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Hiperacusia em músicos de banda militar

OBJETIVO: Identificar a presença de hiperacusia e investigar as características dos sons desconfortáveis e os comportamentos desencadeados pelo desconforto, em músicos de uma Banda Militar. MÉTODOS: Foram estudados 27 músicos da Banda Militar da Base Aérea de Santa Maria (RS), com idades entre 22 e...

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Published in:Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 2007-12, Vol.12 (4), p.298-303
Main Authors: Gonçalves, Maiara Santos, Tochetto, Tania Maria, Gambini, Caroline
Format: Article
Language:Portuguese
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creator Gonçalves, Maiara Santos
Tochetto, Tania Maria
Gambini, Caroline
description OBJETIVO: Identificar a presença de hiperacusia e investigar as características dos sons desconfortáveis e os comportamentos desencadeados pelo desconforto, em músicos de uma Banda Militar. MÉTODOS: Foram estudados 27 músicos da Banda Militar da Base Aérea de Santa Maria (RS), com idades entre 22 e 50 anos, com tempo de serviço militar entre quatro e 26 anos e com exposição diária ao ruído de trabalho de duas a oito horas. Todos foram submetidos à avaliação audiológica básica, teste do limiar de desconforto sonoro e aplicação de um questionário. Considerou-se presença de hiperacusia, quando a média dos valores obtidos no teste do limiar de desconforto em 250, 500, 1000, 2000, 4000 Hertz foi menor ou igual a 90 decibéis, associado à queixa de desconforto auditivo. RESULTADOS: Verificou-se hiperacusia em 37% dos músicos. Destes, 50% apresentaram audição normal e 50% apresentaram audição normal com presença de entalhe; 80% sentiam o desconforto diariamente e 20% após o trabalho com a banda de música; 70% já evitaram realizar alguma atividade, por acreditarem que o ruído ambiental é desconfortável; 70% faziam uso de protetor auricular regularmente e 90% referiram zumbido. Os sons considerados desconfortáveis pelos hiperacúsicos foram, predominantemente, os de forte intensidade. As reações emocionais mais citadas mediante um som considerado desagradável foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. CONCLUSÃO: Com os critérios utilizados neste estudo, 37% dos indivíduos estudados foram classificados como hiperacúsicos, os quais consideraram desagradáveis os sons de forte intensidade, predominantemente. As principais reações emocionais mediante esses sons foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. As características comuns entre os sujeitos classificados como hiperacúsicos foram: audição normal, uso de protetor auricular, evitar atividade por considerar o ruído ambiental incômodo e presença de zumbido.
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MÉTODOS: Foram estudados 27 músicos da Banda Militar da Base Aérea de Santa Maria (RS), com idades entre 22 e 50 anos, com tempo de serviço militar entre quatro e 26 anos e com exposição diária ao ruído de trabalho de duas a oito horas. Todos foram submetidos à avaliação audiológica básica, teste do limiar de desconforto sonoro e aplicação de um questionário. Considerou-se presença de hiperacusia, quando a média dos valores obtidos no teste do limiar de desconforto em 250, 500, 1000, 2000, 4000 Hertz foi menor ou igual a 90 decibéis, associado à queixa de desconforto auditivo. RESULTADOS: Verificou-se hiperacusia em 37% dos músicos. Destes, 50% apresentaram audição normal e 50% apresentaram audição normal com presença de entalhe; 80% sentiam o desconforto diariamente e 20% após o trabalho com a banda de música; 70% já evitaram realizar alguma atividade, por acreditarem que o ruído ambiental é desconfortável; 70% faziam uso de protetor auricular regularmente e 90% referiram zumbido. Os sons considerados desconfortáveis pelos hiperacúsicos foram, predominantemente, os de forte intensidade. As reações emocionais mais citadas mediante um som considerado desagradável foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. CONCLUSÃO: Com os critérios utilizados neste estudo, 37% dos indivíduos estudados foram classificados como hiperacúsicos, os quais consideraram desagradáveis os sons de forte intensidade, predominantemente. As principais reações emocionais mediante esses sons foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. As características comuns entre os sujeitos classificados como hiperacúsicos foram: audição normal, uso de protetor auricular, evitar atividade por considerar o ruído ambiental incômodo e presença de zumbido.</description><identifier>ISSN: 1982-0232</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S1516-80342007000400008</identifier><language>por</language><publisher>Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</publisher><subject>AUDIOLOGY &amp; SPEECH-LANGUAGE PATHOLOGY ; REHABILITATION</subject><ispartof>Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2007-12, Vol.12 (4), p.298-303</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,780,784,885,24150,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Gonçalves, Maiara Santos</creatorcontrib><creatorcontrib>Tochetto, Tania Maria</creatorcontrib><creatorcontrib>Gambini, Caroline</creatorcontrib><title>Hiperacusia em músicos de banda militar</title><title>Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</title><addtitle>Rev. soc. bras. fonoaudiol</addtitle><description>OBJETIVO: Identificar a presença de hiperacusia e investigar as características dos sons desconfortáveis e os comportamentos desencadeados pelo desconforto, em músicos de uma Banda Militar. MÉTODOS: Foram estudados 27 músicos da Banda Militar da Base Aérea de Santa Maria (RS), com idades entre 22 e 50 anos, com tempo de serviço militar entre quatro e 26 anos e com exposição diária ao ruído de trabalho de duas a oito horas. Todos foram submetidos à avaliação