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Tabagismo e promoção da saúde: desafios para o desenvolvimento de estratégias efetivas

O tabagismo é considerado a maior causa de morte evitável em todo o mundo(1), sendo o principal responsável pelo aparecimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), considerada, atualmente, a segunda causa de mortalidade em todo o globo de acordo com um estudo recente publicado no importante...

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Bibliographic Details
Published in:Revista brasileira em promoção da saúde = Brazilian journal in health promotion 2018-02, Vol.31 (1), p.1-2
Main Author: Guilherme Pinheiro Ferreira da Silva
Format: Article
Language:Portuguese
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Description
Summary:O tabagismo é considerado a maior causa de morte evitável em todo o mundo(1), sendo o principal responsável pelo aparecimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), considerada, atualmente, a segunda causa de mortalidade em todo o globo de acordo com um estudo recente publicado no importante periódico Lancet(2). Nesse estudo(2), verificou-se um amento de 24,2% das taxas de óbito entre os anos de 2005 e 2016 por DPOC; embora, de acordo com previsões anteriores, houvesse a estimativa de que essa enfermidade fosse a terceira causa de morte somente no ano de 2030. Além disso, a prevalência e morbidade da doença ainda são consideradas subestimadas, pois o diagnóstico é realizado, na grande maioria das vezes, quando já está clinicamente aparente, ou moderadamente avançada, resultando em índices de morbimortalidade elevados e importante impacto econômico e social(3,4). Tal fato ocorre porque o aparecimento das doenças pulmonares crônicas relacionadas ao tabagismo só ocorre após um longo período de consumo do cigarro, o que faz com que esse fator de risco, ainda hoje, seja considerado o grande desafio para a criação de estratégias eficientes e efetivas de prevenção e promoção da saúde. Nesse contexto, o presente número da Revista Brasileira em Promoção da Saúde publicou três artigos originais relacionados à temática do tabagismo em diferentes contextos da Saúde Coletiva; e os principais achados dessas pesquisas dão enfoque às inúmeras repercussões emocionais, psíquicas, físicas e sociais que estão associados ao ato de fumar. Um dos estudos(5) avaliou o uso do tabaco por acadêmicos de um curso da área da saúde de uma instituição de ensino superior brasileira e verificou uma baixa prevalência do tabagismo entre os discentes. Entretanto, verificou que os estudantes que moram com os pais ou parentes apresentaram maior prevalência de tabagismo quando comparados aos que moravam sozinhos. Tal fato incita a reflexão do quanto a família pode (ou não) influenciar no consumo do cigarro e do quanto o ambiente universitário é um local (ou deveria ser) de implementação de estratégias de prevenção e promoção da saúde, o que pode ter contribuído com a baixa prevalência encontrada no estudo. Por sua vez, outro estudo(6) se propôs a avaliar os fatores associados ao tabagismo em pacientes que foram submetidos à cirurgia bariátrica, sendo observada uma significativa prevalência do consumo de tabaco nessa população e encontrada associação com variáveis sociodemográficas, comorb
ISSN:1806-1230
DOI:10.5020/18061230.2018.7565