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Inquérito sobre hipertensão arterial e décifit cognitivo em idosos de um serviço de geriatria

INTRODUÇÃO: Tanto a hipertensão arterial como o déficit cognitivo são condições de alta prevalência na população idosa, com influência direta sobre a qualidade de vida. Assim, identificar associações entre esses agravos é de interesse para a saúde pública. MÉTODO: Realizou-se um inquérito em uma uni...

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Published in:Revista brasileira de epidemiologia 2003-04, Vol.6 (1), p.7-17
Main Authors: Cavalini, Luciana Tricai, Chor, Dora
Format: Article
Language:Portuguese
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Chor, Dora
description INTRODUÇÃO: Tanto a hipertensão arterial como o déficit cognitivo são condições de alta prevalência na população idosa, com influência direta sobre a qualidade de vida. Assim, identificar associações entre esses agravos é de interesse para a saúde pública. MÉTODO: Realizou-se um inquérito em uma unidade ambulatorial de atendimento a idosos, com o objetivo de estudar a associação entre hipertensão arterial e déficit cognitivo. A identificação dos indivíduos com disfunção cognitiva foi realizada por meio do Mini Exame do Estado Mental, aplicado a todos os pacientes que procuraram o serviço entre agosto/1998 e janeiro/1999. Entrevistas com os pacientes e revisão de prontuários possibilitaram a classificação da exposição (hipertensos/não hipertensos). RESULTADOS: Foram identificados 99 indivíduos com disfunção cognitiva entre os 307 participantes do estudo, obtendo-se uma prevalência de 32,2% (IC 95% = 27,0% - 37,4%). Foi estimada uma associação inversa de grande magnitude entre hipertensão arterial e déficit cognitivo para o grupo de idosos com 80 anos ou mais, cujo diagnóstico foi registrado há cinco anos ou mais (OR = 0,13; IC 95% = 0,03 - 0,54), sendo que essa associação não foi encontrada entre os indivíduos com idades entre 65 e 79 anos. CONCLUSÕES: A associação inversa entre hipertensão arterial e déficit cognitivo nos indivíduos mais idosos reforça a hipótese de outros autores de que, nesse grupo etário, um certo nível de pressão arterial é necessário para manter a função cognitiva. Sugere-se a realização de estudos adicionais sobre o tema em nosso meio.
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Assim, identificar associações entre esses agravos é de interesse para a saúde pública. MÉTODO: Realizou-se um inquérito em uma unidade ambulatorial de atendimento a idosos, com o objetivo de estudar a associação entre hipertensão arterial e déficit cognitivo. A identificação dos indivíduos com disfunção cognitiva foi realizada por meio do Mini Exame do Estado Mental, aplicado a todos os pacientes que procuraram o serviço entre agosto/1998 e janeiro/1999. Entrevistas com os pacientes e revisão de prontuários possibilitaram a classificação da exposição (hipertensos/não hipertensos). RESULTADOS: Foram identificados 99 indivíduos com disfunção cognitiva entre os 307 participantes do estudo, obtendo-se uma prevalência de 32,2% (IC 95% = 27,0% - 37,4%). Foi estimada uma associação inversa de grande magnitude entre hipertensão arterial e déficit cognitivo para o grupo de idosos com 80 anos ou mais, cujo diagnóstico foi registrado há cinco anos ou mais (OR = 0,13; IC 95% = 0,03 - 0,54), sendo que essa associação não foi encontrada entre os indivíduos com idades entre 65 e 79 anos. CONCLUSÕES: A associação inversa entre hipertensão arterial e déficit cognitivo nos indivíduos mais idosos reforça a hipótese de outros autores de que, nesse grupo etário, um certo nível de pressão arterial é necessário para manter a função cognitiva. Sugere-se a realização de estudos adicionais sobre o tema em nosso meio.</description><identifier>ISSN: 1415-790X</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S1415-790X2003000100003</identifier><language>por</language><publisher>Associação Brasileira de Pós -Graduação em Saúde Coletiva</publisher><subject>Health Policy &amp; Services</subject><ispartof>Revista brasileira de epidemiologia, 2003-04, Vol.6 (1), p.7-17</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,776,780,881,24129,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Cavalini, Luciana Tricai</creatorcontrib><creatorcontrib>Chor, Dora</creatorcontrib><title>Inquérito sobre hipertensão arterial e décifit cognitivo em idosos de um serviço de geriatria</title><title>Revista brasileira de epidemiologia</title><addtitle>Rev. bras. epidemiol</addtitle><description>INTRODUÇÃO: Tanto a hipertensão arterial como o déficit cognitivo são condições de alta prevalência na população idosa, com influência direta sobre a qualidade de vida. Assim, identificar associações entre esses agravos é de interesse para a saúde pública. MÉTODO: Realizou-se um inquérito em uma unidade ambulatorial de atendimento a idosos, com o objetivo de estudar a associação entre hipertensão arterial e déficit cognitivo. A identificação dos indivíduos com disfunção cognitiva foi realizada por meio do Mini Exame do Estado Mental, aplicado a todos os pacientes que procuraram o serviço entre agosto/1998 e janeiro/1999. Entrevistas com os pacientes e revisão de prontuários possibilitaram a classificação da exposição (hipertensos/não hipertensos). RESULTADOS: Foram identificados 99 indivíduos com disfunção cognitiva entre os 307 participantes do estudo, obtendo-se uma prevalência de 32,2% (IC 95% = 27,0% - 37,4%). Foi estimada uma associação inversa de grande magnitude entre hipertensão arterial e déficit cognitivo para o grupo de idosos com 80 anos ou mais, cujo diagnóstico foi registrado há cinco anos ou mais (OR = 0,13; IC 95% = 0,03 - 0,54), sendo que essa associação não foi encontrada entre os indivíduos com idades entre 65 e 79 anos. CONCLUSÕES: A associação inversa entre hipertensão arterial e déficit cognitivo nos indivíduos mais idosos reforça a hipótese de outros autores de que, nesse grupo etário, um certo nível de pressão arterial é necessário para manter a função cognitiva. Sugere-se a realização de estudos adicionais sobre o tema em nosso meio.</description><subject>Health Policy &amp; Services</subject><issn>1415-790X</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2003</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNplUMtOwzAQ9AEkSuEb8A-k7MZxHkdU8ahUiQM9cIv82BRXaQx22h_igPod-TFSirhwGO3OjHZHGsZuEGYoK7h9wQxlUlTwmgIIAMARIM7Y5M-4YJcxbkYxLxEnTC26j91wCK73PHodiL-5dwo9dXH49FyNW3Cq5cTtcDCucT03ft253u09py131kcfuSW-2_JIYe-GL3-k6-NdP-KKnTeqjXT9O6ds9XC_mj8ly-fHxfxumcSyFInWRmUKs0JJyjNlJKjUgk4xl42uhFKIIFNhqrTUAsjavDBgdFPKCrUGIaZsdnobjaPW1xu_C92YV_90Uv_rRHwDzNhcAw</recordid><startdate>20030401</startdate><enddate>20030401</enddate><creator>Cavalini, Luciana Tricai</creator><creator>Chor, Dora</creator><general>Associação Brasileira de Pós -Graduação em Saúde Coletiva</general><scope>GPN</scope></search><sort><creationdate>20030401</creationdate><title>Inquérito sobre hipertensão arterial e décifit cognitivo em idosos de um serviço de geriatria</title><author>Cavalini, Luciana Tricai ; Chor, Dora</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-s883-bbca4a147a5e64ac50a2d0b2165fb93aa110523c928b30edd67c0cbf8591bb033</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>por</language><creationdate>2003</creationdate><topic>Health Policy &amp; Services</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Cavalini, Luciana Tricai</creatorcontrib><creatorcontrib>Chor, Dora</creatorcontrib><collection>SciELO</collection><jtitle>Revista brasileira de epidemiologia</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Cavalini, Luciana Tricai</au><au>Chor, Dora</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Inquérito sobre hipertensão arterial e décifit cognitivo em idosos de um serviço de geriatria</atitle><jtitle>Revista brasileira de epidemiologia</jtitle><addtitle>Rev. bras. epidemiol</addtitle><date>2003-04-01</date><risdate>2003</risdate><volume>6</volume><issue>1</issue><spage>7</spage><epage>17</epage><pages>7-17</pages><issn>1415-790X</issn><abstract>INTRODUÇÃO: Tanto a hipertensão arterial como o déficit cognitivo são condições de alta prevalência na população idosa, com influência direta sobre a qualidade de vida. 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