Loading…

Administração pública tupiniquim: reflexões a partir da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos

O objetivo deste ensaio teórico é promover uma reflexão acerca da administração pública brasileira contemporânea sob o enfoque da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos. Após a recuperação dos pressupostos de cada abordagem proposta por Ramos, buscou-se alinhá-las a diferentes teorias de administ...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Cadernos EBAPE.BR 2012-06, Vol.10 (2), p.284-301
Main Authors: Zwick, Elisa, Teixeira, Marília Paula dos Reis, Pereira, José Roberto, Vilas Boas, Ana Alice
Format: Article
Language:eng ; por
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
cited_by
cites
container_end_page 301
container_issue 2
container_start_page 284
container_title Cadernos EBAPE.BR
container_volume 10
creator Zwick, Elisa
Teixeira, Marília Paula dos Reis
Pereira, José Roberto
Vilas Boas, Ana Alice
description O objetivo deste ensaio teórico é promover uma reflexão acerca da administração pública brasileira contemporânea sob o enfoque da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos. Após a recuperação dos pressupostos de cada abordagem proposta por Ramos, buscou-se alinhá-las a diferentes teorias de administração pública. A administração pública gerencial, conhecida no âmbito internacional como nova administração pública, foi introduzida no Brasil no governo Fernando Henrique Cardoso por meio da Reforma do Estado. Tal qual foi planejada, a administração pública gerencial caracteriza-se como Teoria N, uma vez que está imbricada pela força da estrutura e pela racionalidade instrumental. Todavia, por esbarrar em características culturais, tais como o autoritarismo, o personalismo e o coronelismo, esse modelo não foi plenamente desenvolvido no Brasil, sendo relativizado em sua aplicação prática. Assim, tornou-se uma hibridização de diversos modelos de gestão, unindo características do patrimonialismo, da burocracia e do gerencialismo, bem como indícios de gestão social. Essa hibridização institui, na verdade, um novo modelo de gerir a coisa pública, formando o que se denomina administração pública tupiniquim, que se figura como uma administração pública flexibilizada, que absorve elementos de vários modelos e experiências ao longo da história no Brasil e no exterior. Desvendar os elementos que compõem a "administração pública tupiniquim" como uma verdadeira possibilidade objetiva alinhada à tipologia da Teoria P de Guerreiro Ramos é o que se busca mostrar neste ensaio teórico.
doi_str_mv 10.1590/S1679-39512012000200004
format article
fullrecord <record><control><sourceid>scielo_doaj_</sourceid><recordid>TN_cdi_scielo_journals_S1679_39512012000200004</recordid><sourceformat>XML</sourceformat><sourcesystem>PC</sourcesystem><scielo_id>S1679_39512012000200004</scielo_id><doaj_id>oai_doaj_org_article_be85bda52a4c44d1bc40b11d80cada94</doaj_id><sourcerecordid>S1679_39512012000200004</sourcerecordid><originalsourceid>FETCH-LOGICAL-d1544-d9d07191edc2ece26d8f35cb4f143c82e1f9637cecfa00751ce3c4f89e36dc5b3</originalsourceid><addsrcrecordid>eNplUMtKAzEUDaJg0X6D-YGpySTziLtStBaKitZ1uJPckZSZZsy0oN_jwi9w43Z-zGkrUhDu5T7O4XA4hFxwNuKJYpdPPM1UJFTCY9YXY9tm8ogM_oDjg_2UDNt2uaUIJWXGBgTHtnYr164DdJ_dh6dN911UzgBdb5oeeN24-ooGLCt8676wpUAbCGsXqAW6QB8c0DuKB9cDtUinGwwBXfD0EWrfnpOTEqoWh7_zjDzfXC8mt9H8fjqbjOeR5YmUkVWWZVxxtCZGg3Fq81IkppAll8LkMfJSpSIzaEpgLEu4QWFkmSsUqTVJIc7IbK9rPSx1E1wN4V17cHr38OFFb82bCnWBeVJYSGKQRkrLCyNZwbnNmQELSvZao71WaxxWXi_9Jqx683qXuf6XufgBGeZ4cA</addsrcrecordid><sourcetype>Open