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Fatores climáticos, geográficos e antropogênicos moldam a estrutura das redes morcego‐fruto na região neotropical

Resumo Os gradientes ambientais naturais e antropogênicos estão associados a mudanças na riqueza de espécies, abundância e uso de recursos. Há um interesse cada vez maior em compreender como a estrutura das redes de interações varia ao longo dos gradientes ambientais, mas a maioria dos estudos se co...

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Published in:Austral ecology 2024-01, Vol.49 (1), p.n/a
Main Authors: Ligo, Ana Beatriz, Laurindo, Rafael de Souza, Faria, Lucas Del Bianco, Gregorin, Renato
Format: Article
Language:English
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Summary:Resumo Os gradientes ambientais naturais e antropogênicos estão associados a mudanças na riqueza de espécies, abundância e uso de recursos. Há um interesse cada vez maior em compreender como a estrutura das redes de interações varia ao longo dos gradientes ambientais, mas a maioria dos estudos se concentrou em redes de aves e plantas, enquanto os estudos sobre redes mutualísticas formadas por outros grupos de vertebrados são escassos. Aqui, compilamos um banco de dados de 48 redes morcego‐fruto distribuídas na região neotropical e avaliamos a influência da precipitação anual, da temperatura média anual, da latitude, da altitude e dos impactos humanos no aninhamento, na modularidade, na especialização, na diversidade de interações e na riqueza de espécies. Além disso, caracterizamos a distribuição dos papéis das espécies de morcegos em redes de interações inseridas em diferentes biomas da região neotropical. Constatamos que a temperatura média anual aumentou o aninhamento, mas diminuiu a modularidade e a diversidade das interações. Além disso, a diversidade de interações foi maior em áreas com maior precipitação anual, com menos impacto humano e em regiões de latitude mais baixa. A riqueza de plantas aumentou em regiões com maior precipitação anual, enquanto a latitude afetou negativamente a riqueza de plantas e morcegos. Com relação ao papel desempenhado pelas espécies de morcegos, observamos que a maioria das espécies ocupa posições periféricas e apenas 4% das espécies atuaram como conectores. Em consonância com estudos anteriores que avaliaram outros sistemas mutualísticos, demonstramos que a estrutura das redes de morcegos e frutos é influenciada por fatores climáticos, geográficos e antropogênicos. Essas descobertas aumentam nossa compreensão de como as comunidades ecológicas são estruturadas ao longo de um gradiente ambiental e nos permitem entender como esses sistemas podem ser afetados por mudanças no clima e no uso da terra.
ISSN:1442-9985
1442-9993
DOI:10.1111/aec.13378