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Guerra urbana e expansão de mercados no Rio de Janeiro
Resumo O objetivo deste artigo é discutir os nexos entre violência e mercados, entre violência como tecnologia de poder e de expansão dos mercados nos limiares entre legalidade e ilegalidade. Esta é questão que nos parece ser o ponto cego dos debates correntes acerca das relações entre (neo)liberali...
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Published in: | Revista Brasileira de Ciências Sociais 2023, Vol.38 (111) |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
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Summary: | Resumo O objetivo deste artigo é discutir os nexos entre violência e mercados, entre violência como tecnologia de poder e de expansão dos mercados nos limiares entre legalidade e ilegalidade. Esta é questão que nos parece ser o ponto cego dos debates correntes acerca das relações entre (neo)liberalismo e autoritarismo, e a “crise da democracia”. Trata-se de uma questão que se explicita desde a guinada à direita na constelação política do país e que se cristaliza no governo Bolsonaro, mas diz respeito a uma racionalidade neoliberal em curso desde meados dos anos 2000 e que ganha forma sob a lógica militarizada de gestão da ordem urbana. Tomamos como referência dois momentos que marcaram a história recente do Rio de Janeiro: primeiro, a montagem dos dispositivos político-institucionais voltados aos preparativos e realização da Copa do Mundo (2014) e dos Jogos Olímpicos (2016); segundo, a intervenção militar-financeira em um contexto de crise econômica e falência fiscal do estado (2018).
Abstract This article addresses the links between violence and markets, between violence as a technology of power and of market expansion, on the thresholds between legality and illegality. We believe this question is the blind spot of current debates about the relationship between (neo)liberalism and authoritarianism, and the “crisis of democracy”. As we postulate, such question became explicit since the right-wing turn in the political constellation of the country and that it is crystallized in the Bolsonaro government. However, it concerns a neoliberal rationality ongoing since the mid-2000s and that has been shaped under the militarized logic of management of the urban order. The paper addresses two moments that have marked the recent history of Rio de Janeiro: first, the assembly of political-institutional devices aimed at the preparation and realization of the World Cup (2014) and the Olympic Games (2016); second, military-financial intervention in a context of economic crisis and fiscal bankruptcy of the state (2018). |
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ISSN: | 0102-6909 1806-9053 1806-9053 |
DOI: | 10.1590/3811003/2023 |