Website</sourcetype><iscdi>true</iscdi><recordtype>article</recordtype></control><display><type>article</type><title>Administração pública tupiniquim: reflexões a partir da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos</title><source>SciELO Brazil</source><source>Business Source Ultimate (EBSCOHost)</source><creator>Zwick, Elisa ; Teixeira, Marília Paula dos Reis ; Pereira, José Roberto ; Vilas Boas, Ana Alice</creator><creatorcontrib>Zwick, Elisa ; Teixeira, Marília Paula dos Reis ; Pereira, José Roberto ; Vilas Boas, Ana Alice</creatorcontrib><description>O objetivo deste ensaio teórico é promover uma reflexão acerca da administração pública brasileira contemporânea sob o enfoque da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos. Após a recuperação dos pressupostos de cada abordagem proposta por Ramos, buscou-se alinhá-las a diferentes teorias de administração pública. A administração pública gerencial, conhecida no âmbito internacional como nova administração pública, foi introduzida no Brasil no governo Fernando Henrique Cardoso por meio da Reforma do Estado. Tal qual foi planejada, a administração pública gerencial caracteriza-se como Teoria N, uma vez que está imbricada pela força da estrutura e pela racionalidade instrumental. Todavia, por esbarrar em características culturais, tais como o autoritarismo, o personalismo e o coronelismo, esse modelo não foi plenamente desenvolvido no Brasil, sendo relativizado em sua aplicação prática. Assim, tornou-se uma hibridização de diversos modelos de gestão, unindo características do patrimonialismo, da burocracia e do gerencialismo, bem como indícios de gestão social. Essa hibridização institui, na verdade, um novo modelo de gerir a coisa pública, formando o que se denomina administração pública tupiniquim, que se figura como uma administração pública flexibilizada, que absorve elementos de vários modelos e experiências ao longo da história no Brasil e no exterior. Desvendar os elementos que compõem a "administração pública tupiniquim" como uma verdadeira possibilidade objetiva alinhada à tipologia da Teoria P de Guerreiro Ramos é o que se busca mostrar neste ensaio teórico.</description><identifier>ISSN: 1679-3951</identifier><identifier>EISSN: 1679-3951</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S1679-39512012000200004</identifier><language>eng ; por</language><publisher>Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas</publisher><subject>MANAGEMENT ; N Theory ; Objective possibility ; P Theory ; Public administration</subject><ispartof>Cadernos EBAPE.BR, 2012-06, Vol.10 (2), p.284-301</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,776,780,881,24129,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Zwick, Elisa</creatorcontrib><creatorcontrib>Teixeira, Marília Paula dos Reis</creatorcontrib><creatorcontrib>Pereira, José Roberto</creatorcontrib><creatorcontrib>Vilas Boas, Ana Alice</creatorcontrib><title>Administração pública tupiniquim: reflexões a partir da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos</title><title>Cadernos EBAPE.BR</title><addtitle>Cad. EBAPE.BR</addtitle><description>O objetivo deste ensaio teórico é promover uma reflexão acerca da administração pública brasileira contemporânea sob o enfoque da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos. Após a recuperação dos pressupostos de cada abordagem proposta por Ramos, buscou-se alinhá-las a diferentes teorias de administração pública. A administração pública gerencial, conhecida no âmbito internacional como nova administração pública, foi introduzida