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Mineralização do nitrogênio em solos tratados com lodos de curtume

O objetivo deste trabalho foi avaliar, em laboratório, a mineralização líquida do N orgânico de dois lodos de curtume em solos. Um Latossolo Vermelho acriférrico e um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico receberam quatro doses de cada lodo (0, 595, 1.190 e 1.785 kg ha-1 de N): do efluente de caleir...

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Published in:Pesquisa agropecuaria brasileira 2007, Vol.42 (4), p.547-555
Main Authors: Alcântara, Marco Aurélio Kondracki de(Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Dep. de Biotecnologia), Aquino Neto, Vicente de(Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Setor de Apoio Técnico em Áreas Contaminadas), Camargo, Otávio Antonio de(Instituto Agronômico Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos Agroambientais), Cantarella, Heitor(Instituto Agronômico Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos Agroambientais)
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Summary:O objetivo deste trabalho foi avaliar, em laboratório, a mineralização líquida do N orgânico de dois lodos de curtume em solos. Um Latossolo Vermelho acriférrico e um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico receberam quatro doses de cada lodo (0, 595, 1.190 e 1.785 kg ha-1 de N): do efluente de caleiro (LCL), com concentração baixíssima de crômio e do decantador primário (LCR), com 17 g kg-1 de Cr. As misturas solos+lodos foram lixiviadas após incubação por períodos crescentes até 132 dias em colunas de percolação. Um modelo cinético de primeira ordem descreveu a mineralização líquida do N (R² = 0,967** a 0,998**). Aplicações de LCR, em comparação às de LCL, diminuíram a porcentagem acumulada do N mineralizado proveniente do lodo (médias de 4 e 35,5%), reduziram o valor da taxa constante de mineralização (médias de 0,0048 e 0,028 dia-1) e aumentaram substancialmente o tempo de meia-vida (T1/2) (variação de 100 a 267 e de 19 a 29 dias), o que indica inibição da mineralização do N, possivelmente em decorrência das elevadas concentrações de Cr daquele lodo. Uma análise detalhada das curvas de mineralização com a aplicação de LCR apontou a existência de três fases, que provavelmente representam adaptações sucessivas da microbiota a diferentes frações recalcitrantes do lodo. The objective of this work was to evaluate nitrogen mineralization in two tannery sludges in soils. A Rhodic Acrustox and a Typic Haplustox received four levels of each sludge (0, 595, 1,190 and 1,785 kg ha-1 N): a liming sludge (LCL), comprising very low chromium contents and a primary sludge (LCR), with 17 g kg-1 Cr. Soil-sludge mixture was placed in percolation tubes and periodically leached after incubation up to 132 days. First order kinetic model described the nitrogen net mineralization (R² = 0.967** to 0.998**). Compared to LCL, the addition of LCR caused a decrease in the percentages of the accumulated mineralized nitrogen from sludges (averages 35.5 and 4.0%, respectively), a decrease in the mineralization rates constants (averages 0.028 and 0.0048 day-1) and substantially increased the T1/2 (ranging from 267 to 100 and from 29 to 19 days), indicating N mineralization inhibition, possible due to the high chromium content of that sludge. A detailed analysis of mineralization curves with LCR applications pointed that there are three phases that probably represent successive adaptations of the microbiota to different recalcitrant fractions.
ISSN:0100-204X
1678-3921
1678-3921
DOI:10.1590/s0100-204x2007000400013