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EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO ENTRE 2018 A 2022

A Doença de Chagas (DC) é uma doença endêmica no Brasil, principalmente em regiões de clima semiárido, mas devido ao maior número dos movimentos migratórios, essa patologia tem deslocado seu eixo epidemiológico e desafiado os órgãos de saúde pública. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo...

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Published in:The Brazilian journal of infectious diseases 2023-10, Vol.27, p.103528
Main Authors: Tacconi, Vítor Ferraz Silva, Saldanha, Juli Sergine Tavares Teixeira, Melo, Thayná Amorim, de França, Tereza Suyane Alves, de Oliveira, Arthu Linniker Lopes, da Silva Cordeiro, Gilmar, Queiroz, Igor Thiago
Format: Article
Language:English
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creator Tacconi, Vítor Ferraz Silva
Saldanha, Juli Sergine Tavares Teixeira
Melo, Thayná Amorim
de França, Tereza Suyane Alves
de Oliveira, Arthu Linniker Lopes
da Silva Cordeiro, Gilmar
Queiroz, Igor Thiago
description A Doença de Chagas (DC) é uma doença endêmica no Brasil, principalmente em regiões de clima semiárido, mas devido ao maior número dos movimentos migratórios, essa patologia tem deslocado seu eixo epidemiológico e desafiado os órgãos de saúde pública. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo analisar as características epidemiológicas da DC no Estado do Rio Grande do Norte, nos últimos 5 anos. Estudo retrospectivo e descritivo, o qual mostrou uma análise epidemiológica da DC no Estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizados base de dados secundários da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (SUVIGE) da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) e do SINAN, do DATASUS e do Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis para fazer o levantamento das informações. No estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2018 a 2022, foram notificados 495 casos de DC crônica. Nesse período, registrou-se 107 óbitos (letalidade de 21.61%), com grande predominância na 2° Unidade Regional de Saúde Pública (a qual abrange 26 municípios da região oeste do estado, com sede no município de Mossoró), com 52 óbitos (quase 50% dos casos). Observa-se que um pouco mais de ⅕ foram os registros de morte em comparação aos registros de casos. Bem como, verificou-se predominância do sexo masculino, o qual também obteve maior número de óbitos com ⅔ das ocorrências. Em torno de 24,2% das mortes acontecem na faixa etária dos 50 aos 59 anos. No entanto, também há registros de óbitos em pessoas a partir dos 35 anos, o que mostra uma redução na expectativa de vida da população em idade produtiva. As medidas de tendência central dos dados apresentaram uma média de 99 registros/ano, mediana de 90 registros e desvio padrão de 35,82, o que representa uma assimetria na distribuição dos dados, e pode ser resultado de uma diminuição no registro dos casos DC no período da pandemia (2020 e 2021). A DC no Estado do Rio Grande do Norte é responsável por vários óbitos anualmente em grupos de indivíduos que ainda estão em fase produtiva. Ser do sexo masculino, ter idade entre 50 e 59 anos e ser residente da mesorregião do Oeste Potiguar revelou ser fator de risco associado a maior chance de óbito do DC. Estratégias de saúde pública com ações mais efetivas na região de Mossoró e no seu entorno são necessárias a fim de melhorar o controle da DC nessa região.
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Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo analisar as características epidemiológicas da DC no Estado do Rio Grande do Norte, nos últimos 5 anos. Estudo retrospectivo e descritivo, o qual mostrou uma análise epidemiológica da DC no Estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizados base de dados secundários da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (SUVIGE) da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) e do SINAN, do DATASUS e do Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis para fazer o levantamento das informações. No estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2018 a 2022, foram notificados 495 casos de DC crônica. Nesse período, registrou-se 107 óbitos (letalidade de 21.61%), com grande predominância na 2° Unidade Regional de Saúde Pública (a qual abrange 26 municípios da região oeste do estado, com sede no município de Mossoró), com 52 óbitos (quase 50% dos casos). Observa-se que um pouco mais de ⅕ foram os registros de morte em comparação aos registros de casos. Bem como, verificou-se predominância do sexo masculino, o qual também obteve maior número de óbitos com ⅔ das ocorrências. Em torno de 24,2% das mortes acontecem na faixa etária dos 50 aos 59 anos. No entanto, também há registros de óbitos em pessoas a partir dos 35 anos, o que mostra uma redução na expectativa de vida da população em idade produtiva. As medidas de tendência central dos dados apresentaram uma média de 99 registros/ano, mediana de 90 registros e desvio padrão de 35,82, o que representa uma assimetria na distribuição dos dados, e pode ser resultado de uma diminuição no registro dos casos DC no período da pandemia (2020 e 2021). A DC no Estado do Rio Grande do Norte é responsável por vários óbitos anualmente em grupos de indivíduos que ainda estão em fase produtiva. Ser do sexo masculino, ter idade entre 50 e 59 anos e ser residente da mesorregião do Oeste Potiguar revelou ser fator de risco associado a maior chance de óbito do DC. Estratégias de saúde pública com ações mais efetivas na região de Mossoró e no seu entorno são necessárias a fim de melhorar o controle da DC nessa região.