no Brasil no governo Fernando Henrique Cardoso por meio da Reforma do Estado. Tal qual foi planejada, a administração pública gerencial caracteriza-se como Teoria N, uma vez que está imbricada pela força da estrutura e pela racionalidade instrumental. Todavia, por esbarrar em características culturais, tais como o autoritarismo, o personalismo e o coronelismo, esse modelo não foi plenamente desenvolvido no Brasil, sendo relativizado em sua aplicação prática. Assim, tornou-se uma hibridização de diversos modelos de gestão, unindo características do patrimonialismo, da burocracia e do gerencialismo, bem como indícios de gestão social. Essa hibridização institui, na verdade, um novo modelo de gerir a coisa pública, formando o que se denomina administração pública tupiniquim, que se figura como uma administração pública flexibilizada, que absorve elementos de vários modelos e experiências ao longo da história no Brasil e no exterior. Desvendar os elementos que compõem a "administração pública tupiniquim" como uma verdadeira possibilidade objetiva alinhada à tipologia da Teoria P de Guerreiro Ramos é o que se busca mostrar neste ensaio teórico.</description><subject>MANAGEMENT</subject><subject>N Theory</subject><subject>Objective possibility</subject><subject>P Theory</subject><subject>Public administration</subject><issn>1679-3951</issn><issn>1679-3951</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2012</creationdate><recordtype>article</recordtype><sourceid>DOA</sourceid><recordid>eNplUMtKAzEUDaJg0X6D-YGpySTziLtStBaKitZ1uJPckZSZZsy0oN_jwi9w43Z-zGkrUhDu5T7O4XA4hFxwNuKJYpdPPM1UJFTCY9YXY9tm8ogM_oDjg_2UDNt2uaUIJWXGBgTHtnYr164DdJ_dh6dN911UzgBdb5oeeN24-ooGLCt8676wpUAbCGsXqAW6QB8c0DuKB9cDtUinGwwBXfD0EWrfnpOTEqoWh7_zjDzfXC8mt9H8fjqbjOeR5YmUkVWWZVxxtCZGg3Fq81IkppAll8LkMfJSpSIzaEpgLEu4QWFkmSsUqTVJIc7IbK9rPSx1E1wN4V17cHr38OFFb82bCnWBeVJYSGKQRkrLCyNZwbnNmQELSvZao71WaxxWXi_9Jqx683qXuf6XufgBGeZ4cA</recordid><startdate>20120601</startdate><enddate>20120601</enddate><creator>Zwick, Elisa</creator><creator>Teixeira, Marília Paula dos Reis</creator><creator>Pereira, José Roberto</creator><creator>Vilas Boas, Ana Alice</creator><general>Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas</general><scope>GPN</scope><scope>DOA</scope></search><sort><creationdate>20120601</creationdate><title>Administração pública tupiniquim: reflexões a partir da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos</title><author>Zwick, Elisa ; Teixeira, Marília Paula dos Reis ; Pereira, José Roberto ; Vilas Boas, Ana Alice</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-d1544-d9d07191edc2ece26d8f35cb4f143c82e1f9637cecfa00751ce3c4f89e36dc5b3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng ; por</language><creationdate>2012</creationdate><topic>MANAGEMENT</topic><topic>N Theory</topic><topic>Objective possibility</topic><topic>P Theory</topic><topic>Public administration</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Zwick, Elisa</creatorcontrib><creatorcontrib>Teixeira, Marília Paula dos Reis</creatorcontrib><creatorcontrib>Pereira, José Roberto</creatorcontrib><creatorcontrib>Vilas Boas, Ana Alice</creatorcontrib><collection>SciELO</collection><collection>Directory of Open Access Journals</collection><jtitle>Cadernos EBAPE.BR</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Zwick, Elisa</au><au>Teixeira, Marília Paula dos Reis</au><au>Pereira, José Roberto</au><au>Vilas Boas, Ana Alice</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Administração pública tupiniquim: reflexões a partir