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Mastigação, deglutição e suas adaptações na paralisia facial periférica

OBJETIVO: caracterizar mastigação, fase oral da deglutição e possíveis adaptações funcionais observadas nos portadores de Paralisia Facial Periférica. MÉTODO: participaram desta pesquisa 30 indivíduos com Paralisia Facial Periférica grau IV, com história de até 30 dias, sem distinção de etiologia e...

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Published in:Revista CEFAC 2013-04, Vol.15 (2), p.402-410
Main Authors: Mory, Marion Renée, Tessitore, Adriana, Pfeilsticker, Leopoldo Nizam, Couto Junior, Euro de Barros, Paschoal, Jorge Rizzato
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Description
Summary:OBJETIVO: caracterizar mastigação, fase oral da deglutição e possíveis adaptações funcionais observadas nos portadores de Paralisia Facial Periférica. MÉTODO: participaram desta pesquisa 30 indivíduos com Paralisia Facial Periférica grau IV, com história de até 30 dias, sem distinção de etiologia e divididos em três grupos, os que apresentavam a paralisia em até 10 dias, de 11 a 20 e de 20 a 30 dias. As funções mastigação e fase oral da deglutição foram avaliadas tanto com alimento sólido e como com água natural. Os indivíduos responderam questões relacionadas às dificuldades imediatamente após a instalação da paralisia. Os dados foram analisados estatisticamente pelo Teste da Razão de Verossimilhança e pelo Teste Exato de Fisher. RESULTADOS: foram constatadas alterações nas funções de mastigação e fase oral da deglutição pela diminuição do tônus no músculo orbicular dos lábios e do músculo bucinador, que diminuindo a pressão intra-oral, favorece o escape de alimento e líquido. À observação da Fonoaudióloga a variável "derrama líquido enquanto bebe" apresentou dados estatisticamente significante (p=0,003) nos três grupos estudados. A variável "acúmulo de alimento entre os dentes e a gengiva no lado paralisado" foi estatisticamente significante nos grupos de 11 a 20 dias (p= 0,002). CONCLUSÃO: os indivíduos da amostra mastigam no lado paralisado com dificuldade, mediante ciclos mastigatórios lentos e inconsistentes. Ocorre um incremento nos movimentos de língua para limpeza de resíduos retidos no vestíbulo oral no lado paralisado. Este é o sintoma que mais incomoda o paciente. Apresentam dificuldade no beber de forma contínua. Desenvolvem adaptações para compensar suas dificuldades funcionais.
ISSN:1982-0216
DOI:10.1590/S1516-18462012005000076