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As contas dos escravos numa economia agrária: clientes de uma casa de comercial no interior de Santa Catarina

Resumo Discutimos os negócios dos escravos a partir das contas correntes como clientes de uma casa comercial em uma economia voltada para o mercado interno ao final do período escravista, evolvendo débitos e créditos, dinheiro e mercadorias. Os cativos forneceram milho e feijão e compraram um leque...

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Published in:Estudos econômicos - Instituto de Pesquisas Econômicas 2020-06, Vol.50 (2), p.293-319
Main Author: Marcondes, Renato Leite
Format: Article
Language:Portuguese
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Description
Summary:Resumo Discutimos os negócios dos escravos a partir das contas correntes como clientes de uma casa comercial em uma economia voltada para o mercado interno ao final do período escravista, evolvendo débitos e créditos, dinheiro e mercadorias. Os cativos forneceram milho e feijão e compraram um leque amplo de produtos, compreendendo alimentos, vestuário e utensílios. Em quase um terço dos lançamentos eles transacionaram dinheiro, representando a principal despesa debitada aos escravos, inclusive para o pagamento do seu escravista. Essas numerosas transações de valores substantivos dos escravos em pouco mais de um ano demonstram uma capacidade reiterada de manter negócios com a casa comercial. Embora apenas uma pequena parte deles alcançassem condições de acumular pecúlio, somente uma parcela ainda menor conseguiu sonhar com a liberdade. Abstract We explore the business of the slaves from the current accounts as clients of a commercial house in a hinterland economy at the end of the slave period, including debits and credits, money and merchandise. The slaves delivered corn and beans and bought a wide range of products, including food, clothing and utensils. Almost a third of the occurrences referred to money, representing the main expense debited to slaves, including the payment to the slave owner. These numerous amounts of substantive values in just over a year demonstrate a repeated ability to do business with a trading house. Although only a small part of them can afford to accumulate money, only an even smaller portion can obtain freedom.
ISSN:0101-4161
1980-5357
1980-5357
DOI:10.1590/0101-41615024rlm