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PREVALÊNCIA DE ACINETOBACTER E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS NAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER VENOSO CENTRAL EM UTI ADULTO NO ESTADO DE GOIÁS

Nas unidades de terapia intensiva (UTI) é comum o uso de dispositivos, os quais podem servir como porta de entrada de microrganismos e levar a infecções associadas à assistência à saúde (IRAS). Nesse cenário, destacam-se os Bacilos Gram-Negativos Não Fermentadores (BGNNF), dentre os quais o gênero A...

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Published in:The Brazilian journal of infectious diseases 2024-07, Vol.28
Main Authors: Vieira, Jade Oliveira, Gonçalves, Luiz Gustavo Vieira, Ribeiro, Janaina Fontes, Jardim, Vitor Hugo Pereira, Lima, Ana Beatriz Mori, Caetano, Lilian Silveira, Valério, Vivianne Teixeira Duarte, da Silva, Mariana Rodrigues Sandes, de Oliveira, Maysa Aparecida, Manrique, Edna Joana Cláudio
Format: Article
Language:English
Subjects:
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Summary:Nas unidades de terapia intensiva (UTI) é comum o uso de dispositivos, os quais podem servir como porta de entrada de microrganismos e levar a infecções associadas à assistência à saúde (IRAS). Nesse cenário, destacam-se os Bacilos Gram-Negativos Não Fermentadores (BGNNF), dentre os quais o gênero Acinetobacter é conhecido por ter adquirido uma gama de mecanismos de resistência e por causar infecções nosocomiais, principalmente as associadas a dispositivos. Diante do exposto, justifica-se o presente estudo. Descrever a prevalência e o perfil de resistência aos antimicrobianos de Acinetobacter, bem como a resistência aos antimicrobianos dos BGNNF nas Infecções Primárias de Corrente Sanguínea associadas a Cateteres Venosos Centrais (IPCS-CVC) em UTI adulto no estado de Goiás. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo a partir de dados do relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): “IRAS e resistência aos antimicrobianos em serviços de saúde”. O presente estudo pesquisou as seguintes variáveis: prevalência de Acinetobacter, a resistência aos antimicrobianos dos BGNNF no período de 2019 a 2023 e o perfil de resistência aos antimicrobianos de Acinetobacter em 2023. Os aspectos éticos seguem a Resolução CNS n° 510/2016. Nos últimos cinco anos foram notificados 345 casos de IPCS-CVC por Acinetobacter em UTI adulto. O ano de mais notificação foi 2021, com 161 casos, e o de menos notificação foi 2020, com 20 casos. Em 2023 foram notificados 31 casos, dos quais 29 foram testados para resistência a carbapenêmicos, exibindo uma taxa de 86,2% (n = 25) de resistência. Adicionalmente, 16 cepas foram testadas para polimixina, demonstrando uma taxa de resistência de 12,5% (n = 2). Acerca dos BGNNF, Acinetobacter resistente a carbapenêmicos teve destaque como sendo o microrganismo com a maior taxa de resistência nos cinco anos analisados, percentuais estes que se mantiveram acima de 70% em ambos os anos. No período analisado observou-se maior número de casos de Acinetobacter em 2021, com predominância da resistência a carbapenêmicos em comparação com a polimixina. Dentre os BGNNF, o Acinetobacter resistente a carbapenêmicos apresentou as maiores taxas de resistência.
ISSN:1413-8670
DOI:10.1016/j.bjid.2024.103826