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Mulheres pretas da Enfermagem: escrevivência atrevivida em oralitura na COVID-19

Neste artigo, objetivamos problematizar a mortificação de vidas pretas e enunciar rastros/resíduos de memórias produtoras de novos imaginários em polifonia de vozes de mulheres trabalhadoras da Enfermagem, atuantes na linha de frente do cuidado e enfrentamento à COVID-19. Apresentamos uma política d...

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Published in:Estudos feministas 2023, Vol.31 (1), p.1-12
Main Authors: Alves, Míriam Cristiane, de Sant’Anna, Ademiel, Izidoro-Pinto, Cecília Maria
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Summary:Neste artigo, objetivamos problematizar a mortificação de vidas pretas e enunciar rastros/resíduos de memórias produtoras de novos imaginários em polifonia de vozes de mulheres trabalhadoras da Enfermagem, atuantes na linha de frente do cuidado e enfrentamento à COVID-19. Apresentamos uma política de escrita encharcada pela afirmação de uma ciência constituída pela complementaridade entre razão e emoção. Partimos da articulação entre os conceitos de escrevivência – enquanto ato político de mulheres pretas que se apoderam da escrita; de atrevivência – propondo uma linguagem sentida e vocalizada; e de oralitura – que lança mão da memória como repertório oral e corporal afrodiaspórico inscrevendo saberes, valores e modos de ser e estar no mundo; portanto, uma escrevivência atrevivida em oralitura. Corpas-pretas da Enfermagem em polifonia denunciam políticas de inimizade em um Estado necropolítico e enunciam novos imaginários que instigam a reinvenção no tempo pandêmico. The study aims to problematize the mortification of black lives and enunciate tracks/residues of new imaginary generative memories, in poliphony voices of nursing working women which act in the front line of care and confrontation of COVID-19. We present a writing policy that’s soaked by the complementarity between reason and emotion. We go from the articulation between the concepts of escrevivência – as a political act of black women that seize writing; atrevivência – proposing a language sensed and vocalized; and oralitura – that uses memory as an oral and material afrodiasporic repertory that inscribes knowings, values, ways of being and ways to be in the world; as such, a escrevivência atrevivida in oralitura. Nursing’s black-bodies while in poliphony, denounces enimity policies in a necropolitic State and enunciate new imaginaries that instigate reinvention in pandemic times. El estudio objetiva problematizar la mortificación de vidas negras y enunciar pistas/residuos de memorias productoras de nuevos imaginarios en polifonía de voces de mujeres trabajadoras de la Enfermería, atuantes en la línea de frente del cuidado y enfrentamiento de la COVID-19. Presentamos una política de escrita encharcada por la afirmación de una ciencias constituido por la complementaridad entre razón y emoción. Partimos de la articulación entre los conceptos de escrevivência – mientras ato político de mujeres negras que se apoderan de la escrita; de atrevivência – proponiendo un lenguaje sentido y vocalizado; y
ISSN:0104-026X
1806-9584
1806-9584
DOI:10.1590/1806-9584-2023v31n183154