Correção endovascular de aneurismas da aorta abdominal em doentes com anatomia desfavorável: resultados institucionais a curto e médio prazo

• Published in: Angiologia e cirurgia vascular (Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular) 2015-09, Vol.11 (3), p.158-165
• Main Authors: Rodrigues, Gonçalo Manuel, Albuquerque e Castro, João, Bastos Gonçalves, Frederico, Quintas, Anita, Abreu, Rodolfo, Ferreira, Rita, Camacho, Nelson, Valentim, Hugo, Garcia, Ana, Ferreira, Maria Emília, Mota Capitão, Luís
• Format: Article
• Language: Portuguese
• Subjects: Abdominal aortic aneurysm; Anatomia desfavorável; Aneurisma da aorta abdominal; Challenging anatomy; Correção endovascular de aneurisma; Endoleak; Endovascular aneurysm repair; Instruções para uso; Instuctions for use; PERIPHERAL VASCULAR DISEASE; Reintervenção; Re‐intervention
• ISSN: 1646-706X
• DOI: 10.1016/j.ancv.2015.07.003

Determinar a influência da anatomia do aneurisma da aorta abdominal (AAA) nos resultados a curto e médio prazo após Endovascular Aneurysm Repair (EVAR). Estudo retrospetivo de todos os doentes com AAA infrarrenal sem menção de rotura submetidos a EVAR aorto‐biilíaco programado na nossa instituição entre 2011‐2013 (n=112). Todos os exames de follow‐up imagiológico foram analisados numa plataforma com Osirix® e foram realizadas medições anatómicas com center lumen line. Apenas foram incluídos os doentes com um follow‐up imagiológico superior a 12 meses, o que resultou na exclusão de 33 (29%) casos. Os doentes foram divididos em 2 grupos: grupo com «anatomia favorável para EVAR» (f‐IFU); grupo com «anatomia desfavorável para EVAR» (df‐IFU). Dos 79 doentes elegíveis para o estudo, 35,5% (n=28) foram realizados em doentes do grupo df‐IFU. Estes doentes apresentaram AAA com maiores dimensões (64,4± 10,1mm vs. 60,6±10,8mm, p=0,046) e colos mais curtos (19,8±11,8mm vs. 30,4±14,4mm, p=0,001). A endoprótese mais utilizada foi a Endurant® (54,5%). Constatou‐se que o grupo df‐IFU é tratado mais frequentemente com endopróteses com sistema de fixação suprarrenal (85,7% df‐IFU vs. 69% f‐IFU, p=0,048). O tempo médio de follow‐up foi de 21,9±9,8 meses (12‐46 meses). A taxa de mortalidade perioperatória (0% df‐IFU vs. 2% f‐IFU) e a taxa de mortalidade global por todas as causas (12% df‐IFU vs. 11,9% f‐IFU) foi semelhante nos 2 grupos (p >0,05). Não se verificaram diferenças significativas nas taxas de endoleak (curto prazo 25% df‐IFU vs. 22% f‐IFU; médio prazo 12% df‐IFU vs. 23,8% f‐IFU) nem nas taxas de reintervenção (curto prazo 7,2% df‐IFU vs. 8% f‐IFU; médio prazo 4% df‐IFU vs. 4,8% f‐IFU) (p >0,05). A realização de EVAR em doentes com anatomia desfavorável produziu resultados que são comparáveis aos dos doentes com anatomia favorável, quer a curto quer a médio prazo. São necessários estudos a longo prazo para confirmar estes achados. The goal of this study is to determine the influence of abdominal aortic aneurysm (AAA) anatomy in endovascular aneurysm repair (EVAR) short and mid‐term outcomes. A total of 112 patients underwent programed aorto‐biiliac EVAR at a single center between January 2011 and December 2013. Pre and postoperative imaging follow‐up were retrospectively reviewed and anatomical measures were calculated on Osirix® with center lumen line. Only patients with a postoperative imaging follow‐up of more than 12 months were included, resulting in the exclus