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As formigas como indicadores biológicos do impacto humano em manguezais da costa sudeste da Bahia

Os manguezais são comuns ao longo dos estuários da costa Atlântica do Brasil. Embora a diversidade de plantas seja baixa, esse ecossistema suporta uma fauna diversa, oferecendo diferentes tipos de recursos para numerosos organismos não aquáticos. Muitos insetos habitam as áreas de manguezal e, entre...

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Published in:Neotropical entomology 2006-10, Vol.35 (5), p.602-615
Main Authors: Delabie, Jacques H.C.(CEPLAC CEPEC Lab. Mirmecologia,UESC ,Univ. Estadual de Santa Cruz Depto. Ciências Agrárias e Ambientais), Paim, Valéria R.L. de M.(CEPLAC CEPEC Lab. Mirmecologia,UESC ,Univ. Estadual de Santa Cruz Depto. Ciências Biológicas), Nascimento, Ivan C. do(CEPLAC CEPEC Lab. Mirmecologia,UESC ,Univ. Federal de Viçosa Depto. Ciências Biológicas), Campiolo, Sofia(CEPLAC CEPEC Lab. Mirmecologia,UESC ,Univ. Estadual de Santa Cruz Depto. Ciências Biológicas), Mariano, Cléa dos S.F.(CEPLAC CEPEC Lab. Mirmecologia,UESC)
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Description
Summary:Os manguezais são comuns ao longo dos estuários da costa Atlântica do Brasil. Embora a diversidade de plantas seja baixa, esse ecossistema suporta uma fauna diversa, oferecendo diferentes tipos de recursos para numerosos organismos não aquáticos. Muitos insetos habitam as áreas de manguezal e, entre estes, numerosas espécies de formigas exclusivamente arbóreas. Na maior parte das áreas do mundo onde ocorrem, os manguezais vêm sofrendo altos níveis de impacto humano e isso é particularmente evidente no Sudeste da Bahia, onde ocorre o tradicional extrativismo de caranguejos e peixes, aterramento com fim de exploração imobiliária e corte de lenha. A comunidade de formigas de 13 manguezais com diferentes níveis de antropização foi estudada na costa sudeste da Bahia, em áreas distribuídas em 250 km de litoral, entre Itacaré e Porto Seguro. As formigas foram amostradas dentro e nas vegetações periféricas dos manguezais, usando lençol entomológico, isca, coleta de galhos ocos e pit-fall. Foram amostradas 108 espécies de formigas, sendo Camponotus e Pseudomyrmex os gêneros com maior riqueza especifica e Azteca e Crematogaster os mais freqüentes. A comunidade de formigas que vivem na vegetação periférica aos manguezais estudados é bastante homogênea mas varia notoriamente com a perturbação antrópica dentro desses ambientes. As riquezas das comunidades da periferia e do próprio manguezal são relacionadas negativamente com o grau de antropização. Comunidades de formigas têm, portanto, potencial para serem utilizadas como indicadores biológicos de impacto ambiental no ecossistema manguezal. Mangroves are common in estuaries along the Atlantic coast of Brazil. Although plant diversity is low, this ecosystem supports a range of animals, offering some resources for non-aquatic organisms. Many insects live in mangroves and, between them, many ant species that are exclusively arboreous. Mangroves throughout the world suffer from high levels of human impact, and this is particularly true for southeastern Bahia, where land-uses include traditional crab and fish exploitation, urban development, refuse pollution, recreation, and timber extraction. The ants of 13 mangrove sites, representing a range of levels of human use, have been studied along 250 km of the southern Bahia littoral, between Itacaré and Porto Seguro. Ants were sampled both inside and on the periphery of the tidal zone, using entomological rainbow, baiting, collect of hollow branches and pit-fall. A total of 10
ISSN:1519-566X
1678-8052
1678-8052
DOI:10.1590/S1519-566X2006000500006