</description><identifier>ISSN: 1413-8670</identifier><identifier>DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103528</identifier><language>eng</language><publisher>Elsevier España, S.L.U</publisher><subject>Doença de Chagas Rio Grande do Norte Epidemiologia</subject><ispartof>The Brazilian journal of infectious diseases, 2023-10, Vol.27, p.103528</ispartof><rights>2023</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><linktohtml>$$Uhttps://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023007882$$EHTML$$P50$$Gelsevier$$Hfree_for_read</linktohtml><link.rule.ids>314,776,780,3535,27903,27904,45759</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Tacconi, Vítor Ferraz Silva</creatorcontrib><creatorcontrib>Saldanha, Juli Sergine Tavares Teixeira</creatorcontrib><creatorcontrib>Melo, Thayná Amorim</creatorcontrib><creatorcontrib>de França, Tereza Suyane Alves</creatorcontrib><creatorcontrib>de Oliveira, Arthu Linniker Lopes</creatorcontrib><creatorcontrib>da Silva Cordeiro, Gilmar</creatorcontrib><creatorcontrib>Queiroz, Igor Thiago</creatorcontrib><title>EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO ENTRE 2018 A 2022</title><title>The Brazilian journal of infectious diseases</title><description>A Doença de Chagas (DC) é uma doença endêmica no Brasil, principalmente em regiões de clima semiárido, mas devido ao maior número dos movimentos migratórios, essa patologia tem deslocado seu eixo epidemiológico e desafiado os órgãos de saúde pública. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo analisar as características epidemiológicas da DC no Estado do Rio Grande do Norte, nos últimos 5 anos. Estudo retrospectivo e descritivo, o qual mostrou uma análise epidemiológica da DC no Estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizados base de dados secundários da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (SUVIGE) da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) e do SINAN, do DATASUS e do Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis para fazer o levantamento das informações. No estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2018 a 2022, foram notificados 495 casos de DC crônica. Nesse período, registrou-se 107 óbitos (letalidade de 21.61%), com grande predominância na 2° Unidade Regional de Saúde Pública (a qual abrange 26 municípios da região oeste do estado, com sede no município de Mossoró), com 52 óbitos (quase 50% dos casos). Observa-se que um pouco mais de ⅕ foram os registros de morte em comparação aos registros de casos. Bem como, verificou-se predominância do sexo masculino, o qual também obteve maior número de óbitos com ⅔ das ocorrências. Em torno de 24,2% das mortes acontecem na faixa etária dos 50 aos 59 anos. No entanto, também há registros de óbitos em pessoas a partir dos 35 anos, o que mostra uma redução na expectativa de vida da população em idade produtiva. As medidas de tendência central dos dados apresentaram uma média de 99 registros/ano, mediana de 90 registros e desvio padrão de 35,82, o que representa uma assimetria na distribuição dos dados, e pode ser resultado de uma diminuição no registro dos casos DC no período da pandemia (2020 e 2021). A DC no Estado do Rio Grande do Norte é responsável por vários óbitos anualmente em grupos de indivíduos que ainda estão em fase produtiva. Ser do sexo masculino, ter idade entre 50 e 59 anos e ser residente da mesorregião do Oeste Potiguar revelou ser fator de risco associado a maior chance de óbito do DC. 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Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo analisar as características epidemiológicas da DC no Estado do Rio Grande do Norte, nos últimos 5 anos. Estudo retrospectivo e descritivo, o qual mostrou uma análise epidemiológica da DC no Estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizados base de dados secundários da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (SUVIGE) da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) e do SINAN, do DATASUS e do Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis para fazer o levantamento das informações. No estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2018 a 2022, foram notificados 495 casos de DC crônica. Nesse período, registrou-se 107 óbitos (letalidade de 21.61%), com grande predominância na 2° Unidade Regional de Saúde Pública (a qual abrange 26 municípios da região oeste do estado, com sede no município de Mossoró), com 52 óbitos (quase 50% dos casos). Observa-se que um pouco mais de ⅕ foram os registros de morte em comparação aos registros de casos. Bem como, verificou-se predominância do sexo masculino, o qual também obteve maior número de óbitos com ⅔ das ocorrências. Em torno de 24,2% das mortes acontecem na faixa etária dos 50 aos 59 anos. No entanto, também há registros de óbitos em pessoas a partir dos 35 anos, o que mostra uma redução na expectativa de vida da população em idade produtiva. As medidas de tendência central dos dados apresentaram uma média de 99 registros/ano, mediana de 90 registros e desvio padrão de 35,82, o que representa uma assimetria na distribuição dos dados, e pode ser resultado de uma diminuição no registro dos casos DC no período da pandemia (2020 e 2021). A DC no Estado do Rio Grande do Norte é responsável por vários óbitos anualmente em grupos de indivíduos que ainda estão em fase produtiva. 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ispartof The Brazilian journal of infectious diseases, 2023-10, Vol.27, p.103528
issn 1413-8670
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