da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos</atitle><jtitle>Cadernos EBAPE.BR</jtitle><addtitle>Cad. EBAPE.BR</addtitle><date>2012-06-01</date><risdate>2012</risdate><volume>10</volume><issue>2</issue><spage>284</spage><epage>301</epage><pages>284-301</pages><issn>1679-3951</issn><eissn>1679-3951</eissn><abstract>O objetivo deste ensaio teórico é promover uma reflexão acerca da administração pública brasileira contemporânea sob o enfoque da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos. Após a recuperação dos pressupostos de cada abordagem proposta por Ramos, buscou-se alinhá-las a diferentes teorias de administração pública. A administração pública gerencial, conhecida no âmbito internacional como nova administração pública, foi introduzida no Brasil no governo Fernando Henrique Cardoso por meio da Reforma do Estado. Tal qual foi planejada, a administração pública gerencial caracteriza-se como Teoria N, uma vez que está imbricada pela força da estrutura e pela racionalidade instrumental. Todavia, por esbarrar em características culturais, tais como o autoritarismo, o personalismo e o coronelismo, esse modelo não foi plenamente desenvolvido no Brasil, sendo relativizado em sua aplicação prática. Assim, tornou-se uma hibridização de diversos modelos de gestão, unindo características do patrimonialismo, da burocracia e do gerencialismo, bem como indícios de gestão social. Essa hibridização institui, na verdade, um novo modelo de gerir a coisa pública, formando o que se denomina administração pública tupiniquim, que se figura como uma administração pública flexibilizada, que absorve elementos de vários modelos e experiências ao longo da história no Brasil e no exterior. Desvendar os elementos que compõem a "administração pública tupiniquim" como uma verdadeira possibilidade objetiva alinhada à tipologia da Teoria P de Guerreiro Ramos é o que se busca mostrar neste ensaio teórico.</abstract><pub>Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas</pub><doi>10.1590/S1679-39512012000200004</doi><tpages>18</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record>
fulltext fulltext
identifier ISSN: 1679-3951
ispartof Cadernos EBAPE.BR, 2012-06, Vol.10 (2), p.284-301
issn 1679-3951
1679-3951
language eng ; por
recordid cdi_scielo_journals_S1679_39512012000200004
source SciELO Brazil; Business Source Ultimate (EBSCOHost)
subjects MANAGEMENT
N Theory
Objective possibility
P Theory
Public administration
title Administração pública tupiniquim: reflexões a partir da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos
url http://sfxeu10.hosted.exlibrisgroup.com/loughborough?ctx_ver=Z39.88-2004&ctx_enc=info:ofi/enc:UTF-8&ctx_tim=2025-02-05T21%3A25%3A14IST&url_ver=Z39.88-2004&url_ctx_fmt=infofi/fmt:kev:mtx:ctx&rfr_id=info:sid/primo.exlibrisgroup.com:primo3-Article-scielo_doaj_&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:journal&rft.genre=article&rft.atitle=Administra%C3%A7%C3%A3o%20p%C3%BAblica%20tupiniquim:%20reflex%C3%B5es%20a%20partir%20da%20Teoria%20N%20e%20da%20Teoria%20P%20de%20Guerreiro%20Ramos&rft.jtitle=Cadernos%20EBAPE.BR&rft.au=Zwick,%20Elisa&rft.date=2012-06-01&rft.volume=10&rft.issue=2&rft.spage=284&rft.epage=301&rft.pages=284-301&rft.issn=1679-3951&rft.eissn=1679-3951&rft_id=info:doi/10.1590/S1679-39512012000200004&rft_dat=%3Cscielo_doaj_%3ES1679_39512012000200004%3C/scielo_doaj_%3E%3Cgrp_id%3Ecdi_FETCH-LOGICAL-d1544-d9d07191edc2ece26d8f35cb4f143c82e1f9637cecfa00751ce3c4f89e36dc5b3%3C/grp_id%3E%3Coa%3E%3C/oa%3E%3Curl%3E%3C/url%3E&rft_id=info:oai/&rft_id=info:pmid/&rft_scielo_id=S1679_39512012000200004&rfr_iscdi=true