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Avaliação cognitiva breve de pacientes atendidos em ambulatórios de neurologia geral

INTRODUÇÃO: O exame das funções cognitivas é habitual na avaliação das demências, porém não é usualmente realizado em pacientes com outras doenças neurológicas. OBJETIVO: Investigar a relevância da semiologia cognitiva sistemática em pacientes com doenças neurológicas diversas. MÉTODO: Foram avaliad...

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Published in:Arquivos de neuro-psiquiatria 2007-06, Vol.65 (2A), p.299-303
Main Authors: Vitiello, Ana Paula P., Ciríaco, Jovana G.M., Takahashi, Daniel Y., Nitrini, Ricardo, Caramelli, Paulo
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Summary:INTRODUÇÃO: O exame das funções cognitivas é habitual na avaliação das demências, porém não é usualmente realizado em pacientes com outras doenças neurológicas. OBJETIVO: Investigar a relevância da semiologia cognitiva sistemática em pacientes com doenças neurológicas diversas. MÉTODO: Foram avaliados 105 pacientes consecutivamente atendidos no período de um ano em ambulatório de neurologia geral de hospital universitário público, sem queixas de alterações cognitivas. Os pacientes foram submetidos aos seguintes testes cognitivos: mini-exame do estado mental (MEEM), extensão de dígitos, testes de memória de figuras, fluência verbal e desenho do relógio. Sempre que possível as notas de corte foram corrigidas em função da escolaridade. RESULTADOS: Cerca de 2/3 dos pacientes apresentaram alterações do desempenho em pelo menos um teste. O MEEM mostrou-se alterado em 20% dos pacientes, o teste da extensão de dígitos apresentou alteração em 50,4% (29,5% na ordem direta e 20,9% na indireta). A evocação tardia esteve alterada em 14,2% dos casos, a fluência verbal esteve abaixo da nota de corte em 27,6% dos pacientes e o desenho do relógio, em 40,0%. CONCLUSÃO: Os dados obtidos comprovam a necessidade da inclusão da avaliação cognitiva como parte obrigatória do exame neurológico, mesmo em pacientes sem queixas relacionadas.
ISSN:1678-4227
DOI:10.1590/S0004-282X2007000200021