Loading…

Monitorização ambulatorial da pressão arterial e risco cardiovascular em mulheres com hipertensão resistente

FUNDAMENTO: Poucos estudos exploraram o valor prognóstico da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em pacientes hipertensos resistentes, um grupo que apresenta alto risco. OBJETIVO: Investigar o valor prognóstico da pressão arterial (PA) de vigília, em mulheres hipertensas resistente...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Arquivos brasileiros de cardiologia 2009-06, Vol.92 (6), p.484-489
Main Authors: Magnanini, Monica Maria Ferreira, Nogueira, Armando da Rocha, Carvalho, Marilia Sá, Bloch, Katia Vergetti
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
cited_by
cites
container_end_page 489
container_issue 6
container_start_page 484
container_title Arquivos brasileiros de cardiologia
container_volume 92
creator Magnanini, Monica Maria Ferreira
Nogueira, Armando da Rocha
Carvalho, Marilia Sá
Bloch, Katia Vergetti
description FUNDAMENTO: Poucos estudos exploraram o valor prognóstico da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em pacientes hipertensos resistentes, um grupo que apresenta alto risco. OBJETIVO: Investigar o valor prognóstico da pressão arterial (PA) de vigília, em mulheres hipertensas resistentes. MÉTODOS: Foram acompanhadas por até 8,9 anos (média 3,9), 382 mulheres hipertensas resistentes com idade entre 24-92 anos, atendidas em uma unidade de hipertensão de um hospital universitário. As pacientes foram classificadas como controladas (PA de consultório > 140/90 mmHg e PA de vigília 140/90 mmHg e PA de vigília > 135/85 mmHg). Analisou-se uma combinação de mortalidade cardiovascular, cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico e nefropatia. Utilizou-se o modelo proporcional de Cox para estimar o risco de eventos cardiovasculares ajustado para potenciais confundidores. RESULTADOS: A taxa total de eventos foi de 5,0 por 100 mulheres-ano. No grupo de controladas esse valor foi de 3,7 e entre as não-controladas, de 5,8, com p=0.06. Os riscos relativos associados ao aumento de 10 mmHg na PA sistólica, ajustando para idade e tabagismo atual, foram maiores que os associados a aumentos de 5 mmHg na PA diastólica. Pacientes com descenso noturno 10%, embora essa associação não tenha sido estatisticamente significante. A pressão de vigília não controlada (sim/não) foi um forte fator de risco independente, 1,67 (1,00-2,78). CONCLUSÃO: O aumento de 67% no risco de evento cardiovascular quando a PA de vigília não estava controlada é indicador de que o uso da MAPA é essencial na avaliação do controle e como guia das decisões terapêuticas na hipertensão resistente.
doi_str_mv 10.1590/S0066-782X2009000600012
format article
fullrecord <record><control><sourceid>scielo</sourceid><recordid>TN_cdi_scielo_journals_S0066_782X2009000600012</recordid><sourceformat>XML</sourceformat><sourcesystem>PC</sourcesystem><scielo_id>S0066_782X2009000600012</scielo_id><sourcerecordid>S0066_782X2009000600012</sourcerecordid><originalsourceid>FETCH-scielo_journals_S0066_782X20090006000123</originalsourceid><addsrcrecordid>eNqVjzGOwjAQRV2wErBwBuYCgbGBBGoEotmKLegiYwZh5MSRJ6HgOhQchIvhjeiothh9_f_nFV-IkcSxnC9xskNM0yRbqL1CXGJ08aTqiJ5Ms0Uykxl2RZ_5gqhUNp33RPXjS1v7YG_6-XjePeji0Dj9l2gHRw1VIOa2CDW1IUGwbDwYHY7WXzWbCASgAorGnSn-g_EFnG1FESlbOIaWo6lpIL5O2jEN3_otxpv172qbsLHkfH7xTShjkbdb8o8t038DL2UzWNk</addsrcrecordid><sourcetype>Open Access Repository</sourcetype><iscdi>true</iscdi><recordtype>article</recordtype></control><display><type>article</type><title>Monitorização