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Disfunção tiróidea e amiodarona

Apesar de a maioria dos doentes tratados com amiodarona permanecer em eutiroidia, alguns desenvolvem hipertiroidismo (HPEIA) ou hipotiroidismo (HPOIA) induzidos pela amiodarona. Os autores apresentam uma análise retrospectiva dos processos de dez doentes com disfunção tiróidea induzida pela amiodaro...

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Published in:Arquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia 2013-02, Vol.57 (1), p.71-78
Main Authors: Lima, Jandira, Carvalho, Patrícia, Molina, M. Auxiliadora, Rebelo, Marta, Dias, Patrícia, Vieira, José Diniz, Costa, José M. Nascimento
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Description
Summary:Apesar de a maioria dos doentes tratados com amiodarona permanecer em eutiroidia, alguns desenvolvem hipertiroidismo (HPEIA) ou hipotiroidismo (HPOIA) induzidos pela amiodarona. Os autores apresentam uma análise retrospectiva dos processos de dez doentes com disfunção tiróidea induzida pela amiodarona. Verificou-se que seis doentes eram mulheres e que o tempo médio de toma da amiodarona foi de 17,7 meses. O HPOIA foi o mais frequente (seis doentes). Dos doentes com HPEIA, dois tinham HPEIA tipo 2, um tipo 1 e um tipo 3. Sintomas sugestivos de disfunção tiróidea ocorreram em cinco doentes, a maioria com HPOIA. No HPEIA, a clínica mais comum foi exacerbação da arritmia de base (três doentes). A interrupção da amiodarona e administração de levotiroxina foi a terapêutica escolhida em 83,3% dos casos de HPOIA, enquanto a tionamida associada a corticoide com suspensão da amiodarona foi opção em 75% dos casos de HPEIA. Registraram-se três óbitos, todos com HPEIA. O HPEIA constituiu uma complicação potencialmente fatal. A clínica pode ser vaga, pelo que a monitorização da função tiróidea é obrigatória.
ISSN:1677-9487
DOI:10.1590/S0004-27302013000100010