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Operação de Blalock-Taussig modificada para o tratamento paliativo de cardiopatias congênitas com hipofluxo pulmonar

De janeiro de 1990 a novembro de 1994, 72 pacientes portadores de cardiopatias congênitas com hipofluxo pulmonar foram submetidos à operação de Blalock-Taussig. A idade variou entre 2 dias e 11 anos (M:9,0 meses); 44 (61,1%) eram do sexo masculino e 28 (38,8%) do feminino; 38 (52,8%) casos portadore...

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Published in:Revista brasileira de cirurgia cardiovascular 1995-09, Vol.10 (3), p.126-132
Main Authors: Maluf, Miguel A, Andrade, José Carlos S, Carvalho, Antônio, Catani, Roberto, Vega, Hermínio, Andrade, José L, Silva, Célia, Carvalho, Werther B, Buffolo, Ênio
Format: Article
Language:eng ; por
Subjects:
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Description
Summary:De janeiro de 1990 a novembro de 1994, 72 pacientes portadores de cardiopatias congênitas com hipofluxo pulmonar foram submetidos à operação de Blalock-Taussig. A idade variou entre 2 dias e 11 anos (M:9,0 meses); 44 (61,1%) eram do sexo masculino e 28 (38,8%) do feminino; 38 (52,8%) casos portadores de tétrade de Fallot; 7 (9,7%) atresia pulmonar com septo interventricular íntegro (AP c/ SIVI); 6 (8,4%) transposição das grandes artérias (TGA) + estenose pulmonar (EP); 6 (8,4%) atresia tricúspide (AT) + EP; 6 (8,4%) dupla via de entrada (DVE) do ventrículo direito (VD) ou ventrículo esquerdo (VE) + (EP); 3 (4,2%) transposição corrigida das grandes artérias (TCGA) + comunicação interventricular (CIV) + EP; 2 (2,7%) dupla via de saída (DVS) de VD ou VE + EP; 2 (2,7%) defeito septal atrioventricular (DSAV) + EP; 2 (2,7%) isomerismo direito (D) ou (E) + EP. Os critérios de indicação foram: a) neonatos com cardiopatias "dueto dependente"; b) lactentes com piora de cianose ou crise de hipoxia; c) crianças durante a infância com cardiopatias sem chance de uma correção biventricular. A técnica empregada foi a operação de Blalock-Taussig modificada, interpondo prótese entre artéria subclávia e artéria pulmonar. A prótese de Polytetrafluoroethylene (PTFE) foi usada em 69 (94,5%) casos, veia umbilical em 3 (4,1%) casos e artéria mamária bovina em 1 (1,4%) caso. Durante o ato operatório foi administrada dose única de heparina (1mg x kg peso), não sendo neutralizada no pós-operatório (PO) e no seguimento tardio, dispensado o uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários. Houve 8 (11,1%) óbitos no PO imediato: 5 (6,9%) casos por obstrução da prótese (3 foram reoperados), 2 (2,7%) casos por morte súbita (AP c/ SIVI) e 1 (1,3%) devido a processo infeccioso pulmonar. A obstrução da prótese como principal causa de óbito esteve diretamente relacionada à anatomia dos vasos (calibre da artéria subclávia e pulmonar) e ou problemas de técnica cirúrgica. A operação de Blalock-Taussig modificada demonstrou ser um método confiável e seguro no tratamento paliativo das cardiopatias com hipofluxo pulmonar
ISSN:0102-7638
1678-9741
DOI:10.1590/S0102-76381995000300002