ambulatorial da pressão arterial e risco cardiovascular em mulheres com hipertensão resistente</title><source>SciELO Brazil</source><creator>Magnanini, Monica Maria Ferreira ; Nogueira, Armando da Rocha ; Carvalho, Marilia Sá ; Bloch, Katia Vergetti</creator><creatorcontrib>Magnanini, Monica Maria Ferreira ; Nogueira, Armando da Rocha ; Carvalho, Marilia Sá ; Bloch, Katia Vergetti</creatorcontrib><description>FUNDAMENTO: Poucos estudos exploraram o valor prognóstico da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em pacientes hipertensos resistentes, um grupo que apresenta alto risco. OBJETIVO: Investigar o valor prognóstico da pressão arterial (PA) de vigília, em mulheres hipertensas resistentes. MÉTODOS: Foram acompanhadas por até 8,9 anos (média 3,9), 382 mulheres hipertensas resistentes com idade entre 24-92 anos, atendidas em uma unidade de hipertensão de um hospital universitário. As pacientes foram classificadas como controladas (PA de consultório &gt; 140/90 mmHg e PA de vigília&lt;135/85 mmHg) ou não-controladas (PA de consultório &gt; 140/90 mmHg e PA de vigília &gt; 135/85 mmHg). Analisou-se uma combinação de mortalidade cardiovascular, cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico e nefropatia. Utilizou-se o modelo proporcional de Cox para estimar o risco de eventos cardiovasculares ajustado para potenciais confundidores. RESULTADOS: A taxa total de eventos foi de 5,0 por 100 mulheres-ano. No grupo de controladas esse valor foi de 3,7 e entre as não-controladas, de 5,8, com p=0.06. Os riscos relativos associados ao aumento de 10 mmHg na PA sistólica, ajustando para idade e tabagismo atual, foram maiores que os associados a aumentos de 5 mmHg na PA diastólica. Pacientes com descenso noturno&lt;10% tiveram risco para evento cardiovascular maior que os com descenso noturno &gt; 10%, embora essa associação não tenha sido estatisticamente significante. A pressão de vigília não controlada (sim/não) foi um forte fator de risco independente, 1,67 (1,00-2,78). CONCLUSÃO: O aumento de 67% no risco de evento cardiovascular quando a PA de vigília não estava controlada é indicador de que o uso da MAPA é essencial na avaliação do controle e como guia das decisões terapêuticas na hipertensão resistente.</description><identifier>ISSN: 1678-4170</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S0066-782X2009000600012</identifier><language>por</language><publisher>Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC</publisher><subject>CARDIAC &amp; CARDIOVASCULAR SYSTEMS</subject><ispartof>Arquivos brasileiros de cardiologia, 2009-06, Vol.92 (6), p.484-489</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,780,784,885,24150,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Magnanini, Monica Maria Ferreira</creatorcontrib><creatorcontrib>Nogueira, Armando da Rocha</creatorcontrib><creatorcontrib>Carvalho, Marilia Sá</creatorcontrib><creatorcontrib>Bloch, Katia Vergetti</creatorcontrib><title>Monitorização ambulatorial da pressão arterial e risco cardiovascular em mulheres com hipertensão resistente</title><title>Arquivos brasileiros de cardiologia</title><addtitle>Arq. Bras. Cardiol</addtitle><description>FUNDAMENTO: Poucos estudos exploraram o valor prognóstico da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em pacientes hipertensos resistentes, um grupo que apresenta alto risco. OBJETIVO: Investigar o valor prognóstico da pressão arterial (PA) de vigília, em mulheres hipertensas resistentes. MÉTODOS: Foram acompanhadas por até 8,9 anos (média 3,9), 382 mulheres hipertensas