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Função ovariana em mulheres lúpicas submetidas ao uso de ciclofosfamida em dois grandes centros de atendimento reumatológico de Curitiba, Estado do Paraná

OBJETIVO: Avaliar a resposta ovariana após uso de ciclofosfamida (CFM) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) e correlacionar os achados de tempo de doença e idade no período de utilização de CFM e dose cumulativa com alterações no ciclo menstrual e/ou evolução para insuficiência ovarian...

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Published in:Revista Brasileira de ginecologia e obstetrícia 2015-06, Vol.37 (6), p.272-277
Main Authors: Paviani, Gislaine, Pasetto, Camila Vitola, Hul, Byanca Hekavei, Rachid Filho, Acir, Skare, Thelma Larocca, Kulak Junior, Jaime
Format: Article
Language:eng ; por
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creator Paviani, Gislaine
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Hul, Byanca Hekavei
Rachid Filho, Acir
Skare, Thelma Larocca
Kulak Junior, Jaime
description OBJETIVO: Avaliar a resposta ovariana após uso de ciclofosfamida (CFM) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) e correlacionar os achados de tempo de doença e idade no período de utilização de CFM e dose cumulativa com alterações no ciclo menstrual e/ou evolução para insuficiência ovariana (IO). MÉTODOS: Foi um estudo transversal, retrospectivo, com 50 pacientes com diagnóstico de LES e que fizeram tratamento com CFM com seguimento clínico de, pelo menos, 1 ano. Foram incluídas pacientes com idade entre 12 e 40 anos e que apresentavam ciclos menstruais regulares prévios ao tratamento. Foram excluídas pacientes que descontinuaram o seguimento, ou este foi menor do que um ano, além daquelas que apresentaram irregularidade/ausência menstrual antes do uso do fármaco. Todas as mulheres estudadas foram submetidas à entrevista e à aplicação de questionário. Neste foram abordadas questões relevantes de padrão de ciclo menstrual antes e posterior à terapia, assim como períodos gestacionais e método contraceptivo. Foi questionado se as pacientes foram orientadas sobre os efeitos colaterais e as consequências da CFM. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney, do χ2 e o não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov. RESULTADOS: A média de idade das pacientes incluídas no do estudo foi de 30,8 anos, e a média de idade no momento do uso de CFM, de 25,3 anos. Após a CFM, 24% das pacientes não menstruaram mais, 28% voltaram a ter ciclos regulares e 48% delas permaneceram com ciclos irregulares. Verificou-se que as pacientes que evoluíram com falência ovariana tinham maior tempo de doença (12,3 anos) do que aquelas que não evoluíram (8,9 anos). Treze pacientes tiveram gestação após a CFM, em todas ocorreu de forma espontânea; no entanto, 66% evoluíram com abortamento. A média de idade das pacientes que fizeram uso de CFM e evoluíram com falência ovariana foi de 28,1 anos. A amenorreia ocorreu em 50% das pacientes que tinham idade entre 31 e 40 anos, 22,2%, entre 21 e 30 anos, e 7,7%, entre 12 e 20 anos. Nosso estudo não mostrou correlação estatística entre dose cumulativa e falência ovariana, apesar de que doses cumulativas maiores que 11 g tendem a promover algum tipo de irregularidade menstrual. CONCLUSÃO: O tempo de doença do LES, a idade no momento do tratamento e as maiores doses cumulativas são importantes fatores preditores da IO pós-terapia com CFM. Gestação em pacientes lúpicas após o uso do quimioterápico tem maiores chanc
