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Aforar, arrumar e alinhar: a atuação da Câmara Municipal de Belém na configuração urbano-fundiária da cidade durante o século XIX

RESUMO O artigo examina a transformação morfológica da cidade de Belém do Pará influenciada pelo novo regime fundiário inaugurado com a Lei de Terras de 1850 e pelo crescimento do planejamento urbano estatal. Investiga-se a atuação da Câmara Municipal no ordenamento urbano-fundiário da cidade e na i...

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Published in:Anais do Museu Paulista 2018-12, Vol.26
Main Authors: PAULA VANESSA LUZ DE ABREU, JOSÉ JÚLIO FERREIRA LIMA, LULY RODRIGUES DA CUNHA FISCHER
Format: Article
Language:English
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creator PAULA VANESSA LUZ DE ABREU
JOSÉ JÚLIO FERREIRA LIMA
LULY RODRIGUES DA CUNHA FISCHER
description RESUMO O artigo examina a transformação morfológica da cidade de Belém do Pará influenciada pelo novo regime fundiário inaugurado com a Lei de Terras de 1850 e pelo crescimento do planejamento urbano estatal. Investiga-se a atuação da Câmara Municipal no ordenamento urbano-fundiário da cidade e na implementação de um Plano de Expansão para Belém no século XIX. Para compreender as ações espaciais empreendidas pela Câmara, parte-se do estudo de três instrumentos: o aforamento, que constituía a principal forma de transmissão de terra utilizada pela Câmara Municipal; o alinhamento, relacionado com a definição de vias e limites público-privado; e a arrumação, referente à demarcação das terras aforadas. Foram investigados os documentos fundiários originais que registram as ações de aforamento, alinhamento e arrumação realizadas pela Câmara ao longo da Estrada de Bragança, principal eixo de expansão da cidade nos oitocentos. A partir da espacialização gráfica das informações contidas nos documentos fundiários e da pesquisa em periódicos locais, foi possível verificar que a Câmara atuou pioneiramente como agente loteador, com um projeto sistemático de partilha da terra. Esta discussão contribui para a compreensão do papel estruturador do poder local na definição e alteração da morfologia urbana e para um novo entendimento do Plano de Expansão de Belém, classificando-o não apenas como um projeto estatal de ordenamento e embelezamento urbano, mas como produto da transição político-fundiária que marca o século XIX.
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Investiga-se a atuação da Câmara Municipal no ordenamento urbano-fundiário da cidade e na implementação de um Plano de Expansão para Belém no século XIX. Para compreender as ações espaciais empreendidas pela Câmara, parte-se do estudo de três instrumentos: o aforamento, que constituía a principal forma de transmissão de terra utilizada pela Câmara Municipal; o alinhamento, relacionado com a definição de vias e limites público-privado; e a arrumação, referente à demarcação das terras aforadas. Foram investigados os documentos fundiários originais que registram as ações de aforamento, alinhamento e arrumação realizadas pela Câmara ao longo da Estrada de Bragança, principal eixo de expansão da cidade nos oitocentos. A partir da espacialização gráfica das informações contidas nos documentos fundiários e da pesquisa em periódicos locais, foi possível verificar que a Câmara atuou pioneiramente como agente loteador, com um projeto sistemático de partilha da terra. Esta discussão contribui para a compreensão do papel estruturador do poder local na definição e alteração da morfologia urbana e para um novo entendimento do Plano de Expansão de Belém, classificando-o não apenas como um projeto estatal de ordenamento e embelezamento urbano, mas como produto da transição político-fundiária que marca o século XIX.</description><identifier>ISSN: 1982-0267</identifier><identifier>DOI: 10.1590/1982-02672018v26e29</identifier><language>eng</language><publisher>Universidade de São Paulo, Museu Paulista</publisher><subject>Alignment ; Belém Expansion Plan ; City Council ; Emphyteusis ; Land subdivision ; Urban morphology</subject><ispartof>Anais do Museu Paulista, 2018-12, Vol.26</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,778,782,27907,27908</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>PAULA VANESSA LUZ DE ABREU</creatorcontrib><creatorcontrib>JOSÉ JÚLIO FERREIRA LIMA</creatorcontrib><creatorcontrib>LULY RODRIGUES DA CUNHA FISCHER</creatorcontrib><title>Aforar, arrumar e alinhar: a atuação da Câmara Municipal de Belém na configuração urbano-fundiária da cidade durante o século XIX</title><title>Anais do Museu Paulista</title><description>RESUMO O artigo examina a transformação morfológica da cidade de Belém do Pará influenciada pelo novo regime fundiário inaugurado com a Lei de Terras de 1850 e pelo crescimento do planejamento urbano estatal. Investiga-se a atuação da Câmara Municipal no ordenamento urbano-fundiário da cidade e na implementação de um Plano de Expansão para Belém no século XIX. Para compreender as ações espaciais empreendidas pela Câmara, parte-se do estudo de três instrumentos: o aforamento, que constituía a principal forma de transmissão