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Extra-sístoles ventriculares: quando e como tratá-las

Iniciar o tratamento com antiarrítmicos em portadores de extra-sístoles ventriculares pode ser uma questao bem difícil, algumas vezes polêmica, dependendo das circunstâncias. Os batimentos ectópicos ventriculares prematuros sao a manifestaçao mais comum dos distúrbios do ritmo cardíaco, surgindo fre...

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Bibliographic Details
Published in:Journal of cardiac arrhythmias 1996-10, Vol.9 (3)
Main Authors: Júlio César GIZZI, Carlos A. SIERRA-REYES
Format: Article
Language:English
Subjects:
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Description
Summary:Iniciar o tratamento com antiarrítmicos em portadores de extra-sístoles ventriculares pode ser uma questao bem difícil, algumas vezes polêmica, dependendo das circunstâncias. Os batimentos ectópicos ventriculares prematuros sao a manifestaçao mais comum dos distúrbios do ritmo cardíaco, surgindo freqüentemente em pessoas sadias. Esta decisao deve-se basear na presença de sintomas limitantes, alteraçoes estruturais cardíacas e comprometimento da funçao contrátil ventricular. Os mecanismos eletrofisiológicos responsáveis pelo aparecimento das contraçoes ventriculares precoces sao: parasistolia, reentrada e atividade deflagrada. Cada um deles apresenta características definidas, tanto na sua demonstraçao experimental, como na sua exteriorizaçao eletrocardiográfica. A investigaçao completa do paciente com extra-sístoles ventriculares compreende: história clínica, exame físico, eletrocardiograma (em repouso, ambulatorial e durante esforço), ecocardiograma, radioisótopos, ressonância magnética e eletrocardiografia de alta resoluçao. Raramente, utiliza-se: cineangiocoronariografia, cineventriculografia e estudo eletrofisiológico intracardíaco. Serao medicados com antiarrítmicos somente os casos com lesao cardíaca evidente. Incluem-se nesta situaçao: determinadas cardiopatias congênitas, valvopatias, miocardiopatias e insuficiência coronária (aguda ou crônica). Existindo grande risco de morte súbita e sendo a arritmia cardíaca refratária, há necessidade do emprego de métodos terapêuticos nao farmacológicos. Os principais medicamentos antiarrítmicos recomendados sao: amiodarona, propafenona, sotalol, quinidina, procainamida, mexiletine, disopiramida, flecainida, verapamil e difenil-hidantoína. A lidocaína é a única medicaçao exclusivamente de uso parenteral. O emprego destes fármacos pode provocar o aparecimento de novos distúrbios do ritmo ou agravamento das alteraçoes pré-existentes, principalmente quando a funçao ventricular encontra-se gravemente comprometida. Portanto, deve-se prescrever apropriadamente os antiarrítmicos, identificar as condiçoes clínicas do seu aparecimento e evitar, tanto quanto possível, associaçoes de medicamentos.
ISSN:2674-7472