a maior taxa (8,51/100 mil) e a Nordeste a menor (3,79/100 mil). Ao analisar os estados, o Rio Grande do Sul registrou a maior taxa estadual (12,04/100 mil) e o Rio Grande do Norte a menor (2,69/100 mil). Considerando a totalidade do país, a tendência temporal da taxa de mortalidade por HIV/Aids na população geral demonstrou que, ao longo de todo o período, houve estabilidade (AAPC -0,7). No entanto, quando analisadas as regiões separadamente, a tendência foi considerada estacionária no Sul (AAPC -0,6) e Centro-Oeste (AAPC -0,2), crescente no Norte (AAPC 4,3) e Nordeste (AAPC 2,9) e decrescente no Sudeste (AAPC -2,9). Na análise por estados, a maioria das regiões Sul e Centro-oeste foram estacionários, exceto Santa Catarina e Distrito Federal que exibiram tendência decrescente. No Norte e Nordeste houve aumento na maior parte, exceto no Rio Grande do Norte e Alagoas que foram estáveis. No Sudeste o único estável foi o Espírito Santo, os demais apresentaram tendência decrescente. 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