Tratamento de águas residuárias de bovinos com mix de microalgas para produção de biodiesel de terceira geração

• Published in: Revista em agronegócio e meio ambiente 2024-07, Vol.17 (2), p.e11879-14
• Main Authors: Santa Rita, Amanda Vieira, Mendonça, Henrique Vieira de, Lomeu, Alice
• Format: Article
• Language: eng ; por
• Subjects: Algae; Animal wastes; Aquatic microorganisms; Biodiesel fuels; Biofuels; Biomass; Bioremediation; Cattle; Cetane number; Chemical oxygen demand; Diesel; Fatty acids; Ferric chloride; Iodine; Linoleic acid; Lipids; Microalgae; Oxidation; Stability; Wastewater treatment
• ISSN: 2176-9168; 1981-9951; 2176-9168
• DOI: 10.17765/2176-9168.2024v17n2e11879

Na presente pesquisa, além da quantificação quantitativa e qualitativa do biodiesel produzido, também foi avaliada a capacidade do mix de microalgas na biorremediação da água residuária da bovinocultura (ARB). A separação da biomassa foi realizada por processo quimicamente assistido com adição de cloreto férrico. O sobrenadante (ARB tratada), foi verificada elevada eficiência de remoção de DQO, COT e NH4+ de 99,5, 99 e 98,6%. A biomassa seca produzida ao longo do cultivo variou entre 0,488 e 5,08 g L-1 e as concentrações lipídicas entre 11 e 14%. O ácido graxo em maior concentração na biomassa foi o palmítico (C16:0, variando entre 75,7 a 81%. O ácido linoleico (C18:3) variou entre 12,3 e 14,1%, indicando razoável estabilidade oxidativa do biodiesel. Os cálculos sobre a partir dos ácidos graxos evidenciaram número de cetano de 58,8, índice de iodo de 54,14 e estabilidade de oxidação de 7,75 h. Embora existam boas condições de uso do biodiesel produzido, é recomendado sua mistura com outros biocombustíveis que tenham maior estabilidade oxidativa. De forma geral esta é uma nova rota sustentável para produção de biocombustível com o benefício de realizar ao mesmo tempo a biorremediação da água residuária.