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“Mas se o homem cuidar da saúde fica meio que paradoxal ao trabalho”: relação entre masculinidades e cuidado à saúde para homens jovens em formação profissional

Este estudo objetivou compreender como homens jovens em formação profissional relacionam masculinidades e cuidados à saúde no contexto do trabalho. Por meio de uma abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas individuais com 27 homens jovens, com idades entre 17 e 19 anos, matriculados em cur...

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Published in:Saúde e sociedade 2018-04, Vol.27 (2), p.423-434
Main Authors: Barros, Camylla Tenório, Gontijo, Daniela Tavares, Lyra, Jorge, de Lima, Luciane Soares, Monteiro, Estela Maria Leite Meirelles
Format: Article
Language:Portuguese
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Description
Summary:Este estudo objetivou compreender como homens jovens em formação profissional relacionam masculinidades e cuidados à saúde no contexto do trabalho. Por meio de uma abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas individuais com 27 homens jovens, com idades entre 17 e 19 anos, matriculados em cursos técnicos vinculados ao Programa Jovem Aprendiz de uma escola técnica localizada em Recife/PE. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática. O software Atlas.ti foi utilizado para auxiliar na organização do material produzido. O processo de análise resultou em duas categorias temáticas: “Dificuldades para promoção/prevenção à saúde” e “Possibilidades de promoção/prevenção à saúde”. Na primeira categoria, os jovens afirmaram que a rotina de atribuições, o fato de os homens priorizarem outras atividades e a forma como os serviços de saúde estão organizados dificultam para que homens jovens trabalhadores envolvamse em ações de cuidado à saúde. Citaram também a concepção de que adolescentes têm dificuldades para buscar ações de promoção/prevenção da saúde. Na segunda categoria, os jovens apontaram que os cuidados à saúde acontecem por meio da manutenção de hábitos saudáveis ou no apoio fornecido pelos locais de trabalho. Os resultados apontaram diferentes maneiras de relacionar masculinidades e cuidados à saúde, com destaque para a reprodução de valores que reforçam essa relação baseada em modelos hegemônicos. Diante disso, observa-se a necessidade de práticas de educação em saúde, no intuito de desconstruir estereótipos e fortalecer a importância da prevenção e promoção da saúde entre homens jovens.
ISSN:0104-1290
1984-0470
1984-0470
DOI:10.1590/S0104-12902018166057