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Fatores associados à realização do diagnóstico molecular para COVID-19: estudo transversal, Espírito Santo/Brasil

Introdução: o Brasil demorou a implementar uma política de testagem ampliada para COVID-19 no qual pode ter afetado o acesso da população mais vulnerável aos serviços de testagem. Objetivo: analisar os fatores associados à realização de testes moleculares para o diagnóstico da COVID-19. Método: estu...

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Published in:Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano 2023-03, Vol.33 (1), p.113-123
Main Authors: Cola, João Paulo, Nascimento do Prado, Thiago, Scabelo Galavote, Heletícia, Do Carmo Dalto Banhos, Cathiana, Giobini Micaela, Ana Carolina, Mayse dos Santos, Ramylle, Leonor Noia Maciel, Ethel
Format: Article
Language:English
Subjects:
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Summary:Introdução: o Brasil demorou a implementar uma política de testagem ampliada para COVID-19 no qual pode ter afetado o acesso da população mais vulnerável aos serviços de testagem. Objetivo: analisar os fatores associados à realização de testes moleculares para o diagnóstico da COVID-19. Método: estudo transversal de dados secundários do painel COVID-19 do estado do Espírito Santo. Foram incluídas fichas de notificação de suspeita de COVID-19 entre 11 de setembro de 2020 a 02 de março de 2021. Empregou-se regressão logística hierárquica para estimativa de razão de chances (odds ratio, OR) com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram incluídos no estudo 419.771 fichas de notificação. A prevalência da realização do teste molecular para COVID-19 foi 81,1 % (IC95% 81,0%;81,2%). Idosos (OR= 2,70 – IC95% 2,56-2,85), profissional da saúde (OR=1,43 – IC95% 1,36-1,50), doença cardiovascular crônica (OR=1,13 – IC95% 1,09-1,17), diabetes mellitus (OR=1,07 – IC95% 1,01-1,14) e hospitalização (OR=5,95 – IC95% 4,53;7,82) apresentaram maior chance de ter realizado o teste molecular. Sexo masculino (OR=0,96 – IC95% 0,94-0,98), cor da pele preta (OR= 0,75 – IC95% 0,73-0,78), cor da pele amarela (OR=0,74 – IC95% 0,71-0,77), residir na região norte de saúde (OR=0,37 – IC95% 0,36-0,39) e a população em situação de rua (OR=0,76 – IC95% 0,67-0,85) apresentaram a menor chance de ter realizado o teste molecular. Conclusão: Fatores sociais, econômicos e o risco de agravamento da doença foram associados a realização do teste molecular para COVID-19 no estado do Espírito Santo. É necessário ações que garantam o acesso da população mais vulnerável ao teste molecular.
ISSN:0104-1282
2175-3598
DOI:10.36311/jhgd.v33.13568