audiológica básica, teste do limiar de desconforto sonoro e aplicação de um questionário. Considerou-se presença de hiperacusia, quando a média dos valores obtidos no teste do limiar de desconforto em 250, 500, 1000, 2000, 4000 Hertz foi menor ou igual a 90 decibéis, associado à queixa de desconforto auditivo. RESULTADOS: Verificou-se hiperacusia em 37% dos músicos. Destes, 50% apresentaram audição normal e 50% apresentaram audição normal com presença de entalhe; 80% sentiam o desconforto diariamente e 20% após o trabalho com a banda de música; 70% já evitaram realizar alguma atividade, por acreditarem que o ruído ambiental é desconfortável; 70% faziam uso de protetor auricular regularmente e 90% referiram zumbido. Os sons considerados desconfortáveis pelos hiperacúsicos foram, predominantemente, os de forte intensidade. As reações emocionais mais citadas mediante um som considerado desagradável foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. CONCLUSÃO: Com os critérios utilizados neste estudo, 37% dos indivíduos estudados foram classificados como hiperacúsicos, os quais consideraram desagradáveis os sons de forte intensidade, predominantemente. As principais reações emocionais mediante esses sons foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. As características comuns entre os sujeitos classificados como hiperacúsicos foram: audição normal, uso de protetor auricular, evitar atividade por considerar o ruído ambiental incômodo e presença de zumbido.</description><subject>AUDIOLOGY &amp; SPEECH-LANGUAGE PATHOLOGY</subject><subject>REHABILITATION</subject><issn>1982-0232</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2007</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNpljz1PAkEYhLfQBAR_A1vaLL777ueVhqCQkFBgf9nPZMkdZ27lz9n6x7ioncVkppqZh5AVhzVXDTyfuOKaWRASAQwAyElg78icNxYZoMAZeaj1DKCMQTMnT7vykUYXrrU4mnraf3_VEoZKY6LeXaKjfenKpxuX5D67rqbHP1-Q0-v2fbNjh-PbfvNyYNVay3RMMjQwffFKRxVRG-UjSIk5h-QhycZnzUXOU9LWRydciojBZIfBiwVZ_7bWUFI3tOfhOl6mufaHrP1HJm5eZESB</recordid><startdate>20071201</startdate><enddate>20071201</enddate><creator>Gonçalves, Maiara Santos</creator><creator>Tochetto, Tania Maria</creator><creator>Gambini, Caroline</creator><general>Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</general><scope>GPN</scope></search><sort><creationdate>20071201</creationdate><title>Hiperacusia em músicos de banda militar</title><author>Gonçalves, Maiara Santos ; Tochetto, Tania Maria ; Gambini, Caroline</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-s888-6de4c90590b56d5d2675bd0442ffceb0e49bf613ffe4968bda3aed22c7fa2cb3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>por</language><creationdate>2007</creationdate><topic>AUDIOLOGY &amp; SPEECH-LANGUAGE PATHOLOGY</topic><topic>REHABILITATION</topic><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Gonçalves, Maiara Santos</creatorcontrib><creatorcontrib>Tochetto, Tania Maria</creatorcontrib><creatorcontrib>Gambini, Caroline</creatorcontrib><collection>SciELO</collection><jtitle>Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Gonçalves, Maiara Santos</au><au>Tochetto, Tania Maria</au><au>Gambini, Caroline</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Hiperacusia em músicos de banda militar</atitle><jtitle>Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</jtitle><addtitle>Rev. soc. bras. fonoaudiol</addtitle><date>2007-12-01</date><risdate>2007</risdate><volume>12</volume><issue>4</issue><spage>298</spage><epage>303</epage><pages>298-303</pages><issn>1982-0232</issn><abstract>OBJETIVO: Identificar a presença de hiperacusia e investigar as características dos sons desconfortáveis e os comportamentos desencadeados pelo desconforto, em músicos de uma Banda Militar. MÉTODOS: Foram estudados 27 músicos da Banda Militar da Base Aérea de Santa Maria (RS), com idades entre 22 e 50 anos, com tempo de serviço militar entre quatro e 26 anos e com exposição diária ao ruído de trabalho de duas a oito horas. Todos foram submetidos à avaliação audiológica básica, teste do limiar de desconforto sonoro e aplicação de um questionário. Considerou-se presença de hiperacusia, quando a média dos valores obtidos no teste do limiar de desconforto em 250, 500, 1000, 2000, 4000 Hertz foi menor ou igual a 90 decibéis, associado à queixa de desconforto auditivo. RESULTADOS: Verificou-se hiperacusia em 37% dos músicos. Destes, 50% apresentaram audição normal e 50% apresentaram audição normal com presença de entalhe; 80% sentiam o desconforto diariamente e 20% após o trabalho com a banda de música; 70% já evitaram realizar alguma atividade, por acreditarem que o ruído ambiental é desconfortável; 70% faziam uso de protetor auricular regularmente e 90% referiram zumbido. Os sons considerados desconfortáveis pelos hiperacúsicos foram, predominantemente, os de forte intensidade. As reações emocionais mais citadas mediante um som considerado desagradável foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. CONCLUSÃO: Com os critérios utilizados neste estudo, 37% dos indivíduos estudados foram classificados como hiperacúsicos, os quais consideraram desagradáveis os sons de forte intensidade, predominantemente. As principais reações emocionais mediante esses sons foram: tensão, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. As características comuns entre os sujeitos classificados como hiperacúsicos foram: audição normal, uso de protetor auricular, evitar atividade por considerar o ruído ambiental incômodo e presença de zumbido.</abstract><pub>Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</pub><doi>10.1590/S1516-80342007000400008</doi><tpages>6</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record>
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ispartof Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2007-12, Vol.12 (4), p.298-303
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