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MÉTODOS: Foi um estudo transversal, retrospectivo, com 50 pacientes com diagnóstico de LES e que fizeram tratamento com CFM com seguimento clínico de, pelo menos, 1 ano. Foram incluídas pacientes com idade entre 12 e 40 anos e que apresentavam ciclos menstruais regulares prévios ao tratamento. Foram excluídas pacientes que descontinuaram o seguimento, ou este foi menor do que um ano, além daquelas que apresentaram irregularidade/ausência menstrual antes do uso do fármaco. Todas as mulheres estudadas foram submetidas à entrevista e à aplicação de questionário. Neste foram abordadas questões relevantes de padrão de ciclo menstrual antes e posterior à terapia, assim como períodos gestacionais e método contraceptivo. Foi questionado se as pacientes foram orientadas sobre os efeitos colaterais e as consequências da CFM. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney, do χ2 e o não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov. RESULTADOS: A média de idade das pacientes incluídas no do estudo foi de 30,8 anos, e a média de idade no momento do uso de CFM, de 25,3 anos. Após a CFM, 24% das pacientes não menstruaram mais, 28% voltaram a ter ciclos regulares e 48% delas permaneceram com ciclos irregulares. Verificou-se que as pacientes que evoluíram com falência ovariana tinham maior tempo de doença (12,3 anos) do que aquelas que não evoluíram (8,9 anos). Treze pacientes tiveram gestação após a CFM, em todas ocorreu de forma espontânea; no entanto, 66% evoluíram com abortamento. A média de idade das pacientes que fizeram uso de CFM e evoluíram com falência ovariana foi de 28,1 anos. A amenorreia ocorreu em 50% das pacientes que tinham idade entre 31 e 40 anos, 22,2%, entre 21 e 30 anos, e 7,7%, entre 12 e 20 anos. Nosso estudo não mostrou correlação estatística entre dose cumulativa e falência ovariana, apesar de que doses cumulativas maiores que 11 g tendem a promover algum tipo de irregularidade menstrual. CONCLUSÃO: O tempo de doença do LES, a idade no momento do tratamento e as maiores doses cumulativas são importantes fatores preditores da IO pós-terapia com CFM. Gestação em pacientes lúpicas após o uso do quimioterápico tem maiores chances de evoluir com abortamento. Viu-se que pequena parte das doentes estava ciente de todas as repercussões que a droga poderia gerar. Por isso, novos estudos devem ser realizados para o conhecimento e a conscientização, por parte do meio médico, sobre a importância da anticoncepção e da preservação do tecido ovariano.</description><identifier>ISSN: 1806-9339</identifier><identifier>ISSN: 0100-7203</identifier><identifier>EISSN: 1806-9339</identifier><identifier>DOI: 10.1590/SO100-720320150005301</identifier><language>eng ; por</language><publisher>Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia</publisher><subject>Ciclofosfamida ; Insuficiência ovariana primária ; Lúpus eritematoso sistêmico ; OBSTETRICS &amp; GYNECOLOGY</subject><ispartof>Revista Brasileira de ginecologia e obstetrícia, 2015-06, Vol.37 (6), p.272-277</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,776,780,881,24129,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Paviani, Gislaine</creatorcontrib><creatorcontrib>Pasetto, Camila Vitola</creatorcontrib><creatorcontrib>Hul, Byanca Hekavei</creatorcontrib><creatorcontrib>Rachid Filho, Acir</creatorcontrib><creatorcontrib>Skare, Thelma Larocca</creatorcontrib><creatorcontrib>Kulak Junior, Jaime</creatorcontrib><title>Função ovariana em mulheres lúpicas submetidas ao uso de ciclofosfamida em dois grandes centros de atendimento reumatológico de Curitiba, Estado do Paraná</title><title>Revista Brasileira de ginecologia e obstetrícia</title><addtitle>Rev. 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Neste foram abordadas questões relevantes de padrão de ciclo menstrual antes e posterior à terapia, assim como períodos gestacionais e método contraceptivo. Foi questionado se as pacientes foram orientadas sobre os efeitos colaterais e as consequências da CFM. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney, do χ2 e o não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov. RESULTADOS: A média de idade das pacientes incluídas no do estudo foi de 30,8 anos, e a média de idade no momento do uso de CFM, de 25,3 anos. Após a CFM, 24% das pacientes não menstruaram mais, 28% voltaram a ter ciclos regulares e 48% delas permaneceram com ciclos irregulares. Verificou-se que as pacientes que evoluíram com falência ovariana tinham maior tempo de doença (12,3 anos) do que aquelas que não evoluíram (8,9 anos). Treze pacientes tiveram gestação após a CFM, em todas ocorreu de forma espontânea; no entanto, 66% evoluíram com abortamento. A média de idade das pacientes que fizeram uso de CFM e evoluíram com falência ovariana foi de 28,1 anos. A amenorreia ocorreu em 50% das pacientes que tinham idade entre 31 e 40 anos, 22,2%, entre 21 e 30 anos, e 7,7%, entre 12 e 20 anos. Nosso estudo não mostrou correlação estatística entre dose cumulativa e falência ovariana, apesar de que doses cumulativas maiores que 11 g tendem a promover algum tipo de irregularidade menstrual. CONCLUSÃO: O tempo de doença do LES, a idade no momento do tratamento e as maiores doses cumulativas são importantes fatores preditores da IO pós-terapia com CFM. Gestação em pacientes lúpicas após o uso do quimioterápico tem maiores chances de evoluir com abortamento. Viu-se que pequena parte das doentes estava ciente de todas as repercussões que a droga poderia gerar. Por isso, novos estudos devem ser realizados para o conhecimento e a conscientização, por parte do meio médico, sobre a importância da anticoncepção e da preservação do tecido ovariano.</description><subject>Ciclofosfamida</subject><subject>Insuficiência ovariana primária</subject><subject>Lúpus eritematoso sistêmico</subject><subject>OBSTETRICS &amp; GYNECOLOGY</subject><issn>1806-9339</issn><issn>0100-7203</issn><issn>1806-9339</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2015</creationdate><recordtype>article</recordtype><sourceid>DOA</sourceid><recordid>eNpdkdGK1TAQhosouK4-gpAHsGuSadr0Ug67urCwwu59mCbTYw5tsySt4NOIeLEP4J23fTHTc0QWrzJM8n-Z5CuKt4JfCNXy93e3gvOykRwkF4pzroCLZ8WZ0LwuW4D2-ZP6ZfEqpQPnsgFdnRXfr5ZpfVx_Bha-YvQ4IaORjcvwhSIlNqy_H7zFxNLSjTR7l0sMbEmBOWLW2yH0IfU45p0t6IJPbB9xcjlsaZpjSNtJnGlyfsyNwCItI85hWH_tvT1ydkv0s-_wHbtMM7rcC-wzZsr643Xxosch0Zu_63lxf3V5v_tU3tx-vN59uCmtrLUoJTTCdVBrTdoqTXWrtAWnGuhqqaqKSArhBFeCCGSPCkAJBw2pptO9hPPi-oR1AQ_mIfoR4zcT0JtjI8S9wTjn55Kx5EhRhrsWKgDoXMM3ooO6quoGMuvixErW0xDMISxxyrObO549mSee6k3Ddrk6BWz-rRSp_zeA4GYzbI6GzX-G4Q_a-ZvZ</recordid><startdate>20150601</startdate><enddate>20150601</enddate><creator>Paviani, Gislaine</creator><creator>Pasetto, Camila Vitola</creator><creator>Hul, Byanca Hekavei</creator><creator>Rachid Filho, Acir</creator><creator>Skare, Thelma Larocca</creator><creator>Kulak Junior, Jaime</creator><general>Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia</general><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope><scope>GPN</scope><scope>DOA</scope></search><sort><creationdate>20150601</creationdate><title>Função ovariana em mulheres lúpicas submetidas ao uso de ciclofosfamida em dois grandes centros de atendimento reumatológico de Curitiba, Estado do Paraná</title><author>Paviani, Gislaine ; Pasetto, Camila Vitola ; Hul, Byanca Hekavei ; Rachid Filho, Acir ; Skare, Thelma Larocca ; Kulak Junior, Jaime</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-c2681-2371db3688e8c58e6958c3d573b62544ee211d1051ee32fa53351d37e57b8f23</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng ; por</language><creationdate>2015</creationdate><topic>Ciclofosfamida</topic><topic>Insuficiência ovariana primária</topic><topic>Lúpus eritematoso sistêmico</topic><topic>OBSTETRICS &amp; GYNECOLOGY</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Paviani, Gislaine</creatorcontrib><creatorcontrib>Pasetto, Camila Vitola</creatorcontrib><creatorcontrib>Hul, Byanca Hekavei</creatorcontrib><creatorcontrib>Rachid Filho, Acir</creatorcontrib><creatorcontrib>Skare, Thelma Larocca</creatorcontrib><creatorcontrib>Kulak Junior, Jaime</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><collection>SciELO</collection><collection>DOAJ: Directory of Open Access Journals</collection><jtitle>Revista Brasileira de ginecologia e obstetrícia</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Paviani, Gislaine</au><au>Pasetto, Camila Vitola</au><au>Hul, Byanca Hekavei</au><au>Rachid Filho, Acir</au><au>Skare, Thelma Larocca</au><au>Kulak Junior, Jaime</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Função ovariana em mulheres lúpicas submetidas ao uso de ciclofosfamida em dois grandes centros de atendimento reumatológico de Curitiba, Estado do Paraná</atitle><jtitle>Revista Brasileira de ginecologia e obstetrícia</jtitle><addtitle>Rev. 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Foram excluídas pacientes que descontinuaram o seguimento, ou este foi menor do que um ano, além daquelas que apresentaram irregularidade/ausência menstrual antes do uso do fármaco. Todas as mulheres estudadas foram submetidas à entrevista e à aplicação de questionário. Neste foram abordadas questões relevantes de padrão de ciclo menstrual antes e posterior à terapia, assim como períodos gestacionais e método contraceptivo. Foi questionado se as pacientes foram orientadas sobre os efeitos colaterais e as consequências da CFM. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney, do χ2 e o não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov. RESULTADOS: A média de idade das pacientes incluídas no do estudo foi de 30,8 anos, e a média de idade no momento do uso de CFM, de 25,3 anos. Após a CFM, 24% das pacientes não menstruaram mais, 28% voltaram a ter ciclos regulares e 48% delas permaneceram com ciclos irregulares. Verificou-se que as pacientes que evoluíram com falência ovariana tinham maior tempo de doença (12,3 anos) do que aquelas que não evoluíram (8,9 anos). Treze pacientes tiveram gestação após a CFM, em todas ocorreu de forma espontânea; no entanto, 66% evoluíram com abortamento. A média de idade das pacientes que fizeram uso de CFM e evoluíram com falência ovariana foi de 28,1 anos. A amenorreia ocorreu em 50% das pacientes que tinham idade entre 31 e 40 anos, 22,2%, entre 21 e 30 anos, e 7,7%, entre 12 e 20 anos. Nosso estudo não mostrou correlação estatística entre dose cumulativa e falência ovariana, apesar de que doses cumulativas maiores que 11 g tendem a promover algum tipo de irregularidade menstrual. CONCLUSÃO: O tempo de doença do LES, a idade no momento do tratamento e as maiores doses cumulativas são importantes fatores preditores da IO pós-terapia com CFM. Gestação em pacientes lúpicas após o uso do quimioterápico tem maiores chances de evoluir com abortamento. Viu-se que pequena parte das doentes estava ciente de todas as repercussões que a droga poderia gerar. Por isso, novos estudos devem ser realizados para o conhecimento e a conscientização, por parte do meio médico, sobre a importância da anticoncepção e da preservação do tecido ovariano.</abstract><pub>Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia</pub><doi>10.1590/SO100-720320150005301</doi><tpages>6</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record>
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