resistentes com idade entre 24-92 anos, atendidas em uma unidade de hipertensão de um hospital universitário. As pacientes foram classificadas como controladas (PA de consultório &gt; 140/90 mmHg e PA de vigília&lt;135/85 mmHg) ou não-controladas (PA de consultório &gt; 140/90 mmHg e PA de vigília &gt; 135/85 mmHg). Analisou-se uma combinação de mortalidade cardiovascular, cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico e nefropatia. Utilizou-se o modelo proporcional de Cox para estimar o risco de eventos cardiovasculares ajustado para potenciais confundidores. RESULTADOS: A taxa total de eventos foi de 5,0 por 100 mulheres-ano. No grupo de controladas esse valor foi de 3,7 e entre as não-controladas, de 5,8, com p=0.06. Os riscos relativos associados ao aumento de 10 mmHg na PA sistólica, ajustando para idade e tabagismo atual, foram maiores que os associados a aumentos de 5 mmHg na PA diastólica. Pacientes com descenso noturno&lt;10% tiveram risco para evento cardiovascular maior que os com descenso noturno &gt; 10%, embora essa associação não tenha sido estatisticamente significante. A pressão de vigília não controlada (sim/não) foi um forte fator de risco independente, 1,67 (1,00-2,78). CONCLUSÃO: O aumento de 67% no risco de evento cardiovascular quando a PA de vigília não estava controlada é indicador de que o uso da MAPA é essencial na avaliação do controle e como guia das decisões terapêuticas na hipertensão resistente.</description><subject>CARDIAC &amp; CARDIOVASCULAR SYSTEMS</subject><issn>1678-4170</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2009</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNqVjzGOwjAQRV2wErBwBuYCgbGBBGoEotmKLegiYwZh5MSRJ6HgOhQchIvhjeiothh9_f_nFV-IkcSxnC9xskNM0yRbqL1CXGJ08aTqiJ5Ms0Uykxl2RZ_5gqhUNp33RPXjS1v7YG_6-XjePeji0Dj9l2gHRw1VIOa2CDW1IUGwbDwYHY7WXzWbCASgAorGnSn-g_EFnG1FESlbOIaWo6lpIL5O2jEN3_otxpv172qbsLHkfH7xTShjkbdb8o8t038DL2UzWNk</recordid><startdate>20090601</startdate><enddate>20090601</enddate><creator>Magnanini, Monica Maria Ferreira</creator><creator>Nogueira, Armando da Rocha</creator><creator>Carvalho, Marilia Sá</creator><creator>Bloch, Katia Vergetti</creator><general>Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC</general><scope>GPN</scope></search><sort><creationdate>20090601</creationdate><title>Monitorização ambulatorial da pressão arterial e risco cardiovascular em mulheres com hipertensão resistente</title><author>Magnanini, Monica Maria Ferreira ; Nogueira, Armando da Rocha ; Carvalho, Marilia Sá ; Bloch, Katia Vergetti</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-scielo_journals_S0066_782X20090006000123</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>por</language><creationdate>2009</creationdate><topic>CARDIAC &amp; CARDIOVASCULAR SYSTEMS</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Magnanini, Monica Maria Ferreira</creatorcontrib><creatorcontrib>Nogueira, Armando da Rocha</creatorcontrib><creatorcontrib>Carvalho, Marilia Sá</creatorcontrib><creatorcontrib>Bloch, Katia Vergetti</creatorcontrib><collection>SciELO</collection><jtitle>Arquivos brasileiros de cardiologia</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Magnanini, Monica Maria Ferreira</au><au>Nogueira, Armando da Rocha</au><au>Carvalho, Marilia Sá</au><au>Bloch, Katia Vergetti</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Monitorização ambulatorial da pressão arterial e risco cardiovascular em mulheres com hipertensão resistente</atitle><jtitle>Arquivos brasileiros de