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A desnecessidade do trabalho entre pescadores artesanais1 1 Este texto é uma síntese de um dos capítulos de minha tese de doutoramento (RAMALHO, 2007), que foi financiada pelo CNPq, por meio de uma bolsa, e que contou com a orientação do Prof. Dr. Fernando Antonio Lourenço (IFCH-Unicamp)
As relações socioculturais e econômicas, entre alguns grupos de pescadores artesanais, não colocam como entes antagônicos trabalho e tempo livre. Do contrário, tais relações celebram aproximações entre saber-fazer pesqueiro, lazer e vida, formando e conformando um todo societário. Inseridos nesse qu...
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Published in: | Sociologias 2015-01, Vol.17 (38), p.192 |
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Main Author: | |
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
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Summary: | As relações socioculturais e econômicas, entre alguns grupos de pescadores artesanais, não colocam como entes antagônicos trabalho e tempo livre. Do contrário, tais relações celebram aproximações entre saber-fazer pesqueiro, lazer e vida, formando e conformando um todo societário. Inseridos nesse quadro, estão os pescadores artesanais do mar-de-fora da praia de Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco, distante 50 km de Recife. Este artigo busca desvelar a mencionada moral do trabalho e do tempo livre no fazer cotidiano de pescadores dessa Praia, com base na pesquisa etnográfica e na história de vida de 13 pescadores. No geral, identificou-se que há uma moral do trabalho que se confunde à moral do tempo livre, pois o cerceamento de uma delas representa limites à outra. Assim, para esses homens, definir o que é um ser liberto ou cativo liga-se ao encontro indissociável, em termos práticos e simbólicos, entre as referidas morais, o que é essencial para classificar o fazer-se pescador artesanal em seu sentido pleno fundamentado na desnecessidade do trabalho. |
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ISSN: | 1517-4522 1807-0337 |
DOI: | 10.1590/15174522-017003812 |