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PREVALÊNCIA DE ACINETOBACTER E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS NAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER VENOSO CENTRAL EM UTI ADULTO NO ESTADO DE GOIÁS
Nas unidades de terapia intensiva (UTI) é comum o uso de dispositivos, os quais podem servir como porta de entrada de microrganismos e levar a infecções associadas à assistência à saúde (IRAS). Nesse cenário, destacam-se os Bacilos Gram-Negativos Não Fermentadores (BGNNF), dentre os quais o gênero A...
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Published in: | The Brazilian journal of infectious diseases 2024-07, Vol.28 |
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Format: | Article |
Language: | English |
Subjects: | |
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Summary: | Nas unidades de terapia intensiva (UTI) é comum o uso de dispositivos, os quais podem servir como porta de entrada de microrganismos e levar a infecções associadas à assistência à saúde (IRAS). Nesse cenário, destacam-se os Bacilos Gram-Negativos Não Fermentadores (BGNNF), dentre os quais o gênero Acinetobacter é conhecido por ter adquirido uma gama de mecanismos de resistência e por causar infecções nosocomiais, principalmente as associadas a dispositivos. Diante do exposto, justifica-se o presente estudo.
Descrever a prevalência e o perfil de resistência aos antimicrobianos de Acinetobacter, bem como a resistência aos antimicrobianos dos BGNNF nas Infecções Primárias de Corrente Sanguínea associadas a Cateteres Venosos Centrais (IPCS-CVC) em UTI adulto no estado de Goiás.
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo a partir de dados do relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): “IRAS e resistência aos antimicrobianos em serviços de saúde”. O presente estudo pesquisou as seguintes variáveis: prevalência de Acinetobacter, a resistência aos antimicrobianos dos BGNNF no período de 2019 a 2023 e o perfil de resistência aos antimicrobianos de Acinetobacter em 2023. Os aspectos éticos seguem a Resolução CNS n° 510/2016.
Nos últimos cinco anos foram notificados 345 casos de IPCS-CVC por Acinetobacter em UTI adulto. O ano de mais notificação foi 2021, com 161 casos, e o de menos notificação foi 2020, com 20 casos. Em 2023 foram notificados 31 casos, dos quais 29 foram testados para resistência a carbapenêmicos, exibindo uma taxa de 86,2% (n = 25) de resistência. Adicionalmente, 16 cepas foram testadas para polimixina, demonstrando uma taxa de resistência de 12,5% (n = 2). Acerca dos BGNNF, Acinetobacter resistente a carbapenêmicos teve destaque como sendo o microrganismo com a maior taxa de resistência nos cinco anos analisados, percentuais estes que se mantiveram acima de 70% em ambos os anos.
No período analisado observou-se maior número de casos de Acinetobacter em 2021, com predominância da resistência a carbapenêmicos em comparação com a polimixina. Dentre os BGNNF, o Acinetobacter resistente a carbapenêmicos apresentou as maiores taxas de resistência. |
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ISSN: | 1413-8670 |
DOI: | 10.1016/j.bjid.2024.103826 |