de terra utilizada pela Câmara Municipal; o alinhamento, relacionado com a definição de vias e limites público-privado; e a arrumação, referente à demarcação das terras aforadas. Foram investigados os documentos fundiários originais que registram as ações de aforamento, alinhamento e arrumação realizadas pela Câmara ao longo da Estrada de Bragança, principal eixo de expansão da cidade nos oitocentos. A partir da espacialização gráfica das informações contidas nos documentos fundiários e da pesquisa em periódicos locais, foi possível verificar que a Câmara atuou pioneiramente como agente loteador, com um projeto sistemático de partilha da terra. Esta discussão contribui para a compreensão do papel estruturador do poder local na definição e alteração da morfologia urbana e para um novo entendimento do Plano de Expansão de Belém, classificando-o não apenas como um projeto estatal de ordenamento e embelezamento urbano, mas como produto da transição político-fundiária que marca o século XIX.</description><subject>Alignment</subject><subject>Belém Expansion Plan</subject><subject>City Council</subject><subject>Emphyteusis</subject><subject>Land subdivision</subject><subject>Urban morphology</subject><issn>1982-0267</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2018</creationdate><recordtype>article</recordtype><sourceid>DOA</sourceid><recordid>eNqtjUtOwzAYhL0AifI4AZv_AARsJ41jdlCB6IIdi-6iv34UV6ldOTESR-AYwAL1HL4YAVWcgNVIM9_MEHLO6CWbSnrFZMMLymvBKWteeG24PCCTP_eIHPf9mtJyzKsJebuxIWK8AIwxbTCCAeycf8Z4DQg4JMxf-TOARpjljxFAeEzeKbfFDrSBW9Pl3QY8ggreulWK-0KKS_ShsMlrl9-jw58J5TSOJT1SfjAQoM87lboAi_nilBxa7HpzttcTMr-_e5o9FDrgut1GN56_tgFd-2uEuGoxDk51phVW4lLQRlWlrMRUSmZFzWtWi9I2XKjyP7e-AQmWdY8</recordid><startdate>20181201</startdate><enddate>20181201</enddate><creator>PAULA VANESSA LUZ DE ABREU</creator><creator>JOSÉ JÚLIO FERREIRA LIMA</creator><creator>LULY RODRIGUES DA CUNHA FISCHER</creator><general>Universidade de São Paulo, Museu Paulista</general><scope>DOA</scope></search><sort><creationdate>20181201</creationdate><title>Aforar, arrumar e alinhar: a atuação da Câmara Municipal de Belém na configuração urbano-fundiária da cidade durante o século XIX</title><author>PAULA VANESSA LUZ DE ABREU ; JOSÉ JÚLIO FERREIRA LIMA ; LULY RODRIGUES DA CUNHA FISCHER</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-doaj_primary_oai_doaj_org_article_7f9ab708c439475991f76261673f827c3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2018</creationdate><topic>Alignment</topic><topic>Belém Expansion Plan</topic><topic>City Council</topic><topic>Emphyteusis</topic><topic>Land subdivision</topic><topic>Urban morphology</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>PAULA VANESSA LUZ DE ABREU</creatorcontrib><creatorcontrib>JOSÉ JÚLIO FERREIRA LIMA</creatorcontrib><creatorcontrib>LULY RODRIGUES DA CUNHA FISCHER</creatorcontrib><collection>DOAJ Directory of Open Access Journals</collection><jtitle>Anais do Museu Paulista</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>PAULA VANESSA LUZ DE ABREU</au><au>JOSÉ JÚLIO FERREIRA LIMA</au><au>LULY RODRIGUES DA CUNHA FISCHER</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Aforar, arrumar e alinhar: a atuação da Câmara Municipal de Belém na configuração urbano-fundiária da cidade durante o século XIX</atitle><jtitle>Anais do Museu Paulista</jtitle><date>2018-12-01</date><risdate>2018</risdate><volume>26</volume><issn>1982-0267</issn><abstract>RESUMO O artigo examina a transformação morfológica da cidade de Belém do Pará influenciada pelo novo regime fundiário inaugurado com a Lei de Terras de 1850 e pelo crescimento do planejamento urbano estatal. Investiga-se a atuação da Câmara Municipal no ordenamento urbano-fundiário da cidade e na implementação de um Plano de Expansão para Belém no século XIX. Para compreender as ações espaciais empreendidas pela Câmara, parte-se do estudo de três instrumentos: o aforamento, que constituía a principal forma de transmissão de terra utilizada pela Câmara Municipal; o alinhamento, relacionado com a definição de vias e limites público-privado; e a arrumação, referente à demarcação das terras aforadas. Foram investigados os documentos fundiários originais que registram as ações de aforamento, alinhamento e arrumação realizadas pela Câmara ao longo da Estrada de Bragança, principal eixo de expansão da cidade nos oitocentos. A partir da espacialização gráfica das informações contidas nos documentos fundiários e da pesquisa em periódicos locais, foi possível verificar que a Câmara atuou pioneiramente como agente loteador, com um projeto sistemático de partilha da terra. Esta discussão contribui para a compreensão do papel estruturador do poder local na definição e alteração da morfologia urbana e para um novo entendimento do Plano de Expansão de Belém, classificando-o não apenas como um projeto estatal de ordenamento e embelezamento urbano, mas como produto da transição político-fundiária que marca o século XIX.</abstract><pub>Universidade de São Paulo, Museu Paulista</pub><doi>10.1590/1982-02672018v26e29</doi><oa>free_for_read</oa></addata></record>
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