cardiologia</jtitle><addtitle>Arq. Bras. Cardiol</addtitle><date>2009-06-01</date><risdate>2009</risdate><volume>92</volume><issue>6</issue><spage>484</spage><epage>489</epage><pages>484-489</pages><issn>1678-4170</issn><abstract>FUNDAMENTO: Poucos estudos exploraram o valor prognóstico da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em pacientes hipertensos resistentes, um grupo que apresenta alto risco. OBJETIVO: Investigar o valor prognóstico da pressão arterial (PA) de vigília, em mulheres hipertensas resistentes. MÉTODOS: Foram acompanhadas por até 8,9 anos (média 3,9), 382 mulheres hipertensas resistentes com idade entre 24-92 anos, atendidas em uma unidade de hipertensão de um hospital universitário. As pacientes foram classificadas como controladas (PA de consultório &gt; 140/90 mmHg e PA de vigília&lt;135/85 mmHg) ou não-controladas (PA de consultório &gt; 140/90 mmHg e PA de vigília &gt; 135/85 mmHg). Analisou-se uma combinação de mortalidade cardiovascular, cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico e nefropatia. Utilizou-se o modelo proporcional de Cox para estimar o risco de eventos cardiovasculares ajustado para potenciais confundidores. RESULTADOS: A taxa total de eventos foi de 5,0 por 100 mulheres-ano. No grupo de controladas esse valor foi de 3,7 e entre as não-controladas, de 5,8, com p=0.06. Os riscos relativos associados ao aumento de 10 mmHg na PA sistólica, ajustando para idade e tabagismo atual, foram maiores que os associados a aumentos de 5 mmHg na PA diastólica. Pacientes com descenso noturno&lt;10% tiveram risco para evento cardiovascular maior que os com descenso noturno &gt; 10%, embora essa associação não tenha sido estatisticamente significante. A pressão de vigília não controlada (sim/não) foi um forte fator de risco independente, 1,67 (1,00-2,78). CONCLUSÃO: O aumento de 67% no risco de evento cardiovascular quando a PA de vigília não estava controlada é indicador de que o uso da MAPA é essencial na avaliação do controle e como guia das decisões terapêuticas na hipertensão resistente.</abstract><pub>Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC</pub><doi>10.1590/S0066-782X2009000600012</doi><oa>free_for_read</oa></addata></record>
fulltext fulltext
identifier ISSN: 1678-4170
ispartof Arquivos brasileiros de cardiologia, 2009-06, Vol.92 (6), p.484-489
issn 1678-4170
language por
recordid cdi_scielo_journals_S0066_782X2009000600012
source SciELO Brazil
subjects CARDIAC & CARDIOVASCULAR SYSTEMS
title Monitorização ambulatorial da pressão arterial e risco cardiovascular em mulheres com hipertensão resistente
url http://sfxeu10.hosted.exlibrisgroup.com/loughborough?ctx_ver=Z39.88-2004&ctx_enc=info:ofi/enc:UTF-8&ctx_tim=2024-12-26T15%3A01%3A04IST&url_ver=Z39.88-2004&url_ctx_fmt=infofi/fmt:kev:mtx:ctx&rfr_id=info:sid/primo.exlibrisgroup.com:primo3-Article-scielo&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:journal&rft.genre=article&rft.atitle=Monitoriza%C3%A7%C3%A3o%20ambulatorial%20da%20press%C3%A3o%20arterial%20e%20risco%20cardiovascular%20em%20mulheres%20com%20hipertens%C3%A3o%20resistente&rft.jtitle=Arquivos%20brasileiros%20de%20cardiologia&rft.au=Magnanini,%20Monica%20Maria%20Ferreira&rft.date=2009-06-01&rft.volume=92&rft.issue=6&rft.spage=484&rft.epage=489&rft.pages=484-489&rft.issn=1678-4170&rft_id=info:doi/10.1590/S0066-782X2009000600012&rft_dat=%3Cscielo%3ES0066_782X2009000600012%3C/scielo%3E%3Cgrp_id%3Ecdi_FETCH-scielo_journals_S0066_782X20090006000123%3C/grp_id%3E%3Coa%3E%3C/oa%3E%3Curl%3E%3C/url%3E&rft_id=info:oai/&rft_id=info:pmid/&rft_scielo_id=S0066_782X2009000600012&rfr_iscdi=true