Loading…

Cooperativas agroindustriais da cadeia de valor da castanha-do-brasil: um novo paradigma extrativista na Amazônia

Resumo A cadeia de valor da castanha-do-brasil, que envolve mais de 60 mil famílias de agricultores indígenas e tradicionais, é gerida por mais de 100 organizações do terceiro setor que atuam basicamente no beneficiamento primário. Apesar de ser o principal produto florestal extrativista da Amazônia...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Revista de Economia e Sociologia Rural 2024, Vol.62 (4)
Main Authors: Mariosa, Pedro Henrique, Pereira, Henrique dos Santos, Kluczkovski, Ariane Mendonça, Vinhote, Maria Luana Araújo
Format: Article
Language:eng ; por
Subjects:
Citations: Items that this one cites
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Resumo A cadeia de valor da castanha-do-brasil, que envolve mais de 60 mil famílias de agricultores indígenas e tradicionais, é gerida por mais de 100 organizações do terceiro setor que atuam basicamente no beneficiamento primário. Apesar de ser o principal produto florestal extrativista da Amazônia, sua cadeia de valor segue associada às relações de trabalho pré-capitalistas e monopsônios regionais e vem perdendo espaço para o paradigma agropecuário, defendido pela maioria dos planejadores e agentes econômicos da região. O objetivo geral deste estudo é investigar se o novo modelo das agroindústrias cooperativadas está contribuindo para o surgimento de um novo paradigma extrativista para a região. Na análise de inovações e descobertas sobre a cadeia de valor, as cooperativas agroindustriais mostram sinais de uma lógica de trabalho coletivo que pode reverter a subordinação do trabalho ao capital. A cadeia de valor é composta por cinco elos: floresta, comunidade, beneficiamento primário e secundário e mercado. As agroindústrias cooperativas do Amazonas mostram uma emancipação do sistema de aviamento e a ascensão de seus agentes sociais como protagonistas locais. A gestão coletiva desses empreendimentos tende a convergir para o novo paradigma extrativista na Amazônia. Abstract The Brazil nut value chain, which involves more than 60,000 indigenous and traditional families, is managed by over 100 non-governmental organizations that primarily engage in primary processing. Despite being the main gatherer product of the Amazon, it still follows an agricultural paradigm. The general objective of this study is to investigate whether the cooperative agroindustries in the interior of Amazonas are contributing to the emergence of a new extractive paradigm for the Amazon. In the analysis of inventions and discoveries about the value chain, cooperative agroindustries show signs of a collective work logic that can reverse the subordination of labor to capital. This study seeks to understand how these collective enterprises indicate a new extractive paradigm for the Amazon. The value chain is composed of five links: forest, community, primary and secondary processing, and market. The cooperative agroindustries of Amazonas show an emancipation from the aviamiento system and the rise of their social agents as local protagonists. The collective management of these enterprises tends to convert to the new extractive paradigm in the Amazon.
ISSN:0103-2003
1806-9479
1806-9479
DOI:10.1590/1806-9479.2023.277617