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TENDÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS EM COINFECÇÃO DE HIV E HEPATITE C

Vírus da Hepatite C (HCV) é comum entre pessoas vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), pois compartilham as mesmas vias de transmissão, principalmente hábitos sexuais, transfusão sanguínea e uso de drogas injetáveis, explicando a alta taxa de coinfecção. Pesquisas indicam que a presen...

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Published in:The Brazilian journal of infectious diseases 2024-07, Vol.28
Main Authors: Lemos, Carla Ellen Lima, de Almeida, Adriele Souza Alves Monteiro, da Silva, Giovana Gregorio Borges, Freitas, Leide Nayra de Souza, Silva, Pedro Augusto Caixeta
Format: Article
Language:English
Subjects:
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Description
Summary:Vírus da Hepatite C (HCV) é comum entre pessoas vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), pois compartilham as mesmas vias de transmissão, principalmente hábitos sexuais, transfusão sanguínea e uso de drogas injetáveis, explicando a alta taxa de coinfecção. Pesquisas indicam que a presença do HIV é significativa na ampliação da transmissão sexual do HCV e que, em pacientes coinfectados, a Hepatite C pode progredir rapidamente para a cirrose. Já o HCV pode influenciar na progressão da infecção pelo HIV. Analisar as principais evidências disponíveis na literatura sobre as tendências epidemiológicas da coinfecção de HIV e Hepatite C no Brasil. Trata-se de uma revisão da literatura, realizada nas bases de dados Pubmed, Scielo e The Brazilian Journal of Infectious Diseases, utilizando os termos ”Hepatite C", ”Coinfecção", “Infecções por HIV”. Os descritores seguiram a normativa do DeCS/MeSH em língua portuguesa, inglesa e espanhola. Encontraram-se 507 artigos, dos quais 14 foram selecionados para leitura por serem publicações dos últimos 5 anos relacionadas com o objetivo dessa revisão e 8 foram elegíveis para o trabalho. Entre 2010 e 2020, o Brasil registrou um aumento na incidência de coinfecção de HIV e HCV que foi de 0,53 em 2010 para 0,59 casos por 100 mil habitantes em 2019, porém caiu para 0,30 em 2020 devido à subnotificação ocasionada pela pandemia. Os principais fatores de risco para coinfecção são possuir tatuagem; início precoce da vida sexual; múltiplos parceiros sexuais em um ano; ser homem homossexual (permanecendo em alto risco de reinfecção os que já eliminaram o HCV); ter tido ao menos uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST); ter tido um parceiro sexual infectado pelo HIV; histórico de transfusão sanguínea; uso pregresso ou atual de drogas ilícitas e o hábito de compartilhar seringas e canudos. Também há uma maior prevalência de infectados por HCV e HIV em pacientes com patologias psiquiátricas, principalmente aqueles com histórico de uso de drogas injetáveis. A coinfecção por HIV e HCV no Brasil está associada a fatores de risco específicos, como uso de drogas injetáveis, tatuagens, transfusões sanguíneas e comportamento sexual. Diante disso, é notório a importância de estudos sobre tendência epidemiológica a fim de orientar políticas públicas de saúde, estratégias de prevenção e intervenção direcionadas a essa população predisposta à coinfecção por HIV e HCV.
ISSN:1413-8670
DOI:10.1016/j.bjid.2024.103800