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"High on Jesus": US evangelicals and the counterculture

A mobilizaçao política dos protestantes conservadores nos Estados Unidos desde os anos 70 é comumente vista como tendo sido o resultado de uma "reaçao adversa" contra as supostas iniquidades dos anos 60, incluindo os excessos da contracultura. Em contraste, este artigo sustenta que os esfo...

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Published in:Horizonte (Belo Horizonte, Brazil) Brazil), 2020-09, Vol.18 (57), p.924-954
Main Author: Schäfer, Axel R
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Description
Summary:A mobilizaçao política dos protestantes conservadores nos Estados Unidos desde os anos 70 é comumente vista como tendo sido o resultado de uma "reaçao adversa" contra as supostas iniquidades dos anos 60, incluindo os excessos da contracultura. Em contraste, este artigo sustenta que os esforços protestantes conservadores, para se infiltrarem e absorverem a contracultura, contribuíram para a força organizacional, atratividade cultural e eficacia política da Nova Direita Crista. O ensaio desenvolve tres argumentos: primeiro, que os evangélicos nao simplesmente rejeitaram as ideias contraculturais dos anos 60, mas absorveram e ampliaram seus sentimentos-chave. Segundo, que a apropriaçao da retórica e dos estilos organizacionais contraculturais pelo protestantismo conservador desempenhou um papel significativo na mobilizaçao política dos evangélicos de direita. E terceiro, que a fusao do cristianismo evangélico e estilos contraculturais, ao invés de seu antagonismo, acabou sendo um dos legados mais duradouros dos anos sessenta. Ao revisitar a relaçao entre a contracultura e o evangelismo, o ensaio também explora as implicaçöes maiores para a compreensao da relaçao entre religiao e política. A Nova Direita Crista dominou os impulsos genuinamente insurgentes dentro do ressurgimento evangélico. Da mesma forma, ela alimentou os componentes conservadores da contracultura. O protestantismo conservador constituiu, assim, um movimento político que canalizou as insurgencias para uma forma cultural que relegitimou as trajetórias fundamentais do capitalismo liberal e da sociedade consumista.
ISSN:1679-9615
2175-5841
DOI:10.5752/P.2175-5841.2020v18n57p924