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Atrasos na suspeita e no diagnóstico de tuberculose e fatores relacionados

RESUMO: Objetivo: Medir os atrasos na suspeita e no diagnóstico de tuberculose (TB) e identificar fatores relacionados. Métodos: O atraso na suspeita foi definido como o tempo entre a percepção, pelo doente, dos sintomas até a procura pelo primeiro atendimento e no diagnóstico, como o tempo entre o...

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Published in:Revista brasileira de epidemiologia 2015-12, Vol.18 (4), p.809-823
Main Authors: Sasaki, Natália Sperli Geraldes Marin dos Santos, Santos, Maria de Lourdes Sperli Geraldes dos, Vendramini, Silvia Helena F., Ruffino-Netto, Antonio, Villa, Teresa Cristina Scatena, Chiaravalloti-Neto, Francisco
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Summary:RESUMO: Objetivo: Medir os atrasos na suspeita e no diagnóstico de tuberculose (TB) e identificar fatores relacionados. Métodos: O atraso na suspeita foi definido como o tempo entre a percepção, pelo doente, dos sintomas até a procura pelo primeiro atendimento e no diagnóstico, como o tempo entre o primeiro atendimento até a realização do diagnóstico. Foram entrevistados 100 doentes, diagnosticados e notificados em 2008 e 2009, atendidos em serviços de saúde (SSs) de São José do Rio Preto, para os quais foram quantificados os atrasos. As possíveis variáveis explicativas foram obtidas das entrevistas e de informações secundárias disponíveis no sistema de vigilância. Os endereços dos casos e dos serviços de saúde foram geocodificados. As variáveis foram analisadas por regressão linear múltipla e, quando da identificação de dependência espacial dos seus resíduos, por regressão espacial. Resultados: As medianas, tanto para o atraso na suspeita como no diagnóstico, foram 15 dias. O atraso na suspeita foi modelado por regressão linear e mostrou-se associado positivamente com as distâncias percorridas pelos doentes para obter o primeiro atendimento e negativamente com a religião (não cristã). O atraso no diagnóstico foi modelado por regressão espacial e mostrou-se associado positivamente com idade e número de vezes que o doente procurou o SS e negativamente com a classificação do caso (TB pulmonar). Conclusão: O estudo revelou lacunas nas ações de controle da TB relacionadas aos doentes e à organização dos serviços e mostrou a importância de se levar em conta a dependência espacial dos fenômenos analisados.
ISSN:1415-790X
DOI:10.1590